Monday 27 August 2018

Arte na rua: o que os muros contam sobre Cuiabá

https://olivre.com.br/arte-na-rua-o-que-os-muros-contam-sobre-cuiaba/

Arte na rua: o que os muros contam sobre Cuiabá

A utilização dos muros para comunicação e registro já vem desde a pré-história e, no espaço urbano, se consolida como um meio de expressão comum à cultura hip-hop. Em Cuiabá, são preenchidos com grafites e intervenções artísticas que retratam indignações, episódios históricos e enchem os olhos e a cidade de cor.
Nas principais avenidas e Centro Histórico, os desenhos chamam atenção pela criatividade, localização e significado. Alguns são resultado de ocupações políticas e culturais da cidade e até resultam em políticas públicas.
Ednilson Aguiar/Olivre
Grafite
Os desenhos nos muros se aperfeiçoam e incorporam a arquitetura, dando vida a espaços abandonados
Na avenida Tenente Coronel Duarte, antiga Prainha, uma das artes mais famosas entre os cuiabanos chama atenção pela localização e criatividade. Ela divide a subida e a descida da Avenida Coronel Escolástico e dialoga com a arquitetura de uma casa abandonada, onde tijolinhos expostos ganham cor.
“É a princesinha do rio, uma personagem que eu criei e deu vida para essa casa”, explica Rafael Jonnier, autor da obra. O artista se destaca nas ruas da cidade por suas criações adaptadas e integradas ao espaço. “Eu estava procurando lugar para pintar, e eu sempre tive atração por espaços abandonados e a intenção de usar meu dom para ajudar visualmente aquele lugar”.
A casa já virou ponto turístico na cidade e abriu muitas portas para Rafael. “Foi onde eu comecei e ela abriu muito o mercado da arte para mim”, afirma.
Ednilson Aguiar/Olivre
Grafite
11 dos 15 imóveis instalados na “Ilha da Banana” foram demolidos para a passagem do VLT
Ao lado dela, nos escombros do local conhecido como “Ilha da Banana”, o grafite de Jean Siqueira problematiza a recente demolição da estrutura que abrigava dezenas de moradores de rua da região. Ela reflete um questionamento do artista comum à grande parte da população:
“Demoliram um espaço gigantesco, poderiam ter feito qualquer coisa, é um lugar que poderia ser melhor reaproveitado”, explica Jean. “E não adiantou nada tirar a galera de lá, ficaram ainda mais expostas e agora estão no morando no Morro da Luz”, completa.
Ednilson Aguiar/Olivre
Grafite
A arte de Babu choca quem vem se locomove sentido CPA/Centro
Ainda em frente a Ilha da Banana, a arte de Babu 78 relembra uma história que marcou o Centro Histórico da cidade. Na região conhecida como “Beco do Candeeiro”, onde está localizada, três adolescentes de 13, 15 e 16 anos foram assassinados a tiros por um policial militar, em julho de 1998.
Ednilson Aguiar/Olivre
Grafite
Grafiteiros e coletivos como o “Psicanálise na rua” também realizam atividades e intervenções como forma de levar arte ao local
Em frente à escultura feita em homenagem às vítimas da chacina, na esquina da Prainha com a Voluntários da Pátria, o grafiteiro denuncia a marginalização da juventude no local, que é ocupado pelo uso de drogas.
Ednilson Aguiar/Olivre
Grafite
O muro do Iphan é o exemplo da arte de rua como registro passível às intervenções do tempo
Ao lado, outro beco transforma-se em registro de mais um evento na cidade, prestes a ser apagada. O muro da travessa ao lado do Instituto de Patrimônio Histórico e Cultural (Iphan) é resultado de uma ação coletiva dos artistas Jean Siqueira, André Gorayeb, Morto e Keko, durante a ocupação cultural e política em 2016.
Ocupa MinC MT
ocupa minc grafite

Na ocasião, todas as capitais brasileiras tiveram sua sede do Ministério da Cultura (MinC) ocupadas por artistas e intelectuais, como reação ao projeto de extinção da pasta – um dos primeiros atos da gestão do então interino Michel Temer, que recuou após as reivindicações.
Ocupa Minc MT
ocupa minc mt
A manifestação deu vida ao beco com atos culturais e shows que reuniram grandes nomes da música mato-grossense, bandas e artistas jovens e veteranos
Uma pichação realizada na mesma ocasião, do outro lado da rua, reflete o propósito do episódio e ganha ainda mais simbologia somada à colagem da imagem de dona Alice, cuiabana que reflete a resistência da tradição ribeirinha através da linguagem cosmopolita e moderna da arte “lambe-lambe”.
Ednilson Aguiar/Olivre
Grafite
A intervenção é do artista Maurício Pokemon, natural do Piauí, que esteve em Cuiabá com o projeto “Existências” e espalhou pela cidade, em tamanho real, personagens da cultura ribeirinha
Na imensidão cinza da trincheira Jurumirim, na Avenida Miguel Sutil, alguns metros de grafite dão cor ao trecho próximo ao viaduto que cruza a Avenida do CPA. As intervenções também são frutos de uma ocupação artística; organizada por Siqueira que pintou um grande menino no local. “Coloquei a mão com a flor e a algema porque uma semana antes a galera tinha sido presa por grafitar”, explica.
Ednilson Aguiar/Olivre
Grafite
A manifestação contou com a presença de veteranos como Adir Sodré e Clóvis Irigaray
O episódio reuniu jovens e artistas no local com alguns momentos de tensão, mas gerou repercussão positiva. “Eu lembro de ir com medo de estar sozinho e, quando eu cheguei lá, tinha muita gente, uma galera nova e grafiteiro das antigas, deu até nó na garganta”, lembra.
Ednilson Aguiar/Olivre
Grafite
Arte de André Gorayeb, o GORÁ, um dos jovens grafiteiros que manifestou sua arte durante a ocupação
Na ocasião, a reação foi elogiada pelo Governo do Estado nas redes sociais. “Depois desse dia surgiram outros diálogos com as secretarias, mas no fim a gente só foi visto, porque na prática não deu em muita coisa”, conta Jean.
Ednilson Aguiar/Olivre
Grafite
“Minha pele, sua roupa” de Deborah Rocha Neves
O episódio ainda teve como consequência um edital inédito, o “Prêmio Grafite MT”, lançado pela Secretaria do Estado de Cultura no mesmo ano.
Entre cinco projetos contemplados, o “Cuiabá Lúdico” e o “Minha pele, sua roupa”, do casal Mário Henrique Neves e Deborah Rocha Neves, coloriram o muro do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), local que enche os olhos de quem passa pela Marechal Deodoro.
Ednilson Aguiar/Olivre
Grafite
“Cuiabá Lúdico” de Mário Henrique Neves
Próximo ao local, na Rua Odorico Tocantins, esquina com a mesma avenida, janelas ganham olhos e mais uma casa ganha rosto pelas tintas de Rafael Jonnier. Ele conta que quando passou na rua pela primeira vez, a vontade de intervir foi instintiva. “Hoje eu falo que não sou eu que escolho os muros e as casas que eu vou pintar, são elas que me escolhem”.
O desenho ao lado da janela é mais uma criação de Rafael que caracteriza sua arte. Ela mistura elementos regionais com um universo mágico. “Esse é o pescador de sonhos, minha arte hoje é baseada no mundo lúdico desses dois personagens”, explica.
Ednilson Aguiar/Olivre
Grafite
Espaços abandonados se transformam através da criatividade do grafiteiro

Environmental Street Artists Depict The Dark Realities We Often Avoid

https://www.huffpostbrasil.com/entry/nevercrew-street-art-climate-change_us_57ac7830e4b0db3be07d4d93

Environmental Street Artists Depict The Dark Realities We Often Avoid

Raising awareness of climate change, one massive painting of a whale at a time.

NeverCrew
"Black machine" mural painting and installation on the Colosseo theater in Turin, Italy, in September 2015.
A polar bear whose bottom half is caked in oily black gunk. A whale wrapped in striped fabric: a pseudo straightjacket. These are the messes climate change leaves behind, the things we know are happening but often don’t have the opportunity to see with our own eyes.
Swiss street art duo Christian Rebecchi and Pablo Togni, otherwise known as NeverCrew, met in art school when they were 15 and started making work together soon after. As a team, the artists adorn the world with eye-popping and gut-wrenching images depicting the consequences of humanity’s actions on earth.
NeverCrew
"Signalling machine" mural painting for Urban Canvas in Varese, Italy, in 2015.
Tackling issues from privatization of natural resources to the concentration of environmental power to climate change to immigration, NeverCrew transforms dark realities into stunning works of art that urge viewers to take action as quickly as they capture our attention.
Many of their projects directly address mankind’s contemporary connection to nature, which they view as a relationship of necessity and belonging, as well as one of consumption and appropriation. In captions accompanying their artworks, they have called the privatization of natural resources “arrogant” and an “inconsiderate exploitation.”
“In our society, structured on the expansion of power and on the conquest of the final product, the origin of things and their history are often put aside,” they wrote in another caption. “The reasons are confused and mixed over time [...] making past and present less and less readable.”
NeverCrew
"See through / see beyond" mural painting and installation for St+Art India in New Delhi in January 2016.
NeverCrew hopes their work creates a dialogue between artist and viewer, placing the dire issues plaguing our natural world at center stage. “We’re developing our personal language, artwork after artwork, to communicate and interact in our personal way,” the artists explained to Street Art United States.
Thus far, NeverCrew has created work in locations around the globe, including Hamburg, Dublin, Cairo, Belgrade and Berlin. They hope soon to visit the United States. Check out of NeverCrew’s most inspiring works below:
NeverCrew
"Ordering machine" mural painting for Grenoble Street Art Fest in Grenoble, France, 2016.
NeverCrew
"Inhuman barriers" mural painting that addresses the theme of immigration realized for “Cities of hope” in Manchester, U.K., in support to the local solidarity group WASP (Women Asylum Seekers Together), 2016."This project is about immigration and integration: about the loss of humanity and empathy, about barriers and values, and about the distant and often presumptuous position of who's on the 'right part' of the border."
NeverCrew
"Imitation of Life no9" (or "Evolutive Machine no1") mural painting realized in the context of Mikser Festival in Belgrade, Serbia, in June 2014. "The project represents for us an idea of evolution, of transformation, of life and change under an alternative perspective, which we associate with the city of Belgrade and in particular with the area where we have made the painting."
NeverCrew
"Detecting machine n.1" mural painting for "Wall Therapy" in Rochester, New York, co-curated by Urban Nation Berlin, 2015.
NeverCrew
"Privatization machine n.1" mural painting and installation for the Millerntor Gallery #5 in Hamburg, Germany, as part of the social art project to support "Viva con Agua" for worldwide water projects, 2015.
Photo gallery
Best Photos From The Rio Olympics
See Gallery

25 Powerful Pieces Of Street Art That Tell The Painful Truth

https://www.demilked.com/environmental-graffiti-street-art/

25 Powerful Pieces Of Street Art That Tell The Painful Truth

Published 3 years ago
The world is not in a good shape, and these street artist are here to say it. Using the urban walls as their canvas, ROA, Blu, Banksy and many others are reaching out to the masses. It’s a good tool to alert a widespread audience. It is estimated that more than half the people in the world are living in urban areas. In Asia, many city agglomerations (Osaka, Manila, Jakarta, Seul and so on) reach over 20 million in population and are slated to cross 40 million in the near future. The message is thus delivered to a wide audience and is hard to ignore due to its usually jarring appearance.
And the people do have things to worry about. Climate change is only denied by the most recalcitrant of critics. Water pollution is getting over a million people a year ill in India and air pollution is causing around a million premature deaths in China per year. The acidification of oceans (due to high CO2 content) is threatening our food supply (as well an sea animals in general(, and acid rain has a similar affects on soil. Plants also suffer from smog and tropospheric ozone it contains – and O3 is a troublemaker by itself while it remains at ground level, causing all sorts of toxic reaction with other materials. And, of course, there’s the urbanization’s impact on forests and nature, animal rights violations in fur and meat industry, and so forth.
Small wonder that these people take up the spray can.
More info: boredpanda

I Don’t Believe In Global Warming

environmental-graffiti-street-art-21
Image credits: Banksy

World Is Going Down The Drain

environmental-graffiti-street-art-08
Image credits: Pejac

Lets Keep The Plants Alive

environmental-graffiti-street-art-22
Image credits: Natalia Rak

Urbanization Is Killing Us

environmental-graffiti-street-art-04
Image credits: Blu

Killing Ourselves

environmental-graffiti-street-art-66
Image credits: Pejac

The Clock is Ticking

environmental-graffiti-street-art-88
Image credits: Blu

Park(ing)

environmental-graffiti-street-art-25
Image credits: Banksy

I Remember When This Was All Trees

environmental-graffiti-street-art-24
Image credits: Banksy

Born To Be Wild

environmental-graffiti-street-art-01
Image credits: July

Animals in Zoos

environmental-graffiti-street-art-03
Image credits: ROA

Eat Yourself

environmental-graffiti-street-art-13
Image credits: Unknown

The World is Burning

environmental-graffiti-street-art-07
Image credits: Eduardo Kobra

We’re Eating The Earth

environmental-graffiti-street-art-11
Image credits: Nemo

Eating The Earth

environmental-graffiti-street-art-15
Image credits: Blu

Earth Is Being Killed

environmental-graffiti-street-art-29
Image credits: madeinpain.wordpress.com

The Truth

environmental-graffiti-street-art-10
Image credits: GroovyMutation

Locked Up Animals

environmental-graffiti-street-art-26
Image credits: ROA

Animal Cruelty Is Everywhere

environmental-graffiti-street-art-02
Image credits: ROA

Earth-Pie of Trash

environmental-graffiti-street-art-77
Image credits: Blu

Ice Ice Baby

environmental-graffiti-street-art-06
Image credits: Pobel

If Only We Could See The Sky And Not The Buildings

environmental-graffiti-street-art-27
Image credits: Banksy

Poor Earth

environmental-graffiti-street-art-23
Image credits: Sejak

Nothing To Eat

environmental-graffiti-street-art-05
Image credits: Banksy

New McDonalds Is Opening

environmental-graffiti-street-art-99
Image credits: reddit

When Life Gives You Oil Spills Make Molotovs

environmental-graffiti-street-art-30
Image credits: Priest

Thursday 23 August 2018

Conférence poésie Manoel de Barros

PARABÉNS-PARABÉNS-PARABÉNS
doce e maravilhosa SONIA PALMA - em Paris!

https://vvfuentes.wordpress.com/2018/07/25/conference-poesie-manoel-de-barros/

Conférence poésie Manoel de Barros

4 Conf Poesie

Partager :

Saturday 11 August 2018

Veja lista com mais de 80 filmes e documentários que falam de migrantes, refugiados e deslocados

http://migramundo.com/veja-lista-com-mais-de-80-filmes-e-documentarios-que-falam-de-migrantes-refugiados-e-deslocados/
Veja lista com mais de 80 filmes e documentários que falam de migrantes, refugiados e deslocados

Veja lista com mais de 80 filmes e documentários que falam de migrantes, refugiados e deslocados

Por Márcia Passoni
Colaboração de Helion Póvoa Neto
Atualizado em 02/03/17
As situações às quais diversas pessoas ao redor do mundo são submetidas, pelo simples fato de serem migrantes, são tema de diversos filmes e documentários no Brasil e em outros países.
O professor Helion Póvoa Neto, diretor do NIEM (Núcleo Interdisciplinar de Estudos Migratórios) e professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), fez uma lista com algumas dessas produções que abordam o tema, de forma direta ou indireta. E o MigraMundo acrescentou alguns filmes que já acompanhou ao longo de sua existência.
Muito mais do que momentos de entretenimento, sofá e pipoca, o objetivo principal dessas produções é chamar a atenção para uma realidade a cada dia mais presente em nossa vida: a migração.
Refletir sobre o dia a dia daqueles que deixam a sua terra natal em busca de melhores oportunidades (ou até mesmo na luta pela sobrevivência), pode nos levar a uma atitude mais solidária e humana em relação a essas pessoas.
1 – A Boa Mentira (Philippe Falardeau, EUA/Quênia/Índia, 2015)
Após caminhar quilômetros para chegar a um campo de refugiados no Quênia, um grupo de sudaneses tem a oportunidade de entrar em um voo humanitário para os Estados Unidos. Lá, conhecem Carrie Davis, uma assistente social. Embora seja um pouco perdida, está disposta a ajudá-los a ter uma vida melhor e passa a ter uma nova visão de mundo a partir do contato com os sudaneses.

Imagem do filme A Boa Mentira (The Good Lie).
Crédito: Divulgação
2 – América, o Sonho de Chegar. Lamerica (Gianni Amelio, França, Itália, 1994)
Após a queda do comunismo na Albânia, dois italianos partem para lá com planos de abrir uma companhia de calçados, que na verdade serviria para lavagem de dinheiro. Spiro Tozaj, um prisioneiro político, é escolhido como o laranja para este negócio. Porém, ao perdê-lo de vista, Gino, um dos italianos começa a ter problemas, até acabar na prisão. O reencontro acontece em um navio, rumo à América, onde eles realmente descobrem o quanto precisam um do outro.
3 – Antes da chuva. Pred dozhdot. Before the Rain (Milcho Manchevski, Macedônia, 1994)
O filme subdivide-se em três histórias: na primeira, um jovem monge se apaixona por uma albanesa acusada de assassinato e foge com ela para a Macedônia. Na segunda, uma editora de imagem fica dividida entre o amor do marido e atração por um fotógrafo de guerra. A terceira mescla as duas anteriores, e foca na volta do fotógrafo à Macedônia.
4 – Assédio. L’assedio (Bernardo Bertolucci, Itália, 1999)
Shandurai se exila na Itália, após a prisão do marido pelo regime ditatorial na África, e vai trabalhar como empregada na casa de um pianista e compositor excêntrico. Ele se apaixona por ela e declara-se capaz de qualquer coisa pelo seu amor. Diante de um pedido para libertar seu marido, ele pode colocar em risco sua própria integridade, e ela se vê diante de uma importante escolha.
5 – Atravessando o Arizona, Crossing Arizona (Dan DeVivo, Joseph Mathew, EUA, 2006)
O filme traz uma série de relatos de pessoas em meio à crise da imigração no Arizona – relato que fica ainda mais atual com a ascensão de Donald Trump à Presidência dos EUA e seus planos de ampliar o muro já existente na fronteira México-EUA.
6 – Babel (Alejandro González Iñárritu, EUA, 2006)
Richard e Susan viajam em férias ao Marrocos. Enquanto isso, dois adolescentes manejam um rifle ganho do pai para que protegessem a criação de cabras da família. Os garotos atiram no ônibus que transportava o casal e Susan é atingida. Um guia turístico havia ganho o rifle de um japonês, e posteriormente o vendeu ao pai dos adolescentes. O ocorrido com Susan desencadeia acontecimentos em diversas partes do mundo. Nos EUA, onde uma babá mexicana cuidava dos filhos do casal; no México, para onde ela leva as crianças; no Japão, onde o verdadeiro dono do rifle tenta ajudar a filha cega a superar a perda da mãe e no próprio Marrocos, já que se suspeita de um ato terrorista.
7 – Back to Bosnia (Sabina Vajraca, EUA, 2006)
Trata-se de um documentário que relata as dificuldades enfrentadas pelos refugiados que tentam retornar à Bósnia. Uma família, que precisa recuperar sua propriedade roubada, por exemplo, se vê diante da sua antiga cidade, agora aos cacos.
8 – Bem vindo (Philippe Lioret, França, 2009)
Um jovem iraquiano de 17 anos deseja visitar sua amada na Inglaterra. Mas ao tentar ir para lá, se depara com a real situação que os imigrantes indocumentados enfrentam na Europa.
9 – Biutiful (Alejandro González-Iñárritu, Espanha, México, 2011)
Uxbal explora o trabalho de chineses que, por estarem indocumentados, oferecem mão de obra mais barata. Ele também tem o dom de falar com mortos e cobra de pessoas que desejam saber de seus entes já falecidos. Essas atividades ilegais são conciliadas com a criação de seus dois filhos. Até que um belo dia, após sentir dores, ele vai ao médico e descobre que tem poucos meses de vida.
Cena do longa Biutiful.
Credito: Divulgação
10 – Bolivia (Israel Adrián Caetano, Argentina, Holanda, 2001)
Em Buenos Aires, o boliviano Freddy trabalha em um restaurante, e sofre humilhações constantes. Rosa, uma paraguaia que também foi ao país em busca de uma vida melhor, encontra-se na mesma situação. O filme tem por objetivo relatar os preconceitos e discriminações sofridos pelos imigrantes diante da crise econômica local.
11 – Bye Bye Brasil (Cacá Diegues, Brasil, 1979)
Salomé, Andorinha e Lorde Cigano viajam o Brasil com seus espetáculos. O casal Ciço e Dasdô (que está grávida) se junta a eles e a caravana vai até Brasília. Ciço apaixona-se por Salomé e a disseminação do acesso à televisão os leva à falência. Após o nascimento do filho, o homem precisa escolher entre a prostituição da esposa e o abandono da caravana.
12 – Canção de Carla, A (Ken Loach, Grã-Bretanha, 1996)
Carla é uma exilada da Nicarágua que vive em Glasgow. Um motorista de ônibus a conhece em seu pior momento: está ferida, e longe da família e do namorado. Após perder o emprego por deixa-la viajar de graça, ele vai com ela à sua terra, que enfrenta um período turbulento. Um trabalhador humanitário americano, amigo de Carla, pode ser a chave para o segredo sobre o paradeiro de seu namorado.
13 – Casamento grego. My big fat Greek wedding (Joel Zwick, EUA, 2002)
Toula pertence a uma família tradicional grega e, portanto, deve casar-se com um grego. Porém, em um curso de informática, ela conhece o inglês Ian e os dois se apaixonam. O namoro começa em segredo e, quando vêm à tona, o casal se vê diante do desafio de adequar o rapaz ao que a família espera de um pretendente para casar-se com ela.
14 – Caterina va in città (Paolo Virzì, Itália, 2003)
Caterina tem 12 anos quando seu pai é transferido para Roma. Na nova escola, ela conhece diferentes ideologias políticas e fica perdida, já que precisa encaixar-se em um grupo para ser aceita. E a ajuda que ela precisa pode partir de um garoto australiano, vizinho de Caterina.
15 – Central do Brasil (Walter Salles, França, Brasil, 1998)
Dora é uma professora que trabalha escrevendo cartas para analfabetos na estação Central do Brasil. Ao conhecer um garoto que acabara de perder a mãe em um atropelamento, ela decide partir com ele ao Nordeste, para ajudá-lo a encontrar o pai, que ele nunca conheceu. Foi o último filme brasileiro a conseguir a indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Cena do filme brasileiro Central do Brasil, com Fernanda Montenegro.
Crédito: Divulgação
16 – Cinzas de Ângela, As (Alan Parker, Grã-Bretanha, 1999)
Após perder uma filha aos 7 anos, Ângela muda-se com o marido e os outros filhos de Nova York para a Irlanda. Lá, encontram condições ainda piores de emprego e sobrevivência e, para completar, o marido de Ângela enfrenta problemas com alcoolismo.
17 – Coisas sujas e belas, Dirty Pretty Things (Stephen Frears, Grã-Bretanha, 2002)
Okwe é um nigeriano que trabalha em um hotel de Londres. Ao descobrir um esquema de tráfico de órgãos, ele se vê impedido de denunciar, já que está indocumentado no país. Ele se alia a Senay, uma turca que se encontra na mesma situação de vulnerabilidade que ele. Juntos descobrem que hóspedes do hotel cedem um rim em troca de um passaporte falso, e muitos morrem de infecções resultantes dessa “cirurgia”.
18 – Corações Sujos (Vicente Amorim, Brasil, 2011)
Em 1945, uma parte da população japonesa que vivia no Brasil, acreditava que o Japão havia ganho a Segunda Guerra Mundial, e que a derrota do país não passava de propaganda enganosa. Aqueles que ousassem insistir que o Japão não havia ganho eram mortos e perseguidos. A história é narrada pela esposa de um dos pregadores da vitória japonesa, que vê o marido tornar-se um assassino e jogar ao vento a história de amor que viviam.
19 – Conto Chinês, Um (Sebastián Borensztein, Argentina, 2011)
Roberto é um argentino dedicado a cuidar de sua loja e colecionar notícias incomuns. Sua rotina é interrompida quando ele testemunha um chinês sendo arremessado de um carro em movimento. O homem fora assaltado e está agora sem documentos, e sem entender sequer uma palavra em espanhol. Ele decide ajudá-lo e o leva para sua casa, até que encontra um tradutor e finalmente entende a dramática história de sua vida.
20 – De Nadie. De Ninguém. No One (Tin Dirdamal, México, 2005)
Documentário sobre a saga de refugiados da América Central que tentam entrar nos Estados Unidos através da fronteira com o México. Em busca de uma vida melhor, arriscam o pouco dinheiro que lhes resta, sua dignidade, sua saúde e sua vida.
21 – Desde que Otar partiu (Julie Bertuccelli, França/Bélgica, 2003)
Eka vive na Geórgia com a filha e a neta. Seu outro filho Otar, que vive em Paris, comunica-se com ela por cartas. Ao descobrir que Otar teve uma morte repentina, filha e neta se vêem diante do dilema a respeito de dar ou não a notícia à matriarca, que ainda anseia pela volta do filho.
22 – Diários da motocicleta (Walter Salles, EUA, Alemanha, Grã-Bretanha, Argentina, 2004)
Che Guevara, um jovem estudante de medicina decide viajar pela América de moto, acompanhado de um amigo. Após 8 meses, a moto quebra e eles seguem viagem, ora a pé, ora de carona. Em Machu Picchu, encontram uma colônia de leprosos e passam a questionar as diferenças sociais do local.
23 – Em busca do ouro (Charles Chaplin, EUA, 1925)
Carlitos se torna garimpeiro no Alasca, em plena época da corrida do ouro (1898), que gerou deslocamentos para a região. Além do ouro, encontra muita confusão e até uma paixão.
24 – Entre os muros da escola, La classe – Entre les murs (Laurent Cantet, França, 2008)
François Marin é professor em uma escola na periferia de Paris. Seu maior desafio é conquistar o interesse dos alunos, diante do descaso e da má educação da turma. No entanto, essa sala de aula é uma espécie de amostra da sociedade que vive nos subúrbios da capital francesa.
Cena do filme francês Entre os Muros da Escola.
Crédito: Divulgação
25 – Era uma vez na América. Upon a Time in America (Sergio Leone, EUA, 1984)
Dois amigos, de origem judaica, cometem pequenos delitos em Nova York, ao longo de sua infância e adolescência. A gravidade dos crimes vai aumentando até que eles acabam se tornando rivais. Mais de 30 anos mais tarde, eles se reencontram para enfrentar os fantasmas e arrependimentos daquela época.
26 – Escolha de Sofia, A (Alan J. Pakula, EUA, 1982)
Um aspirante a escritor, Stingo, conhece seus novos vizinhos: Sofia, uma polonesa que já esteve presa em um campo de concentração; e Nathan, seu namorado judeu. Após tornarem-se amigos, Stingo descobre que o casal guarda segredos capazes de mudar sua vida.
27 – Exílios. Exils (Tony Gatlif, França, 2004)
Os amantes Zano e Naïma decidem viajar à Argélia. Porém, ao cruzarem a França e Espanha, acabam seduzidos pelos ritmos da Andaluzia e a viagem torna-se uma verdadeira experiência espiritual.
28 – Faça a coisa certa. Do the right thing (Spike Lee, EUA, 1989)
Sal é um ítalo-americano que tem uma pízzaria na periferia de Nova York. Ele trabalha no local junto com seus filhos e coleciona fotos de ídolos que remetem às suas origens. Até que um ativista vai lá para comer uma pizza e o fato de não existirem referências à negros na sua coleção acaba em confusão.
29 – Filhos de Francisco, Dois. (Breno Silveira, Brasil, 2005)
Francisco é um homem humilde que sonha com uma carreira musical para dois de seus nove filhos. Os garotos encontram um empresário e, quando finalmente estavam começando a fazer sucesso, um deles morre em um acidente. O outro não se dá por vencido e tenta carreira solo, mas só sente o gosto do sucesso novamente, quando forma uma nova dupla com outro de seus irmãos. Trata-se da história de vida da dupla Zezé di Camargo e Luciano.
30 – Fogo no Mar. Fuoccoamare (Gianfranco Rosi, Itália/França, 2016)
A ilha italiana de Lampedusa é um local de escala para imigrantes vindos do Oriente Médio e da África, virando manchete e tornando-se uma espécie de símbolo da questão migratória da Europa. O longa descreve as pessoas e, entre elas, o único médico da ilha, Pietro Bartolo. Foi finalista ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro deste ano e ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim de 2016.
31 – Gaijin, os caminhos da liberdade (Tizuka Yamasaki, Brasil, 1980)
Japoneses emigravam em busca de uma vida melhor. Devido a maior facilidade das migrações em casais, a jovem Yamada casa-se com um rapaz de 16 anos que acabara de conhecer, e juntos partem para o Brasil. Ao chegar, vão trabalhar em uma fazenda cafeeira, são hostilizados, humilhados, roubados, e recebem tratamento digno apenas por parte de outros colonos e do contador da fazenda.
32 – Gaijin 2 (Tizuka Yamasaki, Brasil, 2002)
A japonesa Titoe emigra para o Brasil com o objetivo de juntar dinheiro e voltar ao seu país. Porém, seus planos são adiados pelo nascimento de sua filha, as conseqüências da 2º Guerra Mundial para o Japão, e a chegada dos netos. Sua neta se casa com um descendente de europeus, que vê seus negócios irem à falência na crise de 1990. Ela então vai morar com a avó, enquanto o marido vai ao Japão juntar dinheiro para que a família possa retornar.
33 – Gaiola Dourada, A. La cage dorée (Ruben Alves, Portugal, França, 2013)
Um casal de portugueses vive em Paris e conquista o respeito e o carinho dos moradores de seu prédio, onde ela é síndica e ele, zelador. Ao receber uma herança, capaz de dar-lhes uma vida luxuosa em Portiugal, decidem retornar ao seu país. Quem não gosta nada dessa notícia são os moradores do local, que farão de tudo para que o casal não vá embora.
34 – Gangues de Nova York (Martin Scorsese, EUA, Alemanha, Grã-Bretanha, Holanda, 2002)  Na Nova York de meados do século XIX, Amsterdan retorna à cidade em busca de algo: vingança para a morte de seu pai. Lá, ele conhece Willian, líder de uma gangue local e assassino de seu pai. Amsterdan acaba se tornando homem de confiança de Willian e se apaixonando por Jenny, pertencente a uma gangue rival. No longa estão ainda as duas principais questões da época em Nova York: a imigração irlandesa para a cidade e o início da Guerra Civil Americana.
35 – Gente di Roma (Ettore Scola, Itália, 2003)
Uma câmera segue a vida em Roma. Um homem toma um ônibus, mas a câmera acaba seguindo outro ônibus. Vários eventos simultâneos se desenrolam, como uma entrevista sobre imigração dentro de um ônibus, as atitudes racistas do dono de um bar, uma deportação, um nobre e um vagabundo sentados lado a lado, dentre outros.
36 – Gran Torino (Clint Eastwood, EUA, 2008)
Walt Kowalski, um veterano de guerra da Coréia, vive sua vidinha pacata, até que conhece seus novos vizinhos, imigrantes do Laos. Um deles, adolescente, é forçado por uma gangue a roubar o carro de Kowalski, um Gran Torino. Como pano de fundo está a periferia de Detroit, antes ocupada basicamente por famílias de trabalhadores caucasianos, mas agora predominante por imigrantes de países asiáticos. E o veterano nutre grande xenofobia por esses imigrantes, herdada da guerra.
37 – Habi, a Estrangeira (María Florencia Álvarez, Argentina, 2013)
Uma argentina de 20 anos deixa sua cidade natal, no interior, e se rende aos encantos de Buenos Aires. Sua vida começa a mudar quando entra por engano em um velório muçulmano e é tão bem recebida, que decide conhecer mais sobre esta comunidade. Para isso, adota um novo nome, consegue um emprego em um restaurante árabe e se apaixona. Mas será que isso é suficiente para esquecer suas raízes e se tornar outra pessoa?
Crédito: Divulgação
38 – Hævnen (Susanne Brier, Suécia, Dinamarca, 2010)
Elias é o filho mais velho de um médico, que trabalha em um campo de refugiados. O garoto é perseguido por um colega de classe, até que um novo aluno, Cristian, decide ajudá-lo. Cristian dá uma surra no aluno que perseguia o amigo, sem saber que a vida de ambos estaria ameaçada por um plano mirabolante de vingança.
39 – Herói do nosso tempo, Um (Radu Mihaileanu, Bélgica, Itália, Israel, França, 2006)
Salomão nasceu na Etiópia, é negro, cristão, e aos 9 anos, vive em um campo de refugiados no Sudão. Orientado pela mãe, ele é adotado por um casal de judeus, e encontra dificuldades para sustentar a mentira de que é judeu e órfão.
40 – Homem que virou suco, O (João Batista de Andrade, Brasil, 1981)
Um poeta migra do Nordeste para São Paulo e vê sua vida mudar quando é confundido com um operário que assassinou o patrão em plena festa da empresa. Ele então recorre à única pessoa capaz de provar que ele é inocente: o verdadeiro assassino.
41 – Hora da estrela, A (Suzana Amaral, Brasil, 1985)
Macabéa, nordestina que vive em São Paulo trabalha como datilógrafa. Seu sonho é ter um namorado e, após conhecer o operário Olímpico, inicia um namoro com ele. Glória, sua colega de trabalho, a leva até uma cartomante, que diz que sua vida será mudada por um homem louro e rico. Ela sai de lá muito feliz e a mudança realmente acontece, mas não da forma que ela esperava.
42 – Imigrante, O (Charles Chaplin, 1917)
Charles decide tentar uma vida melhor e, para isso, embarca em um navio rumo à América. Porém, ao chegar aos Estados Unidos, descobre a rotina de preconceitos e humilhações que os imigrantes vivem no país.
Charles Chaplin em cena de O Imigrante.
Crédito: Reprodução
43 – Incêndios (Denis Villeneuve, Canadá, 2011)
Um casal de irmãos gêmeos que vive no Canadá perde a mãe e vai em busca de seu testamento. Junto com alguns pedidos não convencionais quanto ao funeral, encontram um envelope que deve ser entregue ao seu pai e outro a seu irmão. Porém, o fato de acreditarem até então que o pai estava morto e desconhecerem a existência do irmão os leva a uma jornada pelo Oriente Médio.
44 – Intouchables, Os intocáveis (Olivier Nakache, Eric Toledano, França, 2011)
Um rico aristocrata francês, que fica tetraplégico em decorrência de um acidente, contrata um cuidador para ajudá-lo, um imigrante senegalês radicado na periferia de Paris. Apesar de meio atrapalhado, o cuidador aprende bem a função e o homem passa admirá-lo por sua atitude para com ele. Tornam-se amigos e compartilham experiências.
45 – Ivan (Guto Pasko, Brasil, 2015)
Sobreviver a uma guerra, mas depois virar refugiado e apátrida. Perder o contato com parentes e ter de começar tudo do zero em um outro país. E só depois de décadas voltar a ter uma nacionalidade e poder retornar à terra natal. Parece obra de ficção, mas é a história real do ucraniano Iván Bojko, que vive no Brasil e é contada neste documentário, que foi adotado pelo escritório brasileiro do ACNUR como um dos símbolos da campanha #IBelong, que visa debater e acabar com a apatridia até 2024. Saiba mais no MigraMundo.
Foi como cidadão brasileiro que Iván voltou à Ucrânia, depois de 68 anos.
Crédito: Divulgação
46 – Já que Você Existe. Quando sei nato non puoi più nasconderti. (Marco Tullio Giordana, Itália, 2003)
Um garoto italiano cai nas águas do Mediterrâneo durante uma viagem. A sua transição entre a adolescência e a fase adulta acontece em um barco que o resgata. Trata-se de um meio de transporte para imigrantes indocumentados rumo à Itália – situação semelhante à que ocorre em Lampedusa, nas ilhas gregas e em outros pontos de travessia de barcos com migrantes em direção ao Velho Continente.
47 – Jean Charles (Henrique Goldman, Brasil, 2009)
O filme é baseado na história real do brasileiro Jean Charles de Menezes. O homem vivia em Londres e, em meio aos atentados de 2005, foi confundido com um terrorista e morto pela polícia no metrô local.
48 – Kaos (Paolo Taviani, Vittorio Taviani, Itália, 1984)
O filme conta cinco histórias que se passam na Sicília: Uma mãe está há 14 anos sem notícias de seus dois filhos que vivem nos Estados Unidos; Uma mulher recém-casada pede ajuda a um amigo, pois seu marido tem comportamentos estranhos em noites de lua cheia; Um artesão é contratado para consertar um importante vaso de um fazendeiro e acaba preso dentro da peça; Um grupo de camponeses luta pelo direito de enterrar seus mortos na comunidade onde vivem; Um escritor que volta para casa e busca na mãe a inspiração para escrever a história que sempre sonhou.
49 – Lavoura arcaica (Luiz Fernando Carvalho, Brasil, 2001)
Baseado no romance homônimo de Raduan Nassar (1975), o filme conta a história em primeira pessoa de André, que sai de casa por se sentir sufocado pela família. Ele decide retornar quando o irmão vai buscá-lo, a pedido da mãe. Porém, acaba se apaixonando pela própria irmã, mexendo com a estrutura de toda a família.
50 – Lemon Tree. Etz Limon (Eran Riklis, Israel, 2008)
Salma é uma viúva palestina e vive dos lucros trazidos por uma plantação de limões em seu quintal, em Israel. Sua vida pacata começa a mudar quando o Ministro de Defesa israelense passa a ser seu vizinho e ordena que os limoeiros sejam cortados em nome da segurança nacional.
51 – Migrantes (José Roberto Novaes, Brasil, 2007)
Trata-se de um documentário que retrata as condições de trabalho nas lavouras canavieiras do Nordeste. Pessoas migram para lá por necessidade e são submetidas a condições extremas de trabalho em troca de salários muito baixos.
52 – Minha adorável lavanderia. My Beautiful Laundrette (Stephen Frears, Grã-Bretanha, 1985)  Uma família paquistanesa vive na Inglaterra e ostenta seu padrão de vida, como empresários. O chefe da família tem um irmão alcoólatra e de esquerda. É o filho deste irmão que passa a gerenciar a lavanderia do tio.
53- Montenegro. Pérolas e porcos (Dusan Makavejev, Reino Unido, Suécia, 1981)
Vivendo em Estocolmo, uma americana está cansada de seu casamento “morno” e entediante. Essa situação a leva a envolver-se com um grupo de imigrantes vindos da Iugoslávia. Enquanto eles ficam fascinados pela sua conduta boêmia, sua família beira a insanidade.
54 – Mundo novo, Nuovomondo (Emanuele Crialese, Itália, 2006)
Um siciliano vende todos os seus bens e parte rumo à uma terra que promete melhores condições à sua família: Nova York. Mas o sonho começa a transformar-se em pesadelo em meio à problemas que começam no embarque ao navio até a dificuldade de entrada nos Estados Unidos.
55 – Open Arms, Closed Doors (Brasil, 2014)
Feito por cineastas brasileiros com apoio da emissora Al Jazeera, do Qatar, o documentário conta a história de Badharo, um rapper angolano que vive em uma favela do Rio de Janeiro. O filme traz à tona o racismo e as diferenças na recepção de imigrantes europeus e africanos. Leia mais sobre o longa no MigraMundo
Cena do filme Open Arms, Closed Doors.
Divulgação
56 – Pão e Chocolate, Pane e cioccolata (Franco Brusati, Itália, 1974)
Nino, um italiano que vive na Suíça, deseja ser aceito na sociedade local. Porém, todos os empregos e tentativas aos quais ele se submete, acabam em frustração.
57 – Pão e Rosas. Bread and Roses (Ken Loach, Grã-Bretanha, 2000)
Duas irmãs mexicanas trabalham em uma empresa de limpeza. A rotina de ambas muda quando surge Sam, um ativista americano que as influencia a entrar em uma campanha contra o sistema de trabalho que vivem. Essa atitude coloca em risco não só o emprego das mulheres, mas também a sua permanência no país.
58 – Passado Presente (Luiz Eduardo Lerina, Brasil, 2000)
No século XIX, imigrantes pomeranos chegam ao Espírito Santo. Por estarem afastados do povo local, permanecem isolados por cerca de 100 anos. Isso os leva a preservar a sua cultura e tradições, que hoje em dia já não existem mais nem mesmo em sua terra natal.
59 – Passaporte húngaro (Sandra Kogut, França, Bélgica, Brasil, Hungria, 2003)
O documentário relata a saga da autora do filme em busca de um passaporte húngaro. Isso a leva a vários questionamentos acerca do real significado de pertencer a uma nacionalidade.
60 – Pelle, o conquistador (Bille August, Dinamarca, Suíça, 1988)
Em um barco lotado de imigrantes suecos rumo à Dinamarca, estão o jovem Pelle e sua mãe. Ao chegar ao país, encontram trabalho em uma fazenda, mas são submetidos a péssimas condições de vida. Porém, isso não é suficiente para fazê-los desanimar na busca por uma vida melhor.
61 – Piano, O (Jane Campion, França, Austrália, Nova Zelândia, 1993)
Ada é uma mulher muda, que vai com a filha viver na Nova Zelândia. O motivo da mudança é o casamento com Stewart, que foi arranjado, já que ela nem conhece o noivo. Stewart se recusa a transportar o piano de Ada e o vende para Baines. Ada negocia com Baines a devolução do instrumento em troca de favores sexuais, até que a situação foge totalmente do controle.
62 – Poderoso Chefão, O. Il padrino. The Godfather. Parte 2 (Francis Ford Coppola, EUA, 1974)
O siciliano Vito parte para a América, após a morte da família pela máfia. Ele mata um homem que exigia parte dos lucros dos comerciantes e busca o sustento da família. Seus negócios se expandem e, anos mais tarde, ficam sob os cuidados de seu filho mais novo. Entretanto, o jovem descobre que sua ambição minou seu casamento, aliados querem mata-lo e foi traído até mesmo pelo irmão.
63 – Por um punhado de dólares: os novos emigrados (Leonardo Dourado, Brasil, 2014)
A mão de obra realizada por imigrantes desempenha um importante papel na economia do nosso planeta. O documentário mostra, através de histórias de vida, o quanto este fluxo de dinheiro flui livremente, diferente do fluxo de pessoas, que encontram severas dificuldades para ter acesso à documentos e estabelecer-se numa terra estrangeira. Veja também no MigraMundo
Documentário “Por um Punhado de Dólares, Os Novos Emigrados” quer fazer o público pensar sobre a questão migrante.
Crédito: Divulgação
64 – Quatrilho, O (Fábio Barreto, Brasil, 1995)
Dois casais de imigrantes italianos no Rio Grande do Sul decidem dividir o mesmo teto. Porém, o marido de uma e a esposa do outro se apaixonam e decidem fugir. Só restará aos parceiros abandonados reconstruir suas vidas, talvez juntos.
65 – Rapazes maus, Os: crônicas da violência habitual. Les mauvais garçons: Chroniques de la violence ordinaire. (David Carr-Brown, Pierre Bourgeois, Patricia Bodet, França, 2004)
A cidade de Creil, próxima a Paris, é habitada basicamente por imigrantes, que sofrem com a ação violenta de gangues locais. O enredo leva à uma reflexão sobre a violência e remete a mais de 40 anos de história da sociedade francesa.
66 – Rocco e seus irmãos (Luchino Visconti, Itália, 1960)
Rocco e seus quatro irmãos mudam-se da Basilicata para Milão com a mãe. Todos buscam trabalhar para sua subsistência. Mas a união de Rocco com um de seus irmãos é abalada com a chegada de uma prostituta que seduz os dois rapazes, que passam a disputá-la.
67 – Sacco e Vanzetti (Giuliano Montaldo, Itália 1971)
Sacco e Vanzetti são dois imigrantes italianos que vivem em Boston. Eles foram acusados de um assassinato, do qual provavelmente não foram culpados. E esse julgamento aconteceu baseado no fato de serem imigrantes e assumirem uma posição política mal vista pelo conservadorismo: o anarquismo.
68 – Salada russa em Paris. Okno V Pariz. Salades Russes (Yuri Mamin, Rússia, França, 1993)
A partir de uma janela de um quarto de São Petesburgo, Nickolai e seus amigos misteriosamente vão parar em Paris. Passam então a explorar este novo mundo sem saber que, a qualquer momento, essa janela pode ser fechada.
69 – Samba (Olivier Nakache e Éric Toledano, França, 2014)
Inspirado em livro homônimo, o filme contra a história do imigrante senegalês Samba, que vive na França há dez anos, mas nunca conseguiu a documentação necessária para realizar seus sonhos. Para piorar, passa a sofrer risco de deportação. É nesse contexto que ele conhece e se envolve com Alice, mulher que trabalha em uma instituição de apoio a imigrantes indocumentados e há anos luta contra a depressão. O filme é inspirado em livro homônimo de Delphine Coulin – nele, Samba é do Mali, e não do Senegal, e se envolve afetivamente com outra pessoa.
Filme Samba, inspirado em livro homônimo.
Crédito: Divulgação
70 – Serra Pelada, A Lenda da Montanha de Ouro (Victor Lopes, Brasil, 2013)
A produção é focada no garimpo em Serra Pelada, no Estado do Pará. Nesse lugar lendário, a busca pela riqueza atraiu milhares de pessoas e acabou levando algumas ao encontro da fortuna e outras, da desgraça – dentre os quais os irmãos paulistas Juliano e Joaquim.
71 – Spanglish (James L. Brooks, EUA, 2004)
Uma mexicana e sua filha de 12 anos tentam uma vida melhor nos Estados Unidos. Lá, vão trabalhar na casa de uma influente família e o tratamento que recebem surpreende as duas.
72 – Tem que ser baiano? (Henri Gervaiseau, Brasil, 1993)
Documentário contém entrevistas com nordestinos anônimos e famosos que migraram para outros Estados. Além disso, traz manchetes de jornais e discursos de políticos antigos sobre o tema.
73 – Tempo de embebedar cavalos. Un Temps Pour L’Ivresse Des Cheveaux. Za, Amo Baray’e Masti Asbha (Bahman Ghobadi, Irã, 2002)
Cinco crianças ficam órfãs de pai e mãe na fronteira entre Irã e Iraque. Os irmãos são acusados da perda da mula dos contrabandistas. Ayoub, um dos irmãos, torna-se líder do grupo e se une aos contrabandistas para sobreviver. O irmão mais novo sofre de uma séria enfermidade e necessita de uma cirurgia, que eles não têm condições de pagar. A solução seria um casamento arranjado para a irmã mais velha, com um iraquiano que se compromete a arcar com os custos.
74 – Tempo dos ciganos, O (Emir Kusturica, Iugoslávia, 1988)
Perhan vive em uma comunidade cigana da Iugoslávia, com a avó, o tio e a irmã. A subsistência da família é garantida pelos poderes de cura da avó e a venda de pedra calcária. Ele quer casar-se com a vizinha, mas a mãe da moça recusa seus pedidos, devido à situação financeira do rapaz. Mas tudo pode mudar quando a avó acaba salvando a vida do filho de um criminoso.
75 – Terminal, O (Steven Spielberg, EUA, 2004)
Viktor é um turista da Europa Oriental que, após um golpe de Estado em seu país, parte rumo a Nova York. Porém, é impedido de entrar nos Estados Unidos pois o seu passaporte está invalidado. E tampouco pode retornar ao seu país, já que as fronteiras foram fechadas em decorrência do golpe. Dessa forma, fica “preso” por meses no aeroporto local e passa a improvisar seus dias e descobrir os segredos desse estranho mundo.
Cena do filme O Terminal, com o ator Tom Hanks.
Crédito: Divulgação
76 – Terraferma (Emanuele Crialese , Italia, França, 2011)
A família Purcillo vive em uma ilha italiana e sobrevive basicamente do turismo local. A pacata rotina destas pessoas começa a mudar quando ajudam pessoas de um barco que naufragou. Trata-se de imigrantes indocumentados e, ajudá-los nessas circunstâncias, pode ser considerado um crime. Mesmo assim, abrigam uma mulher e seu filho em sua própria casa e vivem sob a ameaça constante de serem descobertos.
77 – Trem da vida, O (Radu Mihaileanu, Romênia, Hungria, França, 1998)
Habitantes da Europa Ocidental temem a chegada dos nazistas, que prometem deportar todos os judeus da região. Para tentar escapar, forjam um trem nazista, no qual eles próprios interpretam os nazistas. Porém, com o passar do tempo, as encenações começam a tornar-se mais realistas.
78 – Um dia sem mexicanos (Sergio Arau, EUA, México, 2004)
Inexplicavelmente, cerca de 14 milhões de mexicanos somem da Califórnia. Em meio às especulações sobre o que poderia ter acontecido, a importância dessas pessoas para a sociedade começa a ser percebida.
79 – Um italiano em Nova York. Chicago Story (Ettore Scola, Itália, 1971)
Rocco Papaleo deixa a Itália em busca de uma vida melhor nos Estados Unidos. Após fracassar como boxeador, se submete a um trabalho servil e apaixona-se por Jenny, uma modelo.
80 – Underground (Emir Kusturica, Iugoslávia, França, Alemanha, Hungria, 1995)
Em Belgrado,  uma fábrica clandestina de armas, cujos trabalhadores são “refugiados”, é mantida por traficantes. Sem acesso ao mundo exterior, não sabem que a Segunda Guerra Mundial já terminou. Porém, um belo dia, os fabricantes ouvem o noticiário e descobrem que não há mais guerra.
81 – Viagem da esperança, A (Yesim Ustaoglu, Turquia, Holanda, Alemanha, 1999)
O filme narra a história de uma família de turcos que, para fugir da pobreza, tenta imigrar para a Suíça, sem documentos.
82 – Visitante, O. The visitor (Thomas McCarthy, EUA, 2007)
Um professor universitário viúvo diz a todos que é coautor de livros que nem conhece. Quando a autora de um desses livros não pode comparecer a uma conferência em Nova York, ele é enviado em seu lugar. Ao chegar ao seu apartamento na cidade, descobre que ele agora é habitado por um casal de imigrantes sem documentos.
83 – Walachai (Rejane Zilles, Brasil, 2011)
Numa pequena comunidade ao Sul do Brasil, pessoas vivem à sua maneira e ainda falam um antigo dialeto alemão. Embora se considerem brasileiros, são vistos como estrangeiros e formam um grupo coeso, mas isolado das populações vizinhas.
.