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Friday, 22 May 2020

Desmatamento em alta deve puxar emissões de carbono do Brasil para cima em 2020, apesar da pandemia

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Desmatamento em alta deve puxar emissões de carbono do Brasil para cima em 2020, apesar da pandemia

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Com a paralisação da economia global provocada pela pandemia, espera-se que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) de muitos países recuem neste ano em comparação com os anos anteriores. Mas essa queda não deve acontecer no Brasil. Pelo contrário, as emissões de carbono do país devem aumentar em 2020, como reflexo do descontrole do desmatamento na Amazônia, que se intensificou mesmo durante a pandemia.

O alerta é do Sistema de Estimativas de Emissões de GEE (SEEG) do Observatório do Clima (OC), que publicou ontem uma nota técnica sobre o quadro das emissões do Brasil para o restante do ano.

De acordo com os dados do SEEG, as emissões do Brasil podem subir entre 10% e 20% neste ano em relação a 2018, último ano para o qual há dados consolidados. O crescimento é puxado pela alta no desmatamento, que, considerando a média dos últimos cinco anos nos meses de maio a julho, deve ter emissões 29% maiores do que em 2018. Se o ritmo de desmate em maio, junho e julho for semelhante ao observado nos mesmos meses do ano passado, o crescimento das emissões relativas à mudança de uso da terra podem ser ainda maior: 51%.

Outro fator que puxa as emissões brasileiras para cima é a redução no consumo de carne no mercado doméstico e internacional. Em abril, o abate de bovinos caiu 20%, o que pode significar um aumento marginal nas emissões da pecuária – afinal, com mais gado no pasto, devemos ter mais emissões de gases como metano.

Esse cenário se torna ainda mais delicado se considerarmos que, ao invés de controlar efetivamente o desmatamento, o governo federal insiste em ações midiáticas para aplacar cobranças internacionais, ao mesmo tempo em que Bolsonaro e seu ministro do Meio Ambiente avançam com uma agenda de demolição da governança e das salvaguardas ambientais.

“A aceleração do desmatamento e das emissões decorre diretamente das ações do governo Bolsonaro para desmontar os planos de controle, por um lado, e estimular o crime ambiental, por outro”, analisa Marcio Astrini, secretário-executivo do OC. “O Brasil se tornou uma ameaça ao Acordo de Paris, num momento em que precisamos mais do que nunca avançar na estabilização do clima, para evitar uma outra grave crise de proporções mundiais”.

A Nota Técnica do SEEG pode ser baixada aqui, a divulgação do OC aqui. A notícia foi destaque no UOL EcoaEstadãoExame e G1, entre outros.

 

ClimaInfo, 22 de maio de 2020.

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Thursday, 9 May 2019

Comunicado dos ex-ministros do Meio Ambiente sobre a política ambiental brasileira


---------- Forwarded message ---------
From: Ex-ministros do Meio Ambiente <exministrosmma@gmail.com>
Date: Thu, 9 May 2019 at 17:28
Subject: Comunicado dos ex-ministros do Meio Ambiente sobre a política ambiental brasileira
To: <michelesato@gmail.com>

Comunicado dos ex-ministros do Meio Ambiente

São Paulo, 8 de maio de 2019
Em outubro do ano passado, nós, os ex-ministros de Estado do Meio Ambiente, alertamos sobre a importância de o governo eleito não extinguir o Ministério do Meio Ambiente e manter o Brasil no Acordo de Paris. A consolidação e o fortalecimento da governança ambiental e climática, ponderamos, é condição essencial para a inserção internacional do Brasil e para impulsionar o desenvolvimento do país no século 21.
Passados mais de cem dias do novo governo, as iniciativas em curso vão na direção oposta à de nosso alerta, comprometendo a imagem e a credibilidade internacional do país.
Não podemos silenciar diante disso. Muito pelo contrário. Insistimos na necessidade de um diálogo permanente e construtivo.
A governança socioambiental no Brasil está sendo desmontada, em afronta à Constituição.
Estamos assistindo a uma série de ações, sem precedentes, que esvaziam a capacidade de formulação e implementação de políticas públicas do Ministério do Meio Ambiente. Entre elas, a perda da Agência Nacional de Águas, a transferência do Serviço Florestal Brasileiro para o Ministério da Agricultura, a extinção da secretaria de mudanças climáticas e, agora, as ameaças de descriação de áreas protegidas, de apequenamento do Conselho Nacional do Meio Ambiente e de extinção do Instituto Chico Mendes. Nas últimas três décadas, a sociedade brasileira foi capaz, através de sucessivos governos, de desenhar um conjunto de leis e instituições aptas a enfrentar os desafios da agenda ambiental brasileira nos vários níveis da Federação.
A decisão de manter a participação brasileira no Acordo de Paris tem a sua credibilidade questionada nacional e internacionalmente pelas manifestações políticas, institucionais e legais adotadas ou apoiadas pelo governo, que reforçam a negação das mudanças climáticas partilhada por figuras-chave da atual administração.
A ausência de diretrizes objetivas sobre o tema não somente tolhe o cumprimento dos compromissos assumidos pelo Brasil, comprometendo seu papel protagônico exercido globalmente, mas também sinaliza com retrocessos nos esforços praticados de redução de emissões de gases de efeito estufa, nas necessárias ações de adaptação e no não cumprimento da Política Nacional de Mudança do Clima.
Estamos diante de um risco real de aumento descontrolado do desmatamento na Amazônia. Os frequentes sinais contraditórios no combate ao crime ambiental podem transmitir a ideia de que o desmatamento é essencial para o sucesso da agropecuária no Brasil. A ciência e a própria história política recente do país demonstram cabalmente que isso é uma falácia e um erro que custará muito caro a todos nós.
É urgente a continuidade do combate ao crime organizado e à corrupção presentes no desmatamento ilegal e na ocupação de áreas protegidas e dos mananciais, especialmente nos grandes centros urbanos.
O discurso contra os órgãos de controle ambiental, em especial o Ibama e o ICMBio, e o questionamento aos dados de monitoramento do INPE, cujo sucesso é auto-evidente, soma-se a uma crítica situação orçamentária e de pessoal  dos órgãos. Tudo isso reforça na ponta a sensação de impunidade, que é a senha para mais desmatamento e mais violência.
Pela mesma moeda, há que se fortalecer as regras que compõem o ordenamento jurídico ambiental brasileiro, estruturadas em perspectiva sistêmica a partir da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente de 1981. O Sistema Nacional de Meio Ambiente precisa ser fortalecido, especialmente pelo financiamento dos órgãos que o integram.
É grave a perspectiva de afrouxamento do licenciamento ambiental, travestido de “eficiência de gestão”, num país que acaba de passar pelo trauma de Brumadinho. Os setores empresarial e financeiro exigem regras claras, que confiram segurança às suas atividades.
Não é possível, quase sete anos após a mudança do Código Florestal, que seus dispositivos, pactuados pelo Congresso e consolidados pelo Supremo Tribunal Federal, estejam sob ataque quando deveriam estar sendo simplesmente implementados. Sob alegação de “segurança jurídica” apenas para um lado, o do poder econômico, põe-se um país inteiro sob risco de judicialização.
Tampouco podemos deixar de assinalar a nossa preocupação com as políticas relativas às populações indígenas, aos quilombolas e a outros povos tradicionais, iniciada com a retirada da competência da Funai para demarcar terras indígenas. Há que se cumprir os preceitos estabelecidos na Constituição Federal de 1988, reforçados pelos compromissos assumidos pelo Brasil perante a comunidade internacional há muitas décadas.
O Brasil percorreu um longo caminho para consolidar sua governança ambiental. Tornamo-nos uma liderança global no combate às mudanças climáticas, o maior desafio da humanidade neste século. Também somos um dos países megabiodiversos do planeta, o que nos traz enorme responsabilidade em relação à conservação de todos os nossos biomas. Nesta semana a Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), considerada o “IPCC da biodiversidade”, divulgou o seu primeiro sumário para tomadores de decisão, alertando sobre as graves ameaças que pesam sobre a biodiversidade: um milhão de espécies de animais e plantas no mundo estão ameaçadas de extinção.
É urgente que o Brasil reafirme a sua responsabilidade quanto à proteção do meio ambiente e defina rumos concretos que levem à promoção do desenvolvimento sustentável e ao avanço da agenda socioambiental, a partir de ação firme e comprometida dos seus governantes.
Não há desenvolvimento sem a proteção do meio ambiente. E isso se faz com quadros regulatórios robustos e eficientes, com gestão pública de excelência, com a participação da sociedade e com inserção internacional.  
Reafirmamos que o Brasil não pode desembarcar do mundo em pleno século 21. Mais do que isso, é preciso evitar que o país desembarque de si próprio.

Rubens Ricupero
Gustavo Krause
José Sarney Filho
José Carlos Carvalho
Marina Silva
Carlos Minc
Izabella Teixeira
Edson Duarte



Wednesday, 8 May 2019

Uma inédita frente de ex-ministros do meio ambiente contra o desmonte de Bolsonaro

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/08/politica/1557338026_221578.html?id_externo_rsoc=FB_BR_CM&hootPostID=0280bb263cd483a1f19bd1a5f5c0c975&fbclid=IwAR2JTxBueGtSANyUmwQ-sGd8xkYdaPtnxzXDKjhL7RRBCHcmfdkEYG-wFN0

Uma inédita frente de ex-ministros do meio ambiente contra o desmonte de Bolsonaro

Oito antecessores de Ricardo Salles acusam o atual Governo de promover uma "política sistemática, constante e deliberada de destruição das políticas meio ambientais"

Sete ex-ministros do meio ambiente, reunidos nesta quarta na USP.
Sete ex-ministros do meio ambiente, reunidos nesta quarta na USP.  AFP
Todos os ex-ministros do meio ambiente vivos desde que a pasta foi criada, em 1992, assinaram um comunicado conjunto e se reuniram nesta quarta-feira em São Paulo para lançar um alerta para a sociedade brasileira. E para o mundo. Rubens Ricupero, Gustavo Krause, José Sarney Filho, José Carlos Carvalho, Marina Silva, Carlos Minc, Izabella Teixeira e Edson Duarte acusaram o Governo do ultradireitista Jair Bolsonaro (PSL) de colocar em prática em pouco mais de quatro meses uma "política sistemática, constante e deliberada de desconstrução e destruição das políticas meio ambientais" implementadas desde o início dos anos de 1990, além do desmantelamento institucional dos organismos de proteção e fiscalizadores, com o Ibama e o ICMbio. A imagem de unidade que ofereceram por cima de suas diferenças ideológicas, incluindo a que foi prejudicada e o que foi beneficiado pelo dramático impeachment de Dilma Rousseff, dá uma ideia da gravidade de sua denúncia.
O grupo acusa o presidente e o atual ocupante da pasta, Ricardo Salles (NOVO), de estarem revertendo todos as conquistas das últimas décadas. Conquistas que "não são de um governo ou de um partido, mas de todo o povo brasileiro", segundo destacou mais de uma vez Marina Silva, que ocupou o Ministério entre 2003 e 2008, além de ter sido candidata a presidência da República nas últimas três eleições. Silva e seus seis colegas que compareceram à reunião desta quarta (Gustavo Krause não pôde estar presente) destacaram que, ao contrário do que prega Bolsonaro, a defesa da natureza, da biodiversidade e o combate às mudanças climáticas não são compatíveis com o desenvolvimento econômico. Todo o contrário. Silva afirmou que o Brasil "depende do meio ambiente para ser a potência agrícola e mineradora que é", destacando que o país crescia uma média de 3% e impulsionava o agronegócio ao mesmo tempo que reduzia em 80% o desmatamento da Amazônia.
O atual ministro Ricardo Salles lançou uma nota rebatendo seus colegas. "O atual governo não rechaçou, nem desconstruiu, nenhum compromisso previamente assumido e que tenha tangibilidade, vantagem e concretude para a sociedade brasileira", destacou. "Mais do que isso, criou e vem se dedicando a uma inédita agenda de qualidade ambiental urbana, até então totalmente negligenciada".

Esforço "destrutivo"

Os antigos ministros deixaram claro que o panorama atual é desolador. Todos fizeram questão de sublinhar que, apesar de diferenças ideológicas, cada um deles manteve o legado de seus antecessor e o rumo das políticas ambientais ao mesmo tempo que trabalhava em novas políticas e diretrizes para preservar a riqueza ecológica brasileira. Rubens Ricupero, ministro do Governo Itamar Franco entre 1993 e 1994, descreveu que o atual governo faz um esforço "malévolo e destrutivo contra algo que o Brasil construiu com tanto esforço".
As medidas "retrógradas" tomadas pelo Governo Bolsonaro neste assunto são muitas e diversas: transferir para o Ministério da Agricultura a demarcação de terras indígenas e o Serviço Florestal Brasileiro, a perda da Agência Nacional de Águas para o Ministério de Desenvolvimento Regional, a extinção da Secretaria de Mudança Climática, o assédio aos fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), responsáveis por aplicar multas ambientais para poluidores e desmatadores, além das ameaças de desmantelar áreas protegidas, reduzir o Conselho Nacional do Meio Ambiente eliminar o Instituto Chico Mendes (ICMbio). Além disso, o governo Bolsonaro passou a indicar militares e policiais militares para os cargos de chefia do IBAMA e do ICMbio com a desculpa de que podem conferir um maior poder de política para os organismos. "Nada contra eles, mas são pessoas que não possuem a agenda ambiental", disse Izabella Teixeira (2010-2016). Tudo isso compromete, segundo o documento assinado, o papel de protagonista exercido globalmente pelo país e indica retrocessos nos esforços realizados para reduzir as emissões de gás carbônico.
Sem uma mudança de rumo, advertiu Silva, "vão transformar nosso em país em um exterminador do futuro. Isso não podemos permitir". Já Ricupero incentivou que os jovens ocupem ruas e praças, como vem acontecendo na Europa e nos Estados Unidos, para pressionar o Governo contra o desmantelamento das políticas ambientais. Teixeira afirmou, por sua vez, que "o Brasil não pode ser a rainha má do Game of Thrones do meio ambiente". As consequências das ações e inações do atual mandatário "serão dramáticas e irreversíveis" para a ecologia, a economia e a sociedade, afirmou Silva. Os mais jovens são os que irão sofrer de maneira mais intensa.
Os ex-ministros explicaram que este "não é um ponto de chegada, mas sim um ponto de partida". Querem aproveitar a crescente sensibilização planetária com a crise climática e as greves de adolescentes na Europa para estabelecer um diálogo com a sociedade civil que estabeleça uma frente contra essas políticas regressivas. E dizer basta.
Silva apelou para a cidadania que, recordou, deu a vitória a um candidato que prometeu durante a campanha eleitoral acabar com a gestão ambiental. "Agora é o povo brasileiro que tem que avaliar se quer um país sem suas florestas". Os ministros incluíram o Governo Bolsonaro em seus constantes apelos ao diálogo e a unidade diante de um tema crucial para o futuro.
Bolsonaro anunciou na campanha que eliminaria o Ministério do Meio Ambiente e prometeu que, assim como Donald Trump, tiraria o país do Acordo de Paris contra as mudanças climáticas. O ultraconservador finalmente não cumpriu com as duas promessas. Contudo, com suas decisões posteriores, conseguiu esvaziar o Ministério: nomeou Ricardo Salles, "um ministro anti-meio ambiente", debilitou notavelmente os sistemas de proteção florestal dos povos indígenas, essenciais na preservação da biodiversidade. Como se fosse pouco, em palavras de Carlos Minc (2008-2010), "colocou uma pistola na mão dos agressores, poluidores e desmatadores, enquanto que os defensores do meio ambiente tiveram suas mãos atadas".
Minc também advertiu que o atual Governo "está autorizando diariamente novos agrotóxicos cancerígenos que já estão proibidos nos Estados Unidos e na Europa". E que podem, além de tudo, acabar com as abelhas, "essenciais para manter a biodiversidade". Outro exemplo dado foi o arquipélago de Abrolhos, uma área de mais de 900 quilômetros quadrados próxima do Estado da Bahia que é protegida, o que permitiu que as baleias Jubarte pudessem sair da lista de animais em perigo de extinção. Porém, o Governo quer liberar a extração de Petróleo na região.
Os ex-ministros também garantiram que irão manter diálogo com instituições e organismos internacionais e que, se necessário, poderão acionar a Justiça para tentar impedir algumas ações do Governo. Advertiram também que as consequências para o Brasil no campo internacional podem ser graves: vão desde a perda de credibilidade e de poder de articulação até o fechamento de mercados para os produtos brasileiros. Algo que já começa a acontecer: recentemente, Salles cancelou um giro pela Europa devido às críticas dirigidas ao Brasil por causa da atual gestão ambiental.

Tuesday, 8 January 2019

O que há por trás da escolha de Ricardo Salles para o Meio Ambiente

https://blogdacidadania.com.br/2019/01/o-que-ha-por-tras-da-escolha-de-ricardo-salles-para-o-meio-ambiente/

O que há por trás da escolha de Ricardo Salles para o Meio Ambiente

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O presidente de extrema direita, Jair Bolsonaro (PSL), sustentou o nome do advogado Ricardo Salles como o novo ministro do Meio Ambiente mesmo com pendência com a Justiça.
A nomeação de Salles é alvo de ações judiciais porque o novo ministro teve seus direitos políticos suspensos por três anos após ser condenado na Justiça de São Paulo por improbidade administrativa em dezembro pelo juiz Fausto José Martins Seabra, da 3ª Vara da Fazenda Pública do TJ-SP.
O artigo 87 da Constituição Federal determina que os “Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos”. Ainda assim, o presidente decidiu indicar o advogado ao cargo e deixou claro quem queria agradar com a indicação: o agronegócio.
Ricardo Salles é acusado de descumprir leis ambientais e manipular mapas de manejo ambiental do rio Tietê, em São Paulo, “com a clara intenção de beneficiar setores econômicos”. Na época, ele era secretário do Meio Ambiente na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB). O advogado agrada aos ruralistas porque seus discursos estão em sintonia com os interesses do agronegócio.
Em vídeo gravado durante um almoço com ruralistas e cantores sertanejos em dezembro, logo após anunciar Salles na equipe do governo, Bolsonaro, descontraído, afirmou: “Vocês gostaram do ministro do Meio Ambiente agora, né? Com toda certeza”. “Gostamos de tudo”, respondeu prontamente, “representando o agronegócio”, o locutor do rodeio de Barretos, Cuiabano Lima.
Apoiado por ruralistas
Salles, de 43 anos, é fundador do Movimento Endireita Brasil e teve apoio da bancada ruralista. O advogado, inclusive, já trabalhou para a Sociedade Rural Brasileira (SRB). A entidade enviou uma carta a Bolsonaro defendendo seu nome porque Salles, segundo o texto, poderia “conciliar os interesses do produtor rural pelo aumento da produtividade com as questões ambientais de forma objetiva”.
Em outro um vídeo, que circulou por grupos de WhatsApp, o ministro aparece entre o deputado federal Frederico D’Ávila (PSL-SP), dirigente da SRB, e Luiz Antônio Nabhan Garcia, o presidente da União Democrática Ruralista (UDR).
Nabhan deseja sorte ao ministro e diz que Salles fará uma grande administração porque seu nome significa “o fim do estado policialesco e o fim do estado confiscatório (sic) em cima de quem trabalha e produz nesse país”.
O novo ministro segue o discurso do presidente da República de acabar com o que ele chamou de a “indústria da multa” do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), órgão fiscalizador subordinado ao Ministério do Meio Ambiente.
Segundo o ministro, o aumento das punições por infrações pode estar relacionada com uma “banalização” de multas no Ibama. O ministro pretende compensar financeiramente os latifundiários. Ele já criticou o atual modelo das reservas legais, mecanismo usado para frear o desmatamento por causa da atividade agrícola.
De acordo com o Código Florestal, propriedades que estão dentro da Amazônia Legal, por exemplo, só podem desenvolver atividade agrícola e exploração econômica em 20% do imóvel.
Apesar das críticas do novo ministro, de acordo com o levantamento realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o desmatamento na Amazônia Legal no mês de novembro de 2018 apresentou um aumento de 406% em relação ao mesmo período de 2017.
As áreas privadas ou sob posse correspondem a 53% das áreas desmatadas. Terras indígenas representam apenas 5% do desmatamento e Unidades de Conservação, 4%.
Para Salles, a restrição do uso dos imóveis sem compensação financeira pode ferir a propriedade privada e ser considerada uma sanção desproporcional. Por isso, ele defende incentivos aos produtores rurais.
Além disso, o ministro prometeu interromper o diálogo com grupos ambientalistas, chamados por ele de “eco-xiitas” contra o desenvolvimento ou “picaretas”; as conversas, segundo eles, serão apenas com “grupos razoáveis”.
Ódio ao MST e à esquerda
Nas eleições de 2018, Salles disputou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo partido Novo. Ele obteve 36.603 votos e não foi eleito. Mas sua campanha foi marcada por ódio ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O número de candidato, 3006, era mesmo do calibre de balas de fuzil. E suas peças de campanha associavam balas a fotos de sem-terras.
Salles também determinou a retirada de uma estatueta do guerrilheiro Carlos Lamarca no Parque Estadual do Rio Turvo, em São Paulo, em agosto de 2017. O pedestal foi demolido por ordem de Salles, que afirmou que recursos de compensação ambiental não foram feitos para colocar busto de “um criminoso, independentemente do lado ideológico”. O ministro foi alvo de um inquérito civil instaurado pelo Ministério Público de São Paulo por causa da retirada do busto.
Novo tempo
Uma das medidas já anunciadas é o enxugamento da área da pasta responsável por mudanças climáticas e a extinção da Secretaria de Mudanças do Clima e Florestas, que deu lugar à Secretaria de Florestas e Desenvolvimento Sustentável.
Criado em 1993, o Ministério do Meio Ambiente tem como missão formular e conduzir políticas públicas para proteger florestas, recursos hídricos, os ecossistemas, florestas e toda a biodiversidade.
Do Justificando

Monday, 11 September 2017

V Conferência Infanto- juvenil pelo Meio Ambiente

V CIJMA
V Conferência Infanto- juvenil pelo Meio Ambiente
Vamos cuidar do Brasil cuidando das águas
http://portal.mec.gov.br/pnaes/194-secretarias-112877938/secad-educacao-continuada-223369541/17455-conferencia-infanto-juvenil-pelo-meio-ambiente-novo

folder

Em MT, aos cuidados de Déborah Moreira:
65 3615 8443


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OUTRAS INFORMAÇÕES
Ministério da Educação - MEC
http://portal.mec.gov.br/pnaes/194-secretarias-112877938/secad-educacao-continuada-223369541/17455-conferencia-infanto-juvenil-pelo-meio-ambiente-novo

ver histórico em:
http://conferenciainfanto.mec.gov.br/


Conferência Infanto- juvenil pelo Meio Ambiente

    Objetivo:
    O objetivo da Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA) é pedagógico e busca apoiar as Secretarias Estaduais, Municipais e Distrital de Educação na promoção da participação social. Incentiva a mobilização e a ação sobre a dimensão política e social da questão ambiental, bem como a sua inserção e apropriação pelos sistemas de ensino nas dimensões de gestão, currículo e infraestrutura das unidades escolares.
    Ações:
    • Realização das etapas preparatórias para a Conferência Nacional, que incluem a formação de professores e conferências nas escolas do ensino fundamental.
    • Disponibilizar materiais de referência para todas as escolas de ensino fundamental a fim de subsidiar o processo de debate e mobilização dos(as) estudantes nas etapas da CNIJMA;
    Como Acessar:
    As Secretarias de Educação dos Estados e Distrito Federal devem, aguardar convocação da CNIJMA pelo Ministério da Educação e incluir esta ação no Plano de Ações Articuladas Estadual (PAR) para apoio a realização das conferências.

    Documentos:
    • Relatório Final da I Conferência Infanto- juvenil pelo Meio Ambiente, 2003;

    Tuesday, 29 December 2009

    E A DECORAÇÃO DE NATAL?


    Não sei quem fez, mas a decoração de Natal da cidade de Cuiabá tem, certamente, seus méritos: o baixo custo, a tentativa de reciclagem e a busca de uma identidade regional. No entanto, o resultado obtido foi desastroso. Ficou muito ruim, vocês não concordam? O que são aquelas caixas cobertas por chitão? Vista de longe, à noite, causa até um efeito bonito, mas quando se chega perto, vem a decepção. A sensação que dá é de miséria, falta de inspiração e inventividade.