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Tese de doutorado que foca em Liu Arruda como 'Bufão Cuiabano' será apresentada na AML
Da Redação - Isabela Mercuri
Foto: Reprodução
Uma espécie de auto-análise, que não procura neutralidade, foi o resultado obtido por Ivan Belém após quatro anos de doutorado. Sua tese “Liu Arruda: A travessia de um bufão cuiabano sob inspiração de Augusto Boal” foca não só neste ícone do humor, como também em sua trajetória em meio ao Grupo Gambiarra – do qual Ivan foi um dos fundadores. A tese será apresentada nesta terça-feira (12) na Academia Mato-Grossense de Letras, às 19h30.
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O tema, segundo o pesquisador, foi sugestão da orientadora Profa. Dra. Michèle Sato: “Nunca passou pela minha cabeça estudar a trajetória artística de Liu e do grupo. Mas depois, comecei um tipo de pesquisa chamado Participativa”, comenta o historiador e ator.
O doutorado foi em Educação e Meio Ambiente, e Ivan explica: “Não existe uma referência direta à questão ambiental, mas pensando no meio ambiente como meio político e social, podemos apontar o Grupo Gambiarra como um grupo que seguia as técnicas do Teatro do Oprimido, de Augusto Boal, e buscava uma transformação social”, explica.
Ivan focou seu trabalho nos anos 80, época em que – segundo ele – Mato Grosso passava por um grande processo de migração, o que causava grande impacto principalmente na cultura. “As pessoas vinham pra cá ocupar um local aparentemente (mas equivocadamente) vazio”, comenta.
Liu Arruda como Bufão
Ivan comenta que decidiu focar seu trabalho em Liu porque ele se tornou um ícone deste movimento, o que definiu como “Bufão Cuiabano”. “O bufão é uma figura ancestral ao palhaço, o primeiro que se dedicou a fazer rir, ainda nas feiras medievais, por meio de distorções físicas”, explica, “Em 1980, o movimento artístico, e Liu Arruda, buscavam debochar da sociedade, e para isso transformavam até mesmo o próprio corpo. Liu, então, é um autêntico bufão”.
Outra característica importante para caracterizar este personagem era o fato de que um bufão nunca estava sozinho: “Eles andavam em grupo para se sentir fortalecidos e não serem presas fáceis do poder”, comenta Ivan, “Liu foi um ícone, mas não pode ser pensado isoladamente. Nem mesmo o Grupo Gambiarra pode ser pensado isoladamente. Havia muitos artistas e intelectuais apoiando e dando suporte a ele”, finaliza.
Apresentação na AML
Ivan, que defendeu sua tese dia 17 de abril na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), se disse muito feliz de poder apresentá-la na Academia Mato-Grossense de Letras. “O meu trabalho fala sobre um assunto popular e a Academia tem cultura, raízes. Eu vejo também uma nova cara na Academia, isso por meio dos novos acadêmicos e também pela direção de Mahon”, comenta o pesquisador.
“Liu Arruda: A travessia de um bufão cuiabano sob inspiração de Augusto Boal” será apresentado nesta terça (12), às 19h30 na Casa Barão de Melgaço, sede da Academia Mato-Grossense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso. A Casa fica na Rua Barão de Melgaço, 3869, Centro.
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O doutorado foi em Educação e Meio Ambiente, e Ivan explica: “Não existe uma referência direta à questão ambiental, mas pensando no meio ambiente como meio político e social, podemos apontar o Grupo Gambiarra como um grupo que seguia as técnicas do Teatro do Oprimido, de Augusto Boal, e buscava uma transformação social”, explica.
Ivan focou seu trabalho nos anos 80, época em que – segundo ele – Mato Grosso passava por um grande processo de migração, o que causava grande impacto principalmente na cultura. “As pessoas vinham pra cá ocupar um local aparentemente (mas equivocadamente) vazio”, comenta.
Liu Arruda como Bufão
Ivan comenta que decidiu focar seu trabalho em Liu porque ele se tornou um ícone deste movimento, o que definiu como “Bufão Cuiabano”. “O bufão é uma figura ancestral ao palhaço, o primeiro que se dedicou a fazer rir, ainda nas feiras medievais, por meio de distorções físicas”, explica, “Em 1980, o movimento artístico, e Liu Arruda, buscavam debochar da sociedade, e para isso transformavam até mesmo o próprio corpo. Liu, então, é um autêntico bufão”.
Outra característica importante para caracterizar este personagem era o fato de que um bufão nunca estava sozinho: “Eles andavam em grupo para se sentir fortalecidos e não serem presas fáceis do poder”, comenta Ivan, “Liu foi um ícone, mas não pode ser pensado isoladamente. Nem mesmo o Grupo Gambiarra pode ser pensado isoladamente. Havia muitos artistas e intelectuais apoiando e dando suporte a ele”, finaliza.
Apresentação na AML
Ivan, que defendeu sua tese dia 17 de abril na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), se disse muito feliz de poder apresentá-la na Academia Mato-Grossense de Letras. “O meu trabalho fala sobre um assunto popular e a Academia tem cultura, raízes. Eu vejo também uma nova cara na Academia, isso por meio dos novos acadêmicos e também pela direção de Mahon”, comenta o pesquisador.
“Liu Arruda: A travessia de um bufão cuiabano sob inspiração de Augusto Boal” será apresentado nesta terça (12), às 19h30 na Casa Barão de Melgaço, sede da Academia Mato-Grossense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso. A Casa fica na Rua Barão de Melgaço, 3869, Centro.
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