Monday, 29 March 2021

Covid, a última herança do Colonialismo

 OUTRAS PALAVRAS

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Covid, a última herança do Colonialismo

Desde século XVI, impérios europeus produziram mudança antropológica abrupta. Capital converteu a agricultura, antes integrada aos ecossistemas, em commodities cultivadas nas colônias. Daí vieram o latifúndio, o agronegócio e… as pandemias!

Por Rob Wallace, no New Internationalist  |Tradução: Simone Paz | Imagem: Federico Boyd Sulapas Dominguez

O SARS-CoV-2, o coronavírus por trás da Covid-19, avança. Infecta centenas de milhares de pessoas por dia no mundo inteiro. Em países que não souberam lidar corretamente com o surto — entre eles, os EUA, a Grã-Bretanha e o Brasil — a retórica do governo muitas vezes sugeriu, no início e antes da vacina, deixar o coronavírus “seguir seu curso”. Com pouco apoio científico, políticos como Donald Trump declararam que uma imunidade de rebanho mítica — deixando milhões de mortos em seu rastro — nos salvaria.

O agronegócio também proclama que a indústria que ajudou a desencadear muitos dos surtos letais do século é precisamente o caminho a seguir. Grandes empresas e cartéis dizem que biossegurança, tecnologia e economias de escala — quanto maior, melhor — são a única maneira de nos protegermos de outra pandemia. Sem levar em consideração que a produção do agronegócio (e a grilagem de terras realizada em seu nome) são, comprovadamente, responsáveis pelo surgimento de vários patógenos nas últimas duas décadas.

Como chegamos a nesse momento da história, em que as próprias causas da crise em curso são repetidamente apresentadas como sua solução?

* * *

A agricultura moderna emergiu de mãos dadas com o capitalismo, com o comércio global de escravos e a ciência. Os países europeus empregaram os primeiros cientistas imperiais para decodificar as novas paisagens e povos que seus navios encontravam nas viagens de conquista. A ciência imperial também ajudou a recodificar essas terras e povos para a acumulação de capital.

Da Europa e África, os estágios posteriores do capitalismo expandiram-se pelas Américas, pelo Cáucaso e os trópicos, transformando em commodities de exportação aquelas paisagens alimentares que eram cultivadas localmente. De 1700 a 2017, as áreas de cultivo e pastagens em grande escala se expandiram cinco vezes, para 27 milhões de km2. A prática de industrializar a pecuária e a produção agrícola atingiu novos patamares após a Segunda Guerra Mundial.

Agora, 40% da superfície terrestre livre de gelo é dedicada à agricultura e representa o maior bioma do planeta. Muitos milhões de hectares a mais serão colocados em produção até 2050, especialmente no Sul Global, onde as poucas terras agrícolas “virgens” restantes serão separadas das últimas florestas tropicais e savanas. As aves e o gado, vivos, hoje, representam 72% da biomassa animal global, ultrapassando de longe a biomassa total da vida selvagem dos vertebrados. Animais industrializados estão começando a se espalhar pelo mundo em verdadeiras cidades de porcos e galinhas. O que antes era o Planeta Terra, virou um “Planeta Fazenda”.

Essas expansões estão interligadas por circuitos de capital e consumo. Os circuitos geram um volume crescente de comércio de animais vivos, produtos, alimentos processados e germoplasma. As áreas de monocultura em ascensão, são caracterizadas pelo declínio da diversidade de animais e plantações, à medida que as intervenções técnicas selecionam algumas variante genéticas em detrimento de todas as outras. A diversidade também é perdida à medida que as empresas se consolidam.

Essas mudanças impulsionadas pela economia, produziram profundos impactos em nossa ecologia e saúde pública.

Imensos currais para criação de gado na África do Sul

A produção de linhagens limitadas de espécies monogástricas (de “estômago único”), principalmente porcos e aves, faz com que raças adaptadas localmente, de uma ampla variedade de animais, sejam deslocadas em países não-industriais. Tendências semelhantes são encontradas em plantações que alimentam populações humanas e em animais industriais. Com o avanço da agricultura, o habitat natural primário e as populações não humanas contraem-se a taxas recordes, destruindo nesse percurso terras indígenas e de pequenos proprietários — e seus meios de subsistência.

O desmatamento e o desenvolvimento estão aumentando a taxa — e o escopo taxonômico — de transferência de patógenos do universo selvagem para os animais criados com fins de alimentação e seus cuidadores humanos. A Covid-19 representa apenas uma de uma série de novas cepas de patógenos que surgiram ou ressurgiram repentinamente no século XXI como ameaças à humanidade. Esses surtos — gripe aviária e suína, Ebola Makona, febre Q, Zika, entre muitos outros — estão todos vinculados a mudanças na produção ou no uso da terra, em associação à agricultura intensiva, bem como à exploração madeireira e mineração.

Os patógenos surgem de maneira diferente, dependendo do local e da commodity produzida. Mas todos estão interligados na mesma teia de danos ambientais e expropriação global, o que explica a natureza intercontinental desses novos patógenos. SARS na China. MERS no Oriente Médio. Zika no Brasil. H5Nx na Europa. Gripe suína H1N1 na América do Norte.

Como a produção conduz a esses surtos? Em uma ponta, no início da cadeia de commodities de uma região, a complexa diversidade da floresta primária reprime os patógenos “selvagens”. Os potenciais hospedeiros são encontrados irregularmente. Mas a extração transnacional de madeira, a mineração e a agricultura intensiva mudam essa dinâmica. Elas simplificam drasticamente a complexidade natural. Enquanto muitos patógenos morrem junto com suas espécies hospedeiras, um subconjunto de infecções que antes se esgotava de forma relativamente rápida na floresta pode, de repente, se propagar muito mais amplamente.

O Ebola é um exemplo clássico. Desde meados da década de 1970, os surtos de normalmente atingiam uma ou duas aldeias subsaarianas antes de se extinguir. Em 2013-15, a cepa Makona emergiu ao longo de uma fronteira de monocultura de palmas de dendê, em uma paisagem cada vez mais expropriada e globalizada da África Ocidental.

Embora pouco diferenciado em sua genética ou curso clínico, em comparação com os surtos anteriores de Ebola, a cepa Makona iria infectar 35 mil pessoas, matando milhares que viviam em grandes cidades de repente, a apenas um voo de distância de todo o resto do mundo.

A seleção natural da letalidade

Frangos criados em galpões para até 250 mil aves, e abatidos com apenas 6 semanas. Redução da idade de corte pode favorecer patógenos mais mortais, que vitimam aves jovens

Outras doenças surgem na outra ponta da cadeia produtiva. Gripes aviária e suína, mortais e adaptadas aos humanos, geralmente surgem em operações intensivas localizadas perto das principais cidades do norte e do sul. De 1959 em diante, das 39 transições documentadas em gripes aviárias que passaram de baixa para muito alta letalidade, todas, exceto duas, ocorreram em operações avícolas comerciais, tipicamente de dezenas ou centenas de milhares de aves. As operações intensivas estão tão inundadas com a circulação da gripe aviária e suína que agora servem como seus próprios reservatórios para novas cepas. As populações de aves aquáticas selvagens não são mais a única fonte.

O que há nessas fazendas industriais que faz com que gerem tais infecções?

Perus industriais são criados em gaiolas com 15 mil aves. As galinhas poedeiras industriais são espremidas em galinheiros de até 250 mil aves. O cultivo de animais em monoculturas remove os aceiros imunológicos que normalmente eliminariam os surtos em populações mais diversas. Os patógenos evoluem rotineiramente em torno dos genótipos comuns e imunes do hospedeiro do gado industrial. A superlotação e a falta de higiene induzem um forte estresse nesses animais, o que pode deprimir sua resposta imunológica e torná-los mais vulneráveis à infecção. Alojar altas concentrações de gado e aves domésticas favorece as linhagens de patógenos que podem se espalhar mais rapidamente em meio a eles.

Os animais passaram a ser abatidos cada vez mais jovens. O abate de galinhas em apenas 6 semanas, e de porcos em 22 semanas, pode selecionar uma maior letalidade por patógenos, incluindo infecções que são capazes de sobreviver a sistemas imunológicos mais jovens e mais robustos. A produção do tipo “todos dentro todos fora” — uma tentativa de controlar surtos criando gado em lotes — pode acabar selecionando inadvertidamente infecções que se alinham aos tempos de vida que a indústria define para seus rebanhos. Ou seja, as linhagens bem-sucedidas desenvolvem uma duração específica, que mata animais de fazenda adultos perto do abate, quando o estoque é mais valioso.

Com a reprodução local eliminada, e transferida para inseminações externas ao rebanho — principalmente para mercados que demandam mais carne e crescimento rápido — as populações de gado também são incapazes de desenvolver resistência aos patógenos circulantes. Como os sobreviventes não se reproduzem, eles não conseguem transmitir sua resistência.

Do lado de fora dos portões da fazenda, a distância cada vez maior que os animais vivos percorrem em seu transporte expandiu a diversidade dos segmentos genéticos que os patógenos trocam, aumentando a proporção e as combinações pelas quais as doenças exploram suas possibilidades evolutivas. Quanto maior a variação em sua genética, mais rapidamente os patógenos evoluem.

Em resumo, ao industrializar a produção de carne, o agronegócio mundial também industrializa os patógenos que circulam entre rebanhos e aves.

As origens da Covid-19 são uma espécie de mistura dessas duas pontas de nossos circuitos de produção, a floresta e a fazenda industrial.

Os coronavírus são hospedados por morcegos em todo o planeta. Mas a cepa hospedada pelos morcegos na China parece atingir ainda mais os humanos, quando salta com sucesso entre espécies. O ambiente em que vivem esses morcegos também mudou fundamentalmente.

Com a liberalização econômica pós-Mao, a China avançou na rota de desenvolvimento dos BRICS, com a intenção de alimentar seu povo com seus próprios recursos naturais. Milhões de pessoas foram tiradas da pobreza. Milhões foram deixadas para trás. Com seus prós e contras, ao fazer este percurso, o agronegócio chinês e um setor de alimentos silvestres cada vez mais capitalizado atravessam a paisagem do centro e do sul da China, onde habitam muitas dessas populações de morcegos.

Assim como aconteceu com o Ebola, as interfaces entre morcegos, gado, animais selvagens, fazendeiros e mineiros expandiram-se nesta fronteira de commodities, aumentando o tráfego de vários coronavírus semelhantes ao SARS. O aumento das aplicações de pesticidas, em uma escala muito maior até do que a dos exagerados EUA, pode ter reduzido as populações de insetos que alimentavam esses morcegos. Isso pode ter aumentado a interface dos hospedeiros do coronavírus compartilhada com as populações humanas, à medida que os morcegos expandiam seu raio em busca de alimento.

Com os alimentos silvestres e as linhas de produção agrícola aumentando em extensão e velocidade, muitos coronavírus semelhantes ao SARS, que se espalharam com sucesso em animais usados para fins alimentícios ou em humanos, agora podem fazer seu caminho em um curto espaço de tempo, através da paisagem urbana periférica, rumo a capitais regionais como Wuhan — para, então, entrar na rede global de viagens.

As saídas possíveis

Parece que estamos presos numa armadilha. Há algo que se possa fazer a respeito?

Primeiro, é preciso rejeitar o mundo “normal” que nos trouxe essa bagunça. Cultivar alimentos não é fabricar objetos. Alimentos não são aparelhos. A agricultura deve deixar de ser uma economia industrial, para tornar-se algo mais parecido com uma economia natural. Devemos voltar a assimilar o respeito pelo contexto dos alimentos — o solo, a água, o ar, a matriz ecológica e o bem-estar da comunidade dos quais dependem os alimentos e as pessoas que os comem.

Para eliminar os patógenos mais mortais, devemos preservar a complexidade da floresta (e dos pântanos), mantendo barreiras ecológicas entre morcegos, gansos e outros reservatórios de doenças naturais e os animais criados para alimentação. Devemos reintroduzir a agrobiodiversidade nos rebanhos e nas aves para servir como barreira imunológica contra patógenos mortais, tanto em fazendas quanto em paisagens inteiras. Devemos voltar a permitir que o gado se reproduza naturalmente, para que os rebanhos possam se proteger dos patógenos sem necessidade de antibióticos. Essas intervenções requerem a restauração do locus de controle para as comunidades rurais, e a distância do agronegócio.

Ou seja, em primeiro lugar, para evitar que os piores surtos eclodam, devemos nos voltar para um tipo de planejamento estatal com foco na autonomia do agricultor, na resiliência socioeconômica da comunidade, em economias circulares, redes integradas de fornecimento cooperativo e reparações. Devemos desfazer o trauma profundamente histórico de raça, classe e gênero, situado ao centro da grilagem de terras e da alienação ambiental.

Na cena mundial, devemos acabar com as trocas ecologicamente desiguais entre o Norte e o Sul. Curar a fenda metabólica que surgiu no cerne da agricultura moderna — esse abismo entre a ecologia e a economia que impulsiona o surgimento de patógenos e danos climáticos — requer semear uma filosofia política diferente.

Apostar que o agronegócio, principal fonte da crise pandêmica, fornecerá a solução é, no mínimo, fútil. É possível fazer tudo diferente, se estivermos dispostos a voltar a refletir e agir.

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Wednesday, 24 March 2021

DOSSIÊ CRISE CLIMÁTICA

 https://www.comciencia.br/clique-aqui-para-ler-todo-o-conteudo-do-dossie-crise-climatica/


CLIQUE AQUI PARA LER TODO O CONTEÚDO DO DOSSIÊ CRISE CLIMÁTICA

Dossiê 212 – Novembro de 2019

Editorial
O desafio ecológico
Carlos Vogt

Artigos
Sem esperança, mas sem desespero
Claudio Angelo

Jornalismo fracassa quando ‘ouve todos os lados’ sem ressalvas nem contextualizações
Herton Escobar

Paleoclimatologia busca desvendar o passado das mudanças climáticas
Tatiana Jorgetti Fernandes

Torre de Babel ou quem confundiu nossas línguas?
Paula Drummond de Castro e Aliny P. F. Pires

A chapa esquentou, e agora?
Christopher Cunningham e Liana Anderson

Entrevista
Paulo Artaxo: “Atitudes individuais não vão resolver, nem contribuir para mudanças. A única saída individual eficiente é eleger políticos que tenham uma agenda de compromisso com sustentabilidade”
Maria Clara Ferreira Guimarães e Adriana Giachini

Vídeo
Como as mudanças climáticas mudarão suas refeições
Alan Felipe Ferreira e Mateus Bravin Constant Lopes

Resenha
Quem foi que disse? Consenso e evidências são mais confiáveis que indivíduos
Laura Segovia Tercic comenta Why trust science? de Naomi Oreskes

Reportagens
Ativismo climático: uma possibilidade de futuro em meio ao caos
Camila Ramos, Carolina Sotério e Raquel Torres

Como populações tradicionais ao redor do mundo percebem e são afetadas pelas mudanças climáticas?
Tainá Scartezini e Laura Segovia Tercic

Pesquisas buscam manter produtividade da agricultura diante das mudanças climáticas
Daniel Pompeu e Luciana Rathsam

Mudanças climáticas afetam produção cafeeira no Brasil
Mariana Hafiz

O que dizem os cientistas sobre mudanças climáticas
Rafael Revadam, Júlia Ramos de Lima e Adriele Eunice da Silva

Poema
Carlos Vogt

Humor
João Garcia

Tuesday, 23 March 2021

Em Cáceres, outdoors pedem 'Fora Bolsonaro! Vacina para toda população! Auxilio emergencial já!

 http://www.jornaloeste.com.br/noticias/exibir.asp?id=54677&noticia=em_caceres_outdoors_pedem_fora_bolsonaro_vacina_para_toda_populacao_auxilio_emergencial_ja


Foto: Cidinha, FASE

Notícias / Cidade

23/03/2021 - 08:44

Em Cáceres, outdoors pedem 'Fora Bolsonaro! Vacina para toda população! Auxilio emergencial já!

Por Assessoria

Assessoria

 (Crédito: Assessoria)
Frente ao atraso da vacinação contra a covid-19 em todo o Brasil, além da resistência do Governo Federal no retorno do Auxílio Emergencial, a Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (ADUNEMAT) inicia nesta terça-feira (23), a veiculação de outdoors para dar continuidade à campanha “Mulheres na Luta Pela Vida” que vem sendo promovida em todo o mês de março, em celebração ao Dia Internacional de Luta das Mulheres.

Além do material produzido cotidianamente e compartilhado nos canais oficiais do sindicato, nesta semana a Adunemat ao lado de entidades parceiras inauguraram novas peças publicitárias em outdoors em vários bairros da cidade de Cáceres, interior do estado de Mato Grosso.

Estampando a frase “Fora Bolsonaro, Vacina para toda população e Auxílio Emergencial Já!”, o material tem a intenção de dialogar com a população sobre a importância da luta pela vacinação em massa frente aos casos crescentes e o elevado número de mortes em decorrência do colapso do Sistema de Saúde e a falta de planejamento e política de enfrentamento da covid-19 pelo Governo Federal. 

Além disso, a campanha por meio de outdoor chama a atenção para a necessidade urgente do auxílio emergencial como um instrumento importante de amparo à população brasileira que tem sofrido com uma das maiores taxas de desemprego dos últimos 10 anos. O auxílio é essencial para garantir uma renda básica mínima para as famílias. Além de uma importante política pública de assistência social, também é uma medida de contenção na disseminação do vírus por dar alguma condição para fazerem o isolamento.

Recentemente os outdoors têm sido utilizados como instrumento de defesa da liberdade de expressão e da Democracia, criticando as políticas genocidas do governo federal. Tais campanhas vêm sendo cerceadas e perseguidas pelo governo Bolsonaro com a demonstração de diversas tentativas de processos e intimidação de autores de placas críticas ao governo, como ocorrido recentemente pela vice-presidente da ADUFERPE professora Érika Suruagy.

Para o Sindicato, fortalecer a Campanha Mulheres na Luta pela Vida enfatizando a importância do fim do governo é fundamental para a intensificação da luta pelos direitos da população promovidos em todo o Brasil.

Segundo a representante da Adunemat Subseção de Cáceres e também uma das idealizadoras da ação, professora Luciene Neves, “a luta pelo fim do governo Bolsonaro, pela vacinação para de todos e todas, e do auxílio emergencial são pautas importantes e convergentes à campanha Mulheres na Luta Pela vida”.

A campanha é endossada e subscrita pela ADUNEMAT, Centro de Direitos Humanos Dom Máximo Biènnes, SINASEFE, COOPERSSOL, Movimento LGBTI+ de Cáceres, Conselho Municipal de Direitos da Mulher/Cáceres, MST, Coletivo de Mulheres Negras, FASE, Sintep-MT Cáceres e STTR.

Foto: Cidinha, FASE

Foto: Cidinha, FASE

Thursday, 11 March 2021

curso de 2020: postando APENAS para registro histórico

PASSADO!

postando APENAS para registro histórico

2020


Em função da pandemia, nosso curso foi alterado para termos condições de continuidade. Ele será um curso a distância, com a programação abaixo.

CURSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Objetivos
Debater as diversas abordagens da educação ambiental (EA), com pertinência da investigação científica, como epistemologia, metodologia ou vivências políticas na construção da EA.

Metodologia
Microsoft teams, Google Meeting, outros online
Textos disponíveis no blog do GPEA e demais

Entidades participantes
1.    Instituto Federal de Mato Grosso, IFMT []
2.    SENAC - Cuiabá
3.    Universidade de Brasília, UnB [Clima e Água nas escolas: práticas pedagógicas]
4.    Universidade do Sul de Santa Catarina, Unisul [AnPAP-EA]
5.    Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT [GPEA]
6.    Universidade Federal de Rondonópolis, UFRO [GPEA]
7.    Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Unirio [GEASur]
8.    Universidade Federal do Pará, UFPA [GEAM]

.................................................
II SEMESTRE 2020
(quartas quinzenais às 14:30 – 17:00h)

*01/07* 
Reunião ampliada 
GPEA-UFMT, GEASur-UNIRIO, GEAC-IFMT 
Provocador: Celso Sánchez 
Evento cultural 

*15/07* 
Política ambiental
Fernando Xavier & Flávia Bertier (ICMBio) 
Provocadora: Déborah Santos 

*29/07* 
Livro: O que será o amanhã? 
Educação ambiental na América Latina e Caribe, justiça ambiental e COVID-19 
Vilmar Alves Pereira (pesquisador CNPq) 
Provocadora: Marilene Loureiro Silva 

*12/08* 
Aprendizagens e processos formativos
Irineu Tamaio, Marilene Silva & Giselly Gomes
Provocador: Ronaldo Senra

*19/08* 
Crianças e infâncias confinadas
Elni Willms & Tatiane Nardi
Provocadora: Cristiane Soares 

*26/08* 
Ensino de geografia
Nazareno, IFMT, Eronaldo Valle e Giseli Dalla-Nora 
Provocadora: Priscilla Amorim 

*09/09* 
Passando a boiada: os ataques ao ambiente e aos povos em tempos de pandemia 
Lindalva Novaes Garske (UFMT), 
Celso Sánchez UNIRIO, 
Deborah Moreira, doutoranda do PPGE UFMT 
Provocadora: Regina Silva UFMT CUR 

*23/09* 
Cultura cigana
Priscilla Amorim, Aluizio Azevedo e convidado da Associação Cigana de MT 
Povocador: Carlos Roberto Ferreira 

*07/10* 
Percurso da pesquisa - Romário Jales
Autoritarismo brasileiro - Roberta Simione
Provocador: Nazareno, IFMT 

*21/10* 
Trilha da Vida: Pensamentos, sentimentos, vivências 
José Matarezi – UNIVALI, SC 
Provocadora: Michèle Sato 

*04/11* 
Migrações
Cristiane Soares, Bárbara Mellado
Provocadora: Cássia Souza 

*18/11* 
Transmídia na pesquisa em EA
Thiago Luiz, Ronaldo Senra, Marcela IFMT 
Provocadora: Giseli Dalla-Nora 

Avaliação dos encontros. 
Festa virtual. 

REFERÊNCIAS
[txt 1] DALLA-NORA, Giseli; SATO, Michèle. Pontes nas securas das águas: reflexões sobre as mudanças climáticas e justiça climática em comunidades quilombolas. Ciência Geográfica - Bauru - Ano XXIII - Vol. XXIII - (1): Jan.-Dez., 2019

[txt 2FERREIRA, Carlos; SATO, Michèle. Fogo no Quilombo: aceiro de resistência no cotidiano de Mata Cavalo. Revista Sergipana de Educação Ambiental, Revisea, Sergipe, v.7, n2, p. 46-57, 2019.

[txt 3GOMES, Giselly; SATO, Michèle; SILVA, Regina. Mudanças Climáticas e as Pessoas com Deficiência Visual: reflexões sobre a (in)acessibilidade na Informação e na Comunicação. Rev. Eletrônica Mestr. Educ. Ambiental. Rio Grande, v. 36, n. 1, p. 129-145, jan./abr. 2019.

[txt 4HARAWAY, Donna. Anthropocene, Capitalocene, Plantationocene, Chthulucene: Making Kin. Environmental Humanities, vol. 6,  pp. 159-165, 2015.
TraduçãoClimaCom Cultura Científica - pesquisa, jornalismo e arte Ι Ano 3 - N. 5 / Abril de 2016 / ISSN 2359-4705

[txt 5LUIZ, Thiago; SATO, Michèle. Devaneio em chamas: Bachelard põe a mão no fogo pelo imaginário. R. Educ. Pública., Cuiabá, v. 28, n. 69, p. 703-716, set./dez. 2019.

[txt 6SANTOS, Déborah; SATO, Michèle; GOMES, Giselly; MARTINE, Rafael. Colapso climático no olho do furacão. In: WERNER, I.; SATO, M.; SANTOS, D. (Orgs.) Relatório Estadual no. 5, 2019 do Fórum de Direitos Humanos e da Terra. Cuiabá: Fórum dos Direitos Humanos e da Terra & Associação Antônio Vieira, p. 90-96, 2019.

[txt 7SATO, Michèle; SILVA, Regina; JABER-SILVA, Michelle. Educação ambiental - tessituras de esperanças. Cuiabá: Ed, Sustentável & Ed. UFMT, 2018, 101 p, il.

[txt 8SENRA, Ronaldo; SATO, Michèle; MEDEIROS, Heitor. Entre os desafios da governabilidade e da governança: quais desdobramentos do Projovem Campo, MT? Revista Vozes dos Vales – UFVJM – MG – Brasil – Nº 14 – Ano VII – 10, 2018

[txt 9] SILVA JR, Antônio et al. Indicadores de vulnerabilidade, risco socioambiental e ordenamento territorial no bairro Montese, Belém-PA. COSTA, R. (Org.) Riscos, vulnerabilidades e condicionantes urbanos (Série Estudos Reunidos, v. 8). Jundiaí: Paco Ed., p. 45-64, 2019.

[txt 10SOUZA, Cássia; SATO, Michèle. Justiça climática e educação ambiental. In: PEREIRA, V.; MADEIRA, M.; SOUZA, E.; STEUCK, E. (Orgs.) Educação Ambiental em tempos de crise: por uma Ontologia da Esperança. Juiz de Fora: Garcia Edizioni, p. 59-74, 2019.
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CURSO DE FORMAÇÃO PRESENCIAL
Emergência Climática 
e os desafios da Educação Ambiental

todas as quartas de 04/03/2020 - 10/06/2020
Cuiabá: IE, UFMT
auditório 121, 1o. piso, 13:30 horas

APRESENTAÇÕES
Capitaloceno
Michèle Sato - 04/03/2020

Rede Pan-Amazônica
Marilena Loureiro - 04/03/2020
[download parte 1]
[download parte 2]

Processos formativos em tempos de emergência climática
Elni Willms
Giselly Gomes
Irineu Tamaio
[download]




LISTA DE APROVADOS EXTERNOS
1 Alessandra Lucas Boa Sorte
2 Cleverson Carlos El Hage
3 Djane Gomes Marquardt
4 Giancarlo Boaventura Batista
5 Gilberto Rezende de Almeida França
6 Hermógenes Benevides
7 José Vitor Botter Fasoli
8 Josiane do Espirito Santo Santana
9 Julianne Yukie da Silva Fukushima
10 Katiuska Tereza Azambuja Salgado
11 Marcela Marques Silva
12 Maria Aparecida do Nascimento
13 Maria da Guia de Campos
14 Naielly Christhiny Paz Rodrigues
15 Priscila Letícia França de Morais
16 Rozélha Barbosa da Silva
17 Rosemil Conceição do Bom Despacho
18 Selma de Souza Nunes
19 Sikes Gomes
20 Thiago Fernandes
.....
APROVADOS INTERNOS
Adriana Barbosa Sales
Aleth da Graça Amorim
Aluizio Azevedo
Barbara Yadira Mellado-Perez
Carlos Roberto Ferreira
Cássia Fabiane Santos Souza
Cristiane Carolina de Almeida Soares
Débora Pedrotti-Mansilla
Déborah Luiza Moreira Santana Santos
Denize Aparecida Rodrigues Amorim
Elni Elisa Willms
Eronaldo Assunção Valles
Flavia Lopes Bertier
Giseli Dalla-Nora
Giselly Rodrigues das Neves Silva Gomes
Irineu Tamaio
Jéssica Prudencio Trujillo Souza
Kathy de Freitas Marinho dos Reis
Marilena Loureiro
Michèle Sato
Priscilla Mona de Amorim
Raquel Batista Ramos
Roberta Moraes Simione
Romário Jales
Ronaldo Eustáquio Senra
Tatiani do Carmo Nardi
Thiago Cury Luiz
Vitor Maciel Mello

1) DADOS GERAIS
Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT
Instituto de Educação, IE
Programa de Pós-Graduação em Educação, PPGE
Linha de Pesquisa: Movimentos sociais, política e educação popular
Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte, GPEA
Título do Seminário: Emergência climática e os desafios da educação ambiental
Carga Horária: 40h
Curso: aberto ao público [30 vagas]
Data(s):
MARÇO: 4, 11, 18, 25
ABRIL: 15, 22, 29
MAIO: 13, 20, 27
JUNHO: 10

Horário(s): 14-18 horas
Sala: auditório 121 [1º. piso, próximo ao curso de Psicologia]
Palestrante(s) Externos Convidado(s):
·        Irineu Tamaio, UnB: Clima e água no contexto da escola
·        Marilena Loureiro, UFPA:  Rede Pan-amazônica de justiça climática


2) EMENTA
O Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA) tem desenvolvido pesquisas sobre a crise climática desde o ano de 2012, e hoje lidera uma rede internacional de 5 países e 17 entidades. Nossas pesquisas com diversos grupos sociais revelam que a população desconhece a crise climática, fruto de uma política que invisibiliza os desastres do clima em função de interesses econômicos da minoria. Com as pesquisas fortalecidas pelas dissertações e teses, o projeto visa comunicar o clima por meio de processos formativos.   O GPEA busca promover um fórum de debate com temáticas atuais, com os atores das escolas e das comunidades, professores, técnicos, estudantes ou atuantes das organizações não-governamentais.  Como forma de sustentabilidade de ações, o projeto visa continuar os diálogos com a Rede Mato-grossense de Educação Ambiental (REMTEA), que possui conexões com educadores ambientais do Brasil e mundo. Buscamos uma perspectiva de fortalecer a “Coalizão pelo Clima”, construído em setembro de 2019, que trouxe diversos parceiros atuantes na dimensão climática, tendo a UFMT como coordenadora das atividades.


3) OBJETIVOS
Proporcionar oportunidades formativas no contexto da invisibilização climática, por meio de argumentos científicos, resultados de investigações e vivências sociais. Contextualizar a emergência climática como fato, ocasionado pela grande aceleração desenvolvimentista, seus desastres, agravos e grupos sociais em situação de vulnerabilidade. Debater a possibilidade da educação ambiental, seus desafios e suas contribuições.


4)  CONTÉÙDO PROGRAMÁTICO
·        Era geológica: antropoceno, capitaloceno e cthulhuceno
·        Negacionismo e ceticismo: a política e a ciência
·        Escola: formação de professores, ensino e aprendizagem, ambientalização curricular e pessoas com deficiências (pcd)
·        Arte, saúde e comunicação: escolas, ciganos e transmídia
·        Pan-amazônia: rede de diálogos
·        Campo: decolonialidade e comunidades
·        Quilombo: clima e educação popular
·        Mulheres: negras e haitianas
·        LGBT: ambiente, migração e psicologia social
·        Migração climática: histórico, crianças, Cuba, Venezuela, Moçambique e Ciganos


5) PROCEDIMENTOS DE ENSINO (técnicas, recursos e avaliação)
Exposição teórica, fórum de debates, diálogos de aprendizagens.


6) COMISSÃO ORGANIZADORA (Docentes e Discentes)
Cássia Souza (professora IE)
Déborah Santos (doutoranda PPGE)
Michèle Sato (professora IE, Coord.)
Priscilla Amorim (doutoranda PPGE)
Tatiani Nardi (graduação, Pedagogia)


7) RECURSOS (humanos, técnicos e materiais necessários para o ensino a serem viabilizados pelo Departamento/Unidade).
Auditório, data show, microfone, caixa de som.

8) AVALIAÇÃO
Processual, por meio de diálogos, debates e aprendizagens coletivas. Assiduidade, sociabilidade e participação.

0) INSCRIÇÃO
O curso e a inscrição são gratuitos, mas haverá seleção conforme os critérios:
1.       Preenchimento completo da ficha de inscrição (anexo A)
2.      Envio para gpea@ufmt.br
3.       Ter vivência prévia no campo da educação ambiental

IMPORTANTE: É preciso dar download do documento em anexo, preencher o anexo A e encaminhá-lo para: gpea@ufmt.br até o dia 2 de março.  no dia 3 de março, soltaremos a lista de aprovados.


MINISTRANTES
Adriana Barbosa Sales
Aleth da Graça Amorim
Aluizio Azevedo
Barbara Yadira Mellado-Perez
Carlos Roberto Ferreira
Cássia Fabiane Santos Souza
Cristiane Carolina de Almeida Soares
Débora Pedrotti-Mansilla
Déborah Luiza Moreira Santana Santos
Denize Aparecida Rodrigues Amorim
Elni Elisa Willms
Eronaldo Assunção Valles
Flavia Lopes Bertier
Giseli Dalla-Nora
Giselly Rodrigues das Neves Silva Gomes
Irineu Tamaio
Jéssica Prudencio Trujillo Souza
Kathy de Freitas Marinho dos Reis
Marilena Loureiro
Michèle Sato
Priscilla Mona de Amorim
Raquel Batista Ramos
Roberta Moraes Simione
Romário Jales
Ronaldo Eustáquio Senra
Tatiani do Carmo Nardi
Thiago Cury Luiz
Vitor Maciel Mello

COMISSÃO ORGANIZADORA
Cássia Souza
Déborah Santos (doutoranda PPGE)
Michèle Sato (coordenadora)
Priscilla Amorim (doutoranda PPGE)
Tatiani Nardi (graduação, Pedagogia)


Cuiabá, 12/02/2020.

 ANEXO A - FICHA DE INSCRIÇÃO




* IMPORTANTE
É preciso dar download do documento em anexo, preencher o anexo A (ficha de inscrição) e encaminhá-lo para: gpea@ufmt.br






download:



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Nome completo:
RG:
CPF:
E-mail:
Celular/Telefone:
Local que trabalha (ou estuda):
Formação:

Escreva uma breve narrativa sobre sua vivência prévia em Educação Ambiental (palestra, aula, evento, laboratório, atividades pontuais, pesquisa).
* O texto deve conter até 500 caracteres com espaço – usar contagem de palavras no word.
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ORGANIZAÇÃO
Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte - GPEA
Rede Mato-grossense de Educação Ambiental - REMTEA
Rede Internacional de Educação Ambiental e Justiça Climática - REAJA
Universidade Federal  de Mato Grosso - UFMT