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http://www.oeco.org.br/geonoticias/28678-as-belezas-do-velho-chico-vistas-do-espaco
As belezas do Velho Chico vistas do espaço
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As belezas do Velho Chico vistas do espaço
Paulo André Vieira - 06/10/14
Deu no Jornal Nacional: a principal nascente do Rio São Francisco está seca. Localizada no Parque Nacional da Serra da Canastra, a falta de água por lá pode não afetar o resto do rio, já que muitos outros tributários ajudam a mantê-lo, mas é simbólica quando se trata do futuro do Velho Chico. Peixes, flores e aves, o Rio São Francisco de hoje em dia é muito distante do que foi no passado.
“Era surubim, dourado, curimatá. Eram peixes grandes, peixe de 10 kg, até de 20 kg a gente já pegou. Hoje em dia isso não tem mais”, conta Florisvaldo, morador de Manga, MG, em reportagem publicada em ((o))eco em 2013.
Já o pesquisador José Alves de Siqueira Filho, organizador do livro Flora das Caatingas do Rio São Francisco – História natural e conservação, compara a abertura dos canais que levarão as águas do Velho Chico para os rios da Paraíba e do Ceará com feridas no ecossistema feitas por tratores e escavadeiras. “Com olhos de biólogo da conservação, posso afirmar que, muito do que vi, foi chocante”, diz Siqueira em outra reportagem de ((o))eco, esta de 2012. O corte exposto dos canais abre espaço para organismos oportunistas. A invasão biológica é a segunda maior ameaça à biodiversidade, perdendo só para a destruição de habitats provocada pelo homem.
Marcos Sá Corrêa já alertava em 2008 para um relatório sobre a mortandade de aves no Rio São Francisco. Mais de 250 aves mortas na borda da represa de Sobradinho. Irerês, garças, pombas, jaçanãs, paturis, biguás, quero-queros, dezesseis espécies diferentes, prováveis vítimas de pelo menos seis tipos de venenos agrícolas, como Folidol, Folisuper ou Karate, apontados no relatório como suspeitos.
Com 2.863 km, o São Francisco é um dos mais importantes rios do Brasil e da América do Sul. Selecionamos abaixo algumas imagens de satélite do rio, desde sua nascente na Serra da Canastra até sua foz em Piaçabuçu, AL. Metade das fotos retratam o dedo do homem e de suas barragens. Veja também algumas fotos panorâmicas das belezas do rio. Que elas não se transformem um dia nas últimas lembranças do Velho Xico.
“Era surubim, dourado, curimatá. Eram peixes grandes, peixe de 10 kg, até de 20 kg a gente já pegou. Hoje em dia isso não tem mais”, conta Florisvaldo, morador de Manga, MG, em reportagem publicada em ((o))eco em 2013.
Já o pesquisador José Alves de Siqueira Filho, organizador do livro Flora das Caatingas do Rio São Francisco – História natural e conservação, compara a abertura dos canais que levarão as águas do Velho Chico para os rios da Paraíba e do Ceará com feridas no ecossistema feitas por tratores e escavadeiras. “Com olhos de biólogo da conservação, posso afirmar que, muito do que vi, foi chocante”, diz Siqueira em outra reportagem de ((o))eco, esta de 2012. O corte exposto dos canais abre espaço para organismos oportunistas. A invasão biológica é a segunda maior ameaça à biodiversidade, perdendo só para a destruição de habitats provocada pelo homem.
Marcos Sá Corrêa já alertava em 2008 para um relatório sobre a mortandade de aves no Rio São Francisco. Mais de 250 aves mortas na borda da represa de Sobradinho. Irerês, garças, pombas, jaçanãs, paturis, biguás, quero-queros, dezesseis espécies diferentes, prováveis vítimas de pelo menos seis tipos de venenos agrícolas, como Folidol, Folisuper ou Karate, apontados no relatório como suspeitos.
Com 2.863 km, o São Francisco é um dos mais importantes rios do Brasil e da América do Sul. Selecionamos abaixo algumas imagens de satélite do rio, desde sua nascente na Serra da Canastra até sua foz em Piaçabuçu, AL. Metade das fotos retratam o dedo do homem e de suas barragens. Veja também algumas fotos panorâmicas das belezas do rio. Que elas não se transformem um dia nas últimas lembranças do Velho Xico.
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