Tuesday, 10 November 2015

MO == participação observante



MINUTOS DE ORIENTAÇÃO


ou minutos de sensatez nos devaneios da Mimi
10/11/2015

FROMM, Erich. Psicanálise e Zen-Budismo. FROMM, E. (Org.). Zen-Budismo e psicanálise. São Paulo: Cultrix, p. 92 - 162, 1960.

 “Na experiência de ver um botão de rosa ao amanhecer, numa gota de orvalho a cintilar sobre ela, ao passo que o ar ainda está frio, o sol desponta, um pássaro canta - na cultura japonesa, é facilmente perceptível e importante. No ocidente, o ordinário sem será percebido porque não é importante. As experiências perceptivas dependem do grau em que tais experiências forem cultivadas em certa cultura” (Fromm, 1960, p. 117).

PERGUNTA DA MIMI:

Será o GPEA japonês?

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Fromm argumenta que a psicanálise fundada por Sigmund Freud considerava o paciente como OBJETO DE OBSERVAÇÃO, enquanto o analista, distante e sem envolvimento, era o OBSERVADOR.

“Sullivan abordou o mesmo ponto sob um aspecto diferente. Entendia ele que o analista não deve assumir a atitude do observador alheado, mas a de um OBSERVADOR PARTICIPANTE, tentando, assim, ultrapassar a ideia ortodoxa do seu alheamento. Em minha opinião pessoal, é possível que Sullivan não tenha ido suficientemente longe, e seria preferível a definição do analista como o de um PARTICIPANTE QUE OBSERVA, mais do que um observador que participa. Mas nem mesmo a expressão “que observa” traduz com precisão o que aqui se quer dizer; “participar” ainda é estar fora. O conhecimento de outra pessoa requer que o conhecedor esteja dentro dela, seja ela. O analista só compreende o paciente na medida que experimenta em si mesmo tudo o que o paciente experimenta” (Ibidem, p. 130).

“O analista precisa converter-se no paciente, sem deixar de ser ele mesmo; precisa esquecer-se de que é médico e, ao mesmo tempo, ter a percepção de que o é. Só quando se aceita este paradoxo, pode dar “interpretações” autorizadas, porque enraizadas em sua própria experiência. O analista analisa o paciente, mas o paciente também analisa o analista, porque este, partilhando do inconsciente daquele, não pode deixar de esclarecer o próprio inconsciente. Nem analista, nem humano algum pode “salvar” outo ser humano. Poderá agir como guia, poderá mostrar caminho, afastar obstáculos e, às vezes, prestar alguma ajuda direta, mas nunca fará pelo paciente o que só o paciente pode fazer por si mesmo” (Ibidem, p. 131).


RESUMINDO A ÓPERA
(cartesianismo da Mimi):


PESQUISADOR
PESQUISADO
Freud
observador alheio

objeto de observação
Sullivan
observador participante

sujeito da observação
Fromm
participante observador

sujeito dialogante








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