memória 2017
fórum de pesquisa da UFMT
FÓRUM DE PESQUISA DA UFMT
Clóvis Irigaray: Uniselva
O fórum de pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso agrega profissionais de diversas áreas do conhecimento e busca fortalecer os espaços para que potencialize e também dê visibilidade às ações. Divide-se em 6 Grupos de Trabalho (GT):
GT Financiamento
Busca sistematizar os dados de projetos já financiados, tentando potencializar os meios para dar sustentabilidade e ampliar os horizontes aos projetos de pesquisa.
http://dl.dropbox.com/u/50957843/f%C3%B3rum%20de%20pesquisa%20UFMT/GT%20FINANCIAMENTO%2011-12.ppt
http://dl.dropbox.com/u/50957843/f%C3%B3rum%20de%20pesquisa%20UFMT/GT%20FINANCIAMENTO%2011-12.ppt
GT Infraestrutura
Objetiva ter um panorama geral das condições físicas da UFMT, não apenas limitado em prédios, mas também em espaços investigativos ou estruturas educadoras que possam potencializar as pesquisas.
http://dl.dropbox.com/u/50957843/f%C3%B3rum%20de%20pesquisa%20UFMT/GT%20INFRAESTRUTURA%2011_12.ppt
Almira Reuter: central do correio
GT Internacionalização
Para além da consolidação da pesquisa no âmbito local, a meta é dar visibilidade das pesquisas no cenário internacional por meio de várias ações e atividades, com ênfase na pesquisa.
http://dl.dropbox.com/u/50957843/f%C3%B3rum%20de%20pesquisa%20UFMT/GT%20INTERNACIONALIZA%C3%87%C3%83O%2011_12.pptx
Vitória Basaia: tartaruga mundo
GT Marcos legais e cienciometria
Sistematiza os dados relativos à legislação, dando impulsos que favoreçam as pesquisas, além de estudar os indicadores da pesquisa, construindo outros itens que possam ajudar os pesquisadores.
http://dl.dropbox.com/u/50957843/f%C3%B3rum%20de%20pesquisa%20UFMT/GT%20MARCO%20LEGAL%2011_12.pptx
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Alex Seehagen: desespero
GT Nucleação
Almeja identificar os grupos de pesquisa e as dimensões transversais que possam aglutinar os pesquisadores para as vivências interdisciplinares, trabalhos coletivos e publicações em grupo promovendo os diálogos investigativos.
GT Comunidades
Alicerça a pesquisa nas comunidades de forma geral, sejam internas da UFMT como locais e internacionais, refletindo o sentido da pesquisa em comunidades que não seja uma mera intervenção, mas que se constitua um compromisso investigativo no diálogo de saberes.
GT Comunicação
Busca compreender os espaços pesquisadores e dar divulgação e visibilidade das pesquisas realizadas para além dos tradicionais veículos de publicação. Potencializa diversos meios, buscando construir um cultura científica que promova a participação da sociedade.
Há um minuta de regimento em plena construção, que possa potencializar o coletivo para a sustentabilidade das pesquisas:
Para outras informações, procurar a vice-reitoria, aos cuidados da Aldenice:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
Fórum de Pesquisadores
Grupo de Trabalho Comunidades e Grupos Sociais
MEMBROS:
Candida Soares - Educação
Giseli Nora – Geografia
Michèle Sato – Educação
Rosane Hahn – Medicina
Suise Bordest - Geografia
Vitale Joanoni Neto – História (coordenador)
OBSERVADORES:
Carlos Fett – Ed. Física
Cleomar Gomes – Ed. Física
Márcia Ferreira - Educação
Evando Moreira – Ed. Física
Luiz Augusto Passos – Educação
Regina Silva - Educação
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
O levantamento de informações realizado pelos pesquisadores desse GT contou com instrumentos elaborados para esse fim e aplicados tanto em consultas virtuais quanto presenciais. Essas consultas nos deram a base dos dados com as quais procedemos as análises e formularmos as considerações que se seguem.
O trabalho seguiu um rigoroso cronograma de encontros dos pesquisadores envolvidos e o empenho coletivo para a construção da presente redação.
CONSIDERAÇÕES ESSENCIAIS
O GT Comunidades e Grupos Sociais reconhece que há várias maneiras de se desenvolver pesquisas com as comunidades, contudo há que se enfatizar que não pode se resumir em promoção de eventos, não é meramente uma coleta de dados, não é intervenção pontual e nem um curso de formação.
É, portanto, a atuação sistemática, com um período processual de tempo, com a divulgação cientifica onde a comunidade absorva e devolva referendando ou não aquelas informações/produção do conhecimento. É importante aproximar os objetivos do pesquisador com a necessidade da comunidade que está sendo pesquisada, e essencialmente retirar o caráter de que o conhecimento científico é o único, acolhendo o diálogo de diversos saberes.
O GT acata as definições acerca das comunidades e povos tradicionais expostos em Lei 6040/2007, que institui a “Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais – PNPCT[1]”. Entretanto, reconhece que a Lei não contempla importantes segmentos “não-tradicionais” e amplia a esfera de atuação acolhendo os grupos sociais vulneráveis. Aqui também temos a Constituição Federal de 1988, Seção IV, artigo 203 que abarca a vulnerabilidade social[2], incluindo diversos segmentos da sociedade à mercê dos riscos naturais ou sociais que promovem a exclusão social.
Os grupos sociais geralmente possuem baixa atividade econômica[3], que os torna vulneráveis aos fenômenos de riscos, impedindo a capacidade de escolhas, de independência da gestão territorial, de trabalho, ou de acesso aos diversos serviços sociais ou ecossistêmicos. São crianças, jovens, idosos, portadores de deficiências, e também aqueles que se autodenominam de diferentes modos, conforme: o trabalho exercido (isqueiros, que coleta iscas aos turistas do final de semana); o local que habita (morroquianos, que vive nos morros do pantanal); a identidade que assume no cotidiano (andarilho); a atividade cultural que define (congueiros, que dança o Congo); e ainda as identidades que se firmam em fenômenos espontâneos ou provocados, naturais ou sociais, por tempo prolongado ou específicos (atingidos da copa, ou também migrantes do Haiti).
O termo exclusão social confunde-se, comumente, com desigualdade, miséria, indigência, pobreza (relativa ou absoluta), apartação social, dentre outras. Naturalmente existem diferenças e semelhanças entre alguns desses conceitos, embora não exista consenso entre os diversos autores que se dedicam ao tema. Entretanto, diferentemente de pobreza, miséria, desigualdade e indigência que são situações, a exclusão social é um processo que pode levar ao acirramento da desigualdade e da pobreza e, enquanto tal apresenta-se heterogênea no tempo e no espaço.
Exclusão social é resultado do processo social que impossibilita o acesso, de parte da população, aos bens e recursos disponibilizados pela sociedade, gerando a privação, o abandono e a expulsão dessa população da convivência social.
O conceito de exclusão social implica no rompimento das relações sociais e comunitárias. A Exclusão social não decorre apenas da falta de renda (carência ou pobreza) daí o cuidado especial para crianças, idosos, portadores de deficiência e de outros grupos, protegidos prioritariamente pela legislação nacional, pois é nesses grupos que encontramos os maiores índices de desemprego (idosos e pessoas com deficiência).
Há que se ampliar este debate na esfera dos preconceitos étnico-raciais; da migração que avoluma na crise econômica dos países vizinhos; da intolerância religiosa, em especial da matriz africana; dos grupos sexuais que reivindicam identidades para além do “macho e fêmea” e de tantos outros grupos sociais que também convivem com a depredação ecológica de seus territórios, uma vez compreendida que a causa social está intimamente conectada com o ambiente.
Obviamente há outros tipos de comunidades hegemônicas, como fazendeiros do agronegócio, companhias industriais ou empresas, contudo, que não foram por nós consideradas. Assumimos a não-neutralidade investigativa, escolhendo as comunidades com as quais queremos trabalhar e, sobremaneira, identificando as forças contrárias para delinearmos contra quem fazemos pesquisa.
CONSIDERAÇÕES POSTERIORES
Ainda que o fórum de pesquisa da UFMT não possa, nem tenha a pretensão popperiana de finalizar o debate acerca das diversas tipologias investigativas no âmbito das dimensões sociais e humanas, é mister considerar que há várias formas de ciências, para além das chamadas “duras”. Sem a exclusão hierarquizante do mais ou menos importante, se o fórum não conseguir enxergar a diversidade, terá fracassado em seus propósitos. É na legítima reivindicação que o GT reforça a importância das ciências humanas e sociais, já que estas fornecem as contribuições essenciais acerca da reflexão histórica e política dos rumos da pesquisa.
A pesquisa no âmbito da humanidade preocupa-se com as condições gerais da sociedade, que muitas vezes está alheia as inovações científicas e tecnológicas, não apenas por desinformação, mas por absoluta falta de benefícios desde “lugar da verdade” que repousa o estatuto das ciências modernas. Igualmente, o GT considera que poderá haver outras verdades (sempre no plural), com representações ideológicas capazes de instaurar novos discursos. Discursos científicos capazes de explicitar a não-neutralidade da pesquisa nas travessias múltiplas da própria humanidade.
Assim acreditamos que as políticas da UFMT devam sempre considerar todas as pesquisas de forma não hierárquica, aberta às miríades de possibilidades de se pensar, fazer e sentir uma universidade comprometida com a construção e reconstrução de diversos saberes e, essencialmente, acolhendo as comunidades e os grupos sociais na tessitura de sua própria investigação humana.
[3] O Programa Bolsa Família classifica a pobreza pela renda entre 25% a 50% do salário mínimo; extrema pobreza ou carência até 25% do salário mínimo.
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