MINUTOS DE ORIENTAÇÃO
ou minutos de sensatez nos devaneios da Mimi
10/11/2015
FROMM, Erich. Psicanálise e Zen-Budismo. FROMM, E. (Org.). Zen-Budismo e psicanálise. São Paulo:
Cultrix, p. 92 - 162, 1960.
“Na experiência de
ver um botão de rosa ao amanhecer, numa gota de orvalho a cintilar sobre ela,
ao passo que o ar ainda está frio, o sol desponta, um pássaro canta - na
cultura japonesa, é facilmente perceptível e importante. No ocidente, o
ordinário sem será percebido porque não é importante. As experiências
perceptivas dependem do grau em que tais experiências forem cultivadas em certa
cultura” (Fromm, 1960, p. 117).
PERGUNTA DA MIMI:
Será o GPEA japonês?
.....................................
Fromm argumenta que a psicanálise fundada por Sigmund Freud
considerava o paciente como OBJETO DE OBSERVAÇÃO, enquanto o analista,
distante e sem envolvimento, era o OBSERVADOR.
“Sullivan
abordou o mesmo ponto sob um aspecto diferente. Entendia ele que o analista não
deve assumir a atitude do observador alheado, mas a de um OBSERVADOR PARTICIPANTE, tentando, assim, ultrapassar a
ideia ortodoxa do seu alheamento. Em minha opinião pessoal, é possível que
Sullivan não tenha ido suficientemente longe, e seria preferível a definição do
analista como o de um PARTICIPANTE QUE
OBSERVA, mais do que um observador que participa. Mas nem mesmo a
expressão “que observa” traduz com precisão o que aqui se quer dizer; “participar”
ainda é estar fora. O conhecimento de outra pessoa requer que o conhecedor
esteja dentro dela, seja ela. O analista só compreende o paciente na medida que
experimenta em si mesmo tudo o que o paciente experimenta” (Ibidem, p. 130).
“O
analista precisa converter-se no paciente, sem deixar de ser ele mesmo; precisa
esquecer-se de que é médico e, ao mesmo tempo, ter a percepção de que o é. Só
quando se aceita este paradoxo, pode dar “interpretações” autorizadas, porque
enraizadas em sua própria experiência. O analista analisa o paciente, mas o
paciente também analisa o analista, porque este, partilhando do inconsciente daquele,
não pode deixar de esclarecer o próprio inconsciente. Nem analista, nem humano
algum pode “salvar” outo ser humano. Poderá agir como guia, poderá mostrar
caminho, afastar obstáculos e, às vezes, prestar alguma ajuda direta, mas nunca
fará pelo paciente o que só o paciente pode fazer por si mesmo” (Ibidem, p. 131).
RESUMINDO A ÓPERA
(cartesianismo da Mimi):
(cartesianismo da Mimi):
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PESQUISADOR
|
PESQUISADO
|
Freud
|
observador alheio
|
objeto de
observação
|
Sullivan
|
observador
participante
|
sujeito da
observação
|
Fromm
|
participante observador
|
sujeito dialogante
|
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