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Coletivo cria frente com sociedade civil para discutir enfrentamento da pandemia em MT
Discussão contará com a participação de representantes de entidades e do governo, além de cientistas, profissionais da saúde e políticos do estado.
Da Redação
Tchélo Figueiredo - SECOM/MT
O coletivo Amigos do Pantanal, criado por ativistas e cientistas de Mato Grosso em 2020, está organizando uma frente para discutir o combate à pandemia de covid-19 no estado. A ideia é que a iniciativa dê protagonismo à sociedade civil organizada no debate sobre a elaboração de estratégias e medidas para barrar o avanço da doença que já matou mais de 7 mil pessoas em Mato Grosso.
No próximo dia 10, o grupo realiza um fórum com pesquisadores, profissionais da saúde, e representantes de entidades e dos governos municipal e estadual. Um dos organizadores da iniciativa é o indigenista Sebastião Moreira, também responsável pela criação do coletivo. Tião do Cimi, como é conhecido, conta que a ideia é que a frente de mobilização pressione as autoridades a tomar iniciativas mais contundentes em relação à pandemia.
“Vamos discutir sobre a aquisição de vacinas, que é algo primordial para que possamos sair dessa condição que estamos agora. Fora isso, é nítido que precisamos de um lockdown logo, urgentemente. Autoridades no assunto têm apontado cenários ainda mais assustadores se nada for feito. Temos que trabalhar em uma perspectiva de isolamento social, com distribuição de auxílios. Com o corte do Governo Federal, esperamos que o Município e o Estado ajam”, afirma Sebastião.
O fórum será dividido em duas mesas. Na primeira, que acontece pela manhã e será moderada pela pesquisadora e professora Michele Sato, as contribuições vêm do campo científico, com médicos, biólogos e cientistas, além do secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo. Para Sato, que tem estudado a pandemia no pós-doutorado realizado atualmente no Rio de Janeiro, o fórum será uma oportunidade de debater aspectos diversos da disseminação da doença no mundo.
“Trabalho com a hipótese de que a pandemia não pode ser encarada como uma crise sanitária pontual, mas proveniente de uma crise ambiental prolongada da humanidade destruindo a natureza. O agronegócio e o aumento do consumo energético são pontos muito relevantes na discussão. Há autores que defendem que o agronegócio é um dos maiores propagadores de patógenos, por exemplo. De alguma maneira, a Organização Mundial da Saúde já tinha como saber que aconteceria uma pandemia, mas não sabia quando e nem que seria nessa intensidade”, afirma.
À tarde a discussão centra-se no aspecto político do enfrentamento à pandemia. Foram convidados para o debate o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e o Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB); os presidentes das Câmaras Municipais das duas cidades, Juca do Guaraná (MDB) e Fábio José Tardin (DEM); o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PDB); a deputada federal Rosa Neide (PT) e o senador Wellington Fagundes (PL), além do Secretário-geral da OAB-MT, Flávio José Ferreira.
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