Rede Internacional de Pesquisadores em Educação Ambiental e Justiça Climática
- REAJA -
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E COLAPSO CLIMÁTICO
HISTÓRIA
2010-2018
Os estudos relativos ao clima e educação ambiental, no âmbito do Grupo
Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA), tiveram início
com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) e do antigo Ministério das Ciências, Tecnologia e Inovação (MCTI),
no marco do Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia de Áreas Úmidas (INAU), sob coordenação geral da Universidade
Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Centro de Pesquisa do Pantanal (CPP).
Durante o longo período de 2010 a 2018,
nosso grupo de intitulava Laboratório 5: Ciência e cultura na reinvenção educativa
e tivemos parceria com diversos organismos nacionais e internacionais. Além do GPEA,
coordenador do laboratório 5, tínhamos projetos do Departamento de Geografia da
UFMT, além do Departamento de Linguagens da Universidade de Estado de Mato
Grosso do Sul (UEMS). No plano internacional, tivemos parceria com:
·
Millennium Ecosystem
Assessment – um vasto programa das Nações Unidas que
agregava inúmeros países na formação do Sub-Global Assessment (SGA) para
avaliar os serviços ecossistêmicos;
·
Ramsar Culture Network – um segmento da Convenção Ramsar, com especial foco na
cultura dos povos que habitam as áreas úmidas, no qual o GPEA é participante
até os dias atuais.
2013-2016
A atenção ao clima veio com a parceria da
“Rede Municipal de Adaptação e Mitigação às Mudanças Climáticas: Resposta a
Diferentes Cenários de Mudanças Climáticas (ClimBAP)”, fruto do projeto
Sinergia que estudava as condições das mudanças climáticas. Este subprojeto teve
duração de 2013-2016, e tivemos a participação de uma escola de Cuiabá, uma
escola em Livramento (quilombo Mata Cavalo) e uma escola em São Pedro de
Joselândia. No objetivo de construir táticas de enfrentamento contra o colapso
climático, o ClimBAP estabeleceu parcerias com a Michigan University (USA) e
com a Université du Québec à Montrèal (Canada).
2014-2015
No ano 2014, tivemos auxílio financeiro
do World Wildlife Fund (WWF), que possibilitou trabalharmos com os princípios
das escolas sustentáveis nas escolas do Cerrado (Mata Cavalo) e do Pantanal
(Joselândia), como complementação das atividades iniciadas pelo ClimBAP. As
escolas se organizaram a construir pequenos Projetos Ambientais Escolares Comunitários
(PAEC), em consonância com a política de educação ambiental da Secretaria de
Estado de Educação (Seduc), que também foi outra parceira importante no
contexto local.
2014-2016
Também neste ano de 2014, tivemos o
projeto aprovado pelo edital universal (003/2014/Fapemat) da Fundação de Amparo
às Pesquisas do Estado de Mato Grosso, com o título “Educação Ambiental às Mudanças Climáticas” (Processo
157509/2014). Com foco na pauta de gênero, o objetivo era compreender as percepções
femininas sobre o clima em 3 territórios: ambiente de água salgada, no Mar do
Norte da Galícia Espanhola; no pulso hídrico do Pantanal mato-grossense de São
Pedro de Joselândia; e na escassez da água do cerrado, especificamente no
quilombo Mata Cavalo.
2014-2016
Ainda no ano de 2014, conseguimos
aprovação do projeto “Justiça climática e
educação ambiental”, pelo edital 14/2014/CNPq (processo no. 454731/2014-0),
pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Foram
envolvidos a Universidade de São Paulo, campus Esalq, a Universidade Católica
Dom Bosco (UCDB), a Universidade de Brasília (UnB), o Instituto Federal de Mato
Grosso (IFMT) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Acidentes
Naturais (Cemaden). Considerando a cultura, os processos de justiça climática,
a formação, a comunicação e as políticas públicas, estas entidades inauguraram o
diálogo em rede sobre a Justiça Climática e Educação Ambiental no Brasil.
2016-2022
No ano de 2016, a Fapemat lança um edital
induzido para redes internacionais (037/2016/Fapemat) o que possibilita a
aprovação da atual “Rede Internacional de
Pesquisadores em Justiça Climática e Educação Ambiental (REAJA)”, que possui características do projeto do CNPq,
mas ampliada nos cenários nacionais e internacionais. No ano de 2019, a Fapemat
concedeu a prorrogação do projeto até o ano de 2020 (processo no. 0602434/2016),
devidamente registrado na UFMT [Propeq cadastro:
139/2018].
Cinco linhas temáticas compõem
o tecido investigativo: 1) a pesquisa sobre JUSTIÇA CLIMÁTICA no cenário
mundial, com focos diferenciados para cada local e objetivos dos pesquisadores;
2) estudos sobre a CULTURA e a relevância de cada grupo social na
correspondência de cada intervenção, para que as ações não sejam hegemônicas e
iguais, mas que se particularize em cada território; 3) o processo de
FORMAÇÃO com ênfase na educação
ambiental; 4) a COMUNICAÇÃO para contribuir nas intervenções, divulgação e
educomunicação; e 5) o fortalecimento de POLÍTICAS PÚBLICAS que consigam
enxergar que para além dos desastres, haverá táticas que conseguirão colorir o
horizonte com um tom de esperança.
Atualmente, a Fapemat prorrogou os prazos do projeto até julho 2022, em função da pandemia. Cinco países
fortalecem a REAJA: Brasil, México, Cuba, Espanha e Portugal. No Brasil,
envolve todas as regiões brasileiras. Com a maciça presença de 16 universidades,
a REAJA conta também com as 4 organizações não governamentais e 4 entidades governamentais,
no total de 24 entidades. No âmbito da UFMT, envolve o Instituto de Educação
(IE), o Instituto de Geografia, História e Documentação (IGHD), o Instituto de
Biociências (IB) e o Instituto de Linguagens (IL), numa equipe multidisciplinar
que nem sempre tem consensos, principalmente quando o debate divide a
humanidade e outros seres, mas no marco do saudável diálogo científico entre
vida e não vida, há consenso de que a crise climática tem influência direta e
indireta das atividades humanas.
REAJA
24 entidades (16 universidade, 4 ONG, 3 OG)
- Associação Estadual de Etnias Ciganas, AEEC
- Associação Portuguesa de Educação Ambiental, ASPEA (Portugal)
- Centro de Controle e Monitoramento de Acidentes e Desastres Naturais – CEMADEN
- Instituto Caracol – ICA
- Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
- Instituto Federal de Mato Grosso – IFMT (Cuiabá, São Vicente e Cáceres)
- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE
- Operação Amazônia Nativa, OPAN
- Secretaria de Estado de Educação - SEDUC
- Universidad do Oriente - UO (Cuba)
- Universidad Veracruzeana – UV (México)
- Universidade Católica Dom Bosco - UCDB
- Universidade da Coruña – UDC (Galícia, Espanha)
- Universidade de Brasília - UnB
- Universidade de Estado de Mato Grosso - UNEMAT
- Universidade de Estado do Rio Grande do Norte - UERN
- Universidade de Santiago de Compostela -USC (Galícia, Espanha)
- Universidade de São Paulo – USP (ESALQ)
- Universidade do Oriente – UO (Cuba)
- Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL
- Universidade Federal de Rondonópolis - UFR
- Universidade Federal de Roraima – UFRR
- Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – Unirio
- Universidade Federal do Pará - UFPA
No âmbito mato-grossense, tivemos e ainda
temos vasto envolvimento com os grupos em situação de vulnerabilidade, cuja
maioria ainda não percebe as crises climáticas.
1. Agricultores
familiares
2. Artistas
de rua
3. Camponeses
4. Crianças
5. Doceiras
6. Estudantes
da educação básica
7. Farinheiras
8. Festeiros
9. LGBTQ+
10. Mariscadoras
(Galícia)
11. Migrantes
(11 países)
12. Mulheres
(negras, pardas, brancas)
13. Pescadores
(Galícia)
14. Pessoas
com Deficiência
15. Professores
da educação básica
16. Quilombolas
17. Redeiras
(redes de pesca-Galícia)
18. Roceiros
PESQUISADORxS ENVOLVIDxS
- Aleth da Graça Amorim
- Aluizio Azevedo da Silva
- Araceli Serantes
- Barbara Yadira Mellado
- Carlos Roberto Ferreira
- Cássia Fabiane dos Santos Souza
- Celso Sánchez-Pereira
- Cristiane Carolina de Almeida Soares
- Débora Erileia Pedrotti-Mansilla
- Déborah Luíza Moreira Santana Santos
- Denize Aparecida Rodrigues de Amorim
- Edgar Gonzales
- Elni Elisa Willms
- Eronaldo Assunção Valles
- Fátima Elisabeti Marcomin
- Flavia Lopes Bertier
- Giseli Dalla-Nora
- Giselly Rodrigues das Neves Silva Gomes
- Heitor Medeiros
- Irineu Tamaio
- Jessica Prudencio Trujillo Souza
- Joaquim Ramos Pinto
- Kathy de Freitas Marinho dos Reis
- Lindalva Garske
- Marcela Cristiane Ribeiro Brito
- Marcos Sorrentino
- Marilena Loureiro da Silva
- Michèle Sato (coord.)
- Pablo Meira
- Pierre Girard
- Priscilla Mona de Amorim
- Rachel Trajber
- Ramiro Valera Camacho
- Raquel Batista Ramos
- Regina Aparecida Silva
- Roberta Moraes Simione
- Romário Custódio Jales
- Ronaldo Eustáquio Senra
- Solange Ikeda
- Tatiani do Carmo Nardi
- Thiago Cury Luiz
- Victor Marchezini
- Vitor Maciel Mello
Helder: stencil
40C
arte de rua - cel. escolástico
*
*
Rede Internacional de Pesquisadores em
Educação Ambiental e Justiça Climática (REAJA)
Financiamento: FAPEMAT
EDITAL REDES DE PESQUISA EM MATO GROSSO Nº. 037/2016
PROPEq - UFMT 139/2018
PROPEq - UFMT 139/2018
SISTEMATIZAÇÃO DO ENCONTRO INTERNACIONAL
Cuiabá, UFMT: 25, 26 e 27 de setembro de 2017
Cuiabá, UFMT: 25, 26 e 27 de setembro de 2017
Por Michèle Sato
PROCESSO
FORMATIVO
- Manter os processos de formação entre nós, pesquisadores envolvidos e estudantes de graduação, mestrado e doutorado.
- Privilegiar a formação aos membros das comunidades envolvidas, e em diversos territórios.
- Há necessidade de debates conceituais e alguns verbetes carecem de nossa atenção: ceticismo, antropoceno, aquecimento, gases estufa, riscos, vulnerabilidade, desastre, injustiça climática, resiliência, adaptação, mitigação, resistência, rebeliões, táticas.
COMUNICAÇÃO
- Potencializar as diferentes linguagens da cultura científica. Temos: lista de discussão, grupo “what’s up”, facebook, blogs e sites. Exemplo para explorar mais: Research Gate, Academia Edu, Google Scholar.
- Intensificar os meios de formação e informação na divulgação científica.
- Realizar uma oficina sobre os princípios REAJA para produção de um vídeo de até 5 minutos.
- “marketing” e visibilidade da REAJA.
PESQUISA
- É preciso explicitar os objetivos diretamente relacionados ao campo da educação ambiental e justiça climática, com metodologias que coadunem com os marcos conceituais.
- Serão necessárias algumas linhas orientadoras às pesquisas? Quais são elas?
- Debater a discussão sobre metodologia quanti e qualitativa na REAJA.
PUBLICAÇÕES
- Ampliar a visibilidade em periódicos nacionais e estrangeiros.
- Publicar livros ou capítulos.
- Escrever em conjunto, entre os membros da REAJA, estabelecendo as conexões da rede.
ENCONTROS
FUTUROS
- Para os próximos eventos, é melhor ter um relator em cada mesa-redonda, que garanta não apenas um relatório do debate, mas também os destaques dos principais pontos em comum entre as apresentações e as divergências (se o caso). Todas as apresentações do evento de setembro/17 foram salvas em PDF e se encontra em:
- É preciso sistematizar o evento por meio de uma relatoria atenta em cada atividade. O resultado deve ser apresentado no fórum final, como importante etapa de avaliação e planejamento.
- Aproveitar-se de outros eventos para promover um encontro dos membros da REAJA, mesmo que parcialmente.
PLANEJAMENTOS-PROPOSIÇÕES
- Construir uma agenda para o desenvolvimento das pesquisas de 5 anos.
- Projeto “Amador” e estudos de viabilidade pela União Europeia.
- Repensar meios para transversalizar a dimensão climática nos currículos universitários.
- É possível manter a REAJA sem capital?
- É possível mudar o sistema, e não o clima?
25/10/2018 - CEMAT-MT
....................................................................................................................................
26 e 27 de setembro de 2017
Encontro Internacional da Rede de Pesquisadores em Educação Ambiental e Justiça Climática (REAJA)
Cuiabá: UFMT
Auditório CCBS 1 - Biologia
Auditório CCBS 1 - Biologia
26 e 27 de setembro de 2017
PROGRAMA PÚBLICO
tempo
|
atividade
|
responsáveis
|
26/09
8:00h
|
Mesa-redonda 1: Mudanças
climáticas
|
Pablo Meira, Pierre Girard, Irineu Tamaio e Solange Ikeda
|
10:00
|
Mesa-redonda 2:
Justiça climática |
Marcos Sorrentino, Ivo Poletto e Michèle Sato
|
14:00
|
Mesa-redonda 3:
Desastres e tópicos
climáticos
|
Araceli Boli Serantes, Ramiro Camacho, Édgar Gonzales, e Victor Marchezini
|
16:00
|
Mesa-redonda 4:
tópicos etnográficos |
Artema Lima, Heitor Medeiros, Lidío Ramires e Herman Oliveira
|
27/09
8:00
|
Mesa-redonda 5:
Educação, arte e comunicação |
Joaquim Pinto, Rachel Trajber, Lindalva Gorske, Dielcio
Moreira, Débora Pedrotti, Imara Quadros e Ronaldo Senra
|
...............
REDE INTERNACIONAL DE PESQUISADORES EM JUSTIÇA CLIMÁTICA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Financiamento: FAPEMAT
EDITAL REDES DE PESQUISA EM MATO GROSSO Nº. 037/2016
PROPEq - UFMT 139/2018
Coordenação
Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT
Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE
Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte – GPEA
Universidade de Estado de Mato Grosso – UNEMAT
Grupo de Pesquisa: Conceitos Ecológicos e Etnoecológicos Aplicados a Conservação da Água e da Biodiversidade do Pantanal
Entidades participantes
- Associação Portuguesa de Educação Ambiental, ASPEA (Portugal)
- Centro de Controle e Monitoramento de Acidentes e Desastres Naturais – CEMADEN
- Instituto Caracol - ICA
- Instituto Federal de Mato Grosso – IFMT (Cuiabá, São Vicente e Cáceres)
- Operação Amazônia Nativa, OPAN
- Universidad Veracruzeana – UV (México)
- Universidade Católica Dom Bosco - UCDB
- Universidade da Coruña – UDC (Galícia, Espanha)
- Universidade de Brasília - UnB
- Universidade de Estado de Mato Grosso - UNEMAT
- Universidade de Estado do Rio Grande do Norte - UERN
- Universidade de Santiago de Compostela -USC (Galícia, Espanha)
- Universidade de São Paulo – USP (ESALQ)
- Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT (Cuiabá e Rondonópolis)
PARCEIROS
- Fórum de Mudança Climática e Justiça Social (FMCJS)
- Fórum de Direitos Humanos e da Terra (FDHT)
O presente projeto propõe a formação de uma Rede de Educação Ambiental e Justiça Climática (REAJA), envolvendo pesquisadores de 13 entidades, que representam 10 universidades, 2 entidades governamentais e 1 entidade não governamental, num total de 10 instituições brasileiras e 3 estrangeiras. É possível ainda, que tenhamos mais uma universidade, caso a Universidade Federal de Rondonópolis seja oficialmente criada. Fazem parte das universidades: a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT, campi Cuiabá e Rondonópolis), tendo o Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA), os 3 campi do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), que agrega a educação básica (Cuiabá) e o ensino superior de São Vicente e de Cáceres, a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), a Universidade de São Paulo (USP) no campus em Piracicaba, especificamente pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), a Universidade de Estado de Mato Grosso (UNEMAT) e a Universidade de Estado do Rio Grande do Norte (UERN). As 3 universidades internacionais são a Universidade de Veracruzana (UV), na capital federal do México, e as Universidades espanholas da Coruña (UDC), e a de Santiago de Compostela (USC), ambas da região da Galícia. As entidades governamentais são o Centro de Controle e Monitoramento de Acidentes e Desastres Naturais (CEMADEN), em SP e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) em MT. A Organização Não Governamental (ONG) é o Instituto Caracol (ICA), tradicionalmente forte no campo da educação ambiental.
- Fórum de Mudança Climática e Justiça Social (FMCJS)
- Fórum de Direitos Humanos e da Terra (FDHT)
O presente projeto propõe a formação de uma Rede de Educação Ambiental e Justiça Climática (REAJA), envolvendo pesquisadores de 13 entidades, que representam 10 universidades, 2 entidades governamentais e 1 entidade não governamental, num total de 10 instituições brasileiras e 3 estrangeiras. É possível ainda, que tenhamos mais uma universidade, caso a Universidade Federal de Rondonópolis seja oficialmente criada. Fazem parte das universidades: a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT, campi Cuiabá e Rondonópolis), tendo o Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA), os 3 campi do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), que agrega a educação básica (Cuiabá) e o ensino superior de São Vicente e de Cáceres, a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), a Universidade de São Paulo (USP) no campus em Piracicaba, especificamente pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), a Universidade de Estado de Mato Grosso (UNEMAT) e a Universidade de Estado do Rio Grande do Norte (UERN). As 3 universidades internacionais são a Universidade de Veracruzana (UV), na capital federal do México, e as Universidades espanholas da Coruña (UDC), e a de Santiago de Compostela (USC), ambas da região da Galícia. As entidades governamentais são o Centro de Controle e Monitoramento de Acidentes e Desastres Naturais (CEMADEN), em SP e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) em MT. A Organização Não Governamental (ONG) é o Instituto Caracol (ICA), tradicionalmente forte no campo da educação ambiental.
Uma vez aceita a teoria de que o Homo sapiens é um dos grandes causadores das mudanças globais na Terra, compreendemos que as mudanças climáticas serão dramáticas e as consequências serão catastróficas. Contudo, reconhecemos que as calamidades socioambientais não afetarão a humanidade de forma homogênea, senão contraditória, desigual, injusta e comprometerão muito mais as parcelas economicamente desfavorecidas, como os povos indígenas, ribeirinhos, canoeiros, pescadores artesanais, mulheres, crianças e idosos, entre outros grupos sociais expostos aos riscos em função da vulnerabilidadeeconômica.
Por meio de diálogos permanentes, este coletivo quer fortalecer as políticas públicas em justiça climática, nos repertórios da pesquisa, da formação e da comunicação. No tocante à pesquisa, 5 linhas temáticas compõem a proposição investigativa:
[1] JUSTIÇA CLIMÁTICA – que transcende o debate da mudança climática, incidindo o foco no modelo insustentável de desenvolvimento e consequente geração de desigualdades. Os efeitos drásticos desta alteração terão proporção, magnitude e escala de forma desigual e injusta, acometendo mais as camadas economicamente desprivilegiadas, os que vivem na periferia, aqueles que estão à margem da história ou de maneira inviabilizada pela sociedade competitiva e que ainda mantém o modelo de crescimento econômico como meta do bem-estar humano. Buscamos interpretar os conflitos socioambientais e os desastres relacionados às mudanças climáticas, identificando os grupos sociais que são mais acometidos por estes agravos, estudando suas táticas de lutas, seus mecanismos de resistência e de que modo conseguem enxergar um futuro mais feliz. Um mapeamento dos conflitos, dos desastres e a identificação dos grupos sociais é a proposta básica das pesquisas relacionadas com a justiça climática.
[2] CULTURA – A rede busca dar o foco nos grupos sociais vulneráveis, povos e comunidades tradicionais que estão invisibilizados e que certamente serão os mais afetados pelos desastres provocados pelo clima. Para uma enorme quantidade de pessoas, a cultura local se mantém também pelas crenças, fé e mitos que se entrelaçam com a natureza. Buscamos construir uma epistemologia popular, que alicerçada na potência etnográfica, consiga revelar as entidades ou valores imateriais que frequentemente determinam as escolhas e os caminhos políticos do bem-viver comunitário. Além dos povos tradicionais, há diversos grupos sociais que são mais vulneráveis às mudanças climáticas, como é o caso das mulheres, responsabilizadas pelo uso e acesso das águas, a exemplo das cozinheiras, pescadoras artesanais, marisqueiras (mariscadoras galegas), ou simplesmente das mães que cuidam dos banhos das crianças, da comida e da limpeza das casas. Será cada vez mais comum vermos as cenas de mulheres com latas de água na cabeça, baldes pesados nos ombros e, com elas, levam junto as crianças ao trabalho de acesso da água em poços artesianos, cisternas, cacimbas ou rios.
[3] FORMAÇÃO – Temos experiências nos processos formativos, fomentando que a escola dialogue com seu entorne por meio dos Projetos Ambientais Escolares Comunitários (PAEC), que ressignificam o currículo e o projeto político pedagógico à luz da realidade de cada escola. Examinaremos diversas possiblidades como as escolas sustentáveis, o projeto ciência pés no chão do Cemaden, a pegada ecológica e outras boas propostas da educação científica que somam oferecendo uma sinergia aos processos de aprendizagem escolar. No âmbito das comunidades, propomos a educação popular de inspiração totalmente Freireana, considerando que todo saber é igual por direito e que nem só o saber científico pode ensinar. Há um campo fértil de saberes, fazeres e sentires nas comunidades, que intitulamos por “epistemologia popular”, que transcendem significados das letras ou grafias, incidindo na construção das aprendizagens mais significativas, como a sabedoria em escutar a natureza e compreender suas linguagens.
[4] COMUNICAÇÃO – A poética comunicacional se reinventa em duas grandes proposições: a primeira que busca construir uma cultura científica por meio da mídia e do jornalismo científico, interpretando os signos e as mensagens emitidas pelos grandes veículos de comunicação que noticiam a abordagem do clima. Porém, para além de um signo duro, podemos comunicar a poesia dos sentidos, sem convenções semânticas ou semiológicas, mas com a interpretação do leitor-ouvinte, que interpreta a imagem, o som ou o texto na liberdade de sua própria percepção. Nos processos da transmídia ou educomunicação, há um campo de construção de sentidos que rompe as funções fixas do destinatário e do remetente, na reinvenção da conversação. Na comunicação poética, o outro é sempre um poema.
[5] POLÍTICAS PÚBLICAS – os estudos no campo das políticas públicas buscam compreender o significado lato da governança e da governabilidade, na exigência de que elas devam ser construídas em processos dialógicos entre governos e a sociedade civil. Cientes que a maioria da população ainda está à margem dos processos históricos, e sem conseguir fazer o enfrentamento contra os agravos da mudança climática, a governança aqui proposta visa a superação das desigualdades sociais e das destruições ecológicas. Buscamos construir uma pesquisa que consiga ser essencial ao fortalecimento das comunidades capazes de cuidar de seus próprios ambientes com autonomia e responsabilidade, estudando seus mecanismos de resistência ao capital e as táticas de lutas capazes de revirar do avesso as injustiças socioambientais na democratização das esperanças. Por meio da fenomenologia, nossa proposta ainda possui duas outras dimensões: os processos de realização de cursos e momentos de aprendizagens com as escolas e fora delas, no âmbito da formação escolarizada e da educação popular. Somado a este processo formativo, a educomunicação tem a proposta da geração de mídias alternativas, por meio de blogs, redes sociais, vídeos, cadernos pedagógicos e outros equipamentos que possam fortalecer as estruturas educadoras. As 3 dimensões juntas buscam fortalecer as políticas públicas em justiça climática e educação ambiental, em constante processo de fórum de discussão, construindo táticas educativas que possam enfrentar os efeitos drásticos da mudança climática, defendendo os direitos humanos e da Terra à construção de sociedades sustentáveis.
Palavras-Chave: educação ambiental * justiça climática * políticas públicas
*
Sociedade, educação, clima
Justiça climática
Grupos sociais e vulnerabilidade
APRESENTAÇÕES - PPT/PREZI/PDF
GALERIA DE FOTOS
*
ClimArtEducação
(pesquisa de Michèle Sato)
https://mimisato.blogspot.com.br/p/climarte.html
(pesquisa de Michèle Sato)
https://mimisato.blogspot.com.br/p/climarte.html
filmes e clima
https://mimisato.blogspot.com.br/p/climart-film.html
https://mimisato.blogspot.com.br/p/climart-film.html
*
No comments:
Post a comment