Tuesday 16 October 2012

SBPC BUSCA POPULARIZAR A CIÊNCIA NA EDUCAÇÃO E NA SOCIEDADE BRASILEIRA

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 Sexta-feira, 12 de Outubro de 2012
SBPC BUSCA POPULARIZAR A CIÊNCIA NA EDUCAÇÃO E NA SOCIEDADE BRASILEIRA
Fonte: JC e-mail 4599, de 08 de Outubro de 2012.
A edição de sábado (6) do programa Globo Universidade destacou o trabalho da SBPC na área da educação e popularização da ciência.

Uma instituição que reúne os maiores cientistas brasileiros de todas as áreas: biológicas, exatas, humanas e tecnológicas. Quem ouve o nome da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) pode achar que ela está muito distante do seu dia a dia, mas não está. A entidade não apenas promove a expansão e o aperfeiçoamento do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia (C&T), como também contribui para a difusão e popularização da ciência na educação e na sociedade brasileira.

"A SBPC está sempre pautando novas direções para onde o Brasil pode ir na educação e na ciência. O ensino da ciência nas escolas não é motivador, contextualizado. É muito pouco experimental e mais decoreba. Mas aqueles que rompem essas barreiras ajudam o país a melhorar seu perfil dentro do mundo científico", declara Helena Nader, atual presidente da SBPC.

Fundada por um grupo de cientistas em 1948, em São Paulo, a SBPC congrega cerca de 105 sociedades científicas afiliadas e mais de 6 mil sócios, entre pesquisadores, professores universitários, estudantes e amigos da ciência.

Anualmente, a SBPC realiza diversos eventos nacionais e regionais, com o objetivo de debater políticas públicas de ciência e tecnologia, difundir os avanços nas diversas áreas do conhecimento e mostrar para as pessoas como a ciência está inserida no cotidiano, desde a produção de energia elétrica até a reciclagem de lixo doméstico. "O que mostramos nesses congressos é que ela está próxima da sociedade, e não é a figura excêntrica do Professor Pardal, do desenho do Tio Patinhas", explica Helena.

Eventos da SBPC - Dentre os eventos realizados pela SBPC, descata-se a Reunião Anual, que a cada ano ocorre em uma cidade diferente. Para os pesquisadores doutores, há uma programação específica em cada área, com conferência, mesas redondas e simpósios. "Há raras exceções de não-doutores, como os detentores de saberes tradicionais, que participam das mesas redondas", ressalta Helena.

Na reunião anual também é realizada uma exposição de ciência, tecnologia e inovação aberta e gratuita para visitantes que na edição de 2012, em São Luís (MA), contou com uma área de 7 mil metros quadrados, e cerca de 20 mil visitantes por dia. "Temos atividades voltadas para crianças e adolescentes. É uma maneira de mostrar para a sociedade o que a ciência faz e como contribui para a melhora da qualidade de vida", acrescenta.

Dentro da Reunião Anual, também é realizada a SBPC Jovem, que oferece uma programação dirigida aos estudantes dos ensinos básico e profissionalizante, como oficinas, palestras e atividades interativas. "Nesses congressos, o jovem acaba desmistificando a ciência e vendo que ele também pode fazer. Nós oferecemos a ciência como uma alternativa interessante para o jovem", observa Helena.

Temas sociais - Todas as reuniões anuais e regionais do SBPC têm temas centrais que são debatidos nas conferências ministradas pelos especialistas de cada área. Na última Reunião Anual, em São Luís, o tema foi "Ciência, cultura e saberes tradicionais para enfrentar a pobreza".

"Fomos além da pobreza financeira. Abordamos a pobreza também nas condições de informação e educação. Queremos que pessoas que saíram da miséria tenham acesso à educação, à formação e a profissões. Isso vai demorar, mas temos que discutir essas questões", explica Helena.

Educação, aliás, é um dos pontos chave para que cada vez mais jovens se interessem pela ciência. "O Brasil precisa de mais cientistas. O número aumentou nas últimas décadas de forma significativa, mas ainda fica aquém do que o país precisa. Hoje, temos por volta de 70 mil estudantes de pós-graduação, e há 20 anos tínhamos cerca de 15 mil. Isso mostra que o Brasil está tentando melhorar essa situação", conclui Helena.
(Globo Universidade)

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