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http://www.oeco.com.br/reportagens/26723-atlas-amazonia-sob-pressao-240-mil-km2-desmatados-em-10-anos?utm_source=newsletter_575&utm_medium=email&utm_campaign=as-novidades-de-hoje-em-oeco
A Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (RAISG), apresentou ontem, dia 5, em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, o Atlas Amazônia sob Pressão, com informações e análise das ameaças que afetam a floresta tropical sul-americana.
Um dos objetivos da publicação é apresentar um panorama de pressões e ameaças em toda a região, superando as visões fragmentadas que cada país gerava através de métodos diferentes, o que impedia uma visão unificado da situação da Amazônia.
De acordo com o estudo, realizado pela rede de organizações da sociedade civil e de pesquisa de 8 países da Amazônia, entre os anos 2000 e 2010 foram perdidas quase 260 mil km2 da floresta amazônica, equivalente a duas vezes a Amazônia equatoriana. “Se todos os interesses econômicos que se sobrepõem nos próximos anos se concretizarem, a Amazônia se converterá em uma savana com ilhas de bosques”, diz Beto Ricardo, coordenador da RAISG.
O Atlas Amazônia sob Pressão está focado em 6 pressões e ameaças atuais que sofre a região: estradas, petróleo e gás, hidrelétricas, mineração, fogo e desmatamento, estudadas a partir de 5 limites terrritoriais: toda a Amazônia, a Amazônia de cada país, áreas naturais protegidas, territórios indígenas e bacias hidrográficas.
Segundo Beto Ricardo, os resultados das tentativas de proteger a floresta “são pouco animadores, já que as variáveis estudadas mostram que as ameaças estão avançando sobre a Amazônia a um ritmo cada vez mais acelerado, com novas formas de ocupação econômica que significam a degradação, a supressão e a fragmentação da Amazônia”.
No entanto, para James Johnson, presidente do diretório da Fundação Amigos da Natureza, parceira boliviana da RAISG, estes resultados servirão para a elaboração de políticas públicas orientadas à conservação e desenvolvimento sustentável da região onde fica o bioma, a partir de onde também se poderá promover e fortalecer espaços de governança amazônica, que incluam a variedade de organizações que existe nesta vasta região de 7,8 milhões de km2.
Números do estudo
Estradas
96 mil km de estradas
9,5 mil km em territórios indígenas
7,2 mil km em áreas naturais protegidas
Petróleo e gás
1,1 milhões de km2 – 15% da superfície da Amazônia é explorada por atividades ligadas ao petróleo e gás
273 mil km2 – 13% da Amazônia são territórios indígenas onde também existe a exploração dos dois recursos
115 mil km2 – 6% da superfície, em áreas naturais protegidas
Mineração
1,6 milhões de km2 – 21% da Amazônia abriga atividades de mineração
407 mil km2 – 19% da superfície amazônica onde existe mineração está em territórios indígenas
281 mil km2 – 15% da mineração ocorre em áreas naturais protegidas
Hidrelétricas
417 hidrelétricas em operação ou planejadas
16 hidrelétricas em territórios indígenas
49 hidrelétricas em áreas naturais protegidas
Fogo
1,3 milhões de focos de calor entre 2000 e 2010
90 mil focos de calor em territórios indígenas
101 mil focos de calor em áreas naturais protegidas
Desmatamento
240 mil km2 desmatados entre 2000 e 2010
15,8 mil km2 perdidos em territórios indígenas
19,7 mil km2 desmatados em áreas naturais protegidas
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06 de Dezembro de 2012
A Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (RAISG), apresentou ontem, dia 5, em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, o Atlas Amazônia sob Pressão, com informações e análise das ameaças que afetam a floresta tropical sul-americana.
Um dos objetivos da publicação é apresentar um panorama de pressões e ameaças em toda a região, superando as visões fragmentadas que cada país gerava através de métodos diferentes, o que impedia uma visão unificado da situação da Amazônia.
De acordo com o estudo, realizado pela rede de organizações da sociedade civil e de pesquisa de 8 países da Amazônia, entre os anos 2000 e 2010 foram perdidas quase 260 mil km2 da floresta amazônica, equivalente a duas vezes a Amazônia equatoriana. “Se todos os interesses econômicos que se sobrepõem nos próximos anos se concretizarem, a Amazônia se converterá em uma savana com ilhas de bosques”, diz Beto Ricardo, coordenador da RAISG.
O Atlas Amazônia sob Pressão está focado em 6 pressões e ameaças atuais que sofre a região: estradas, petróleo e gás, hidrelétricas, mineração, fogo e desmatamento, estudadas a partir de 5 limites terrritoriais: toda a Amazônia, a Amazônia de cada país, áreas naturais protegidas, territórios indígenas e bacias hidrográficas.
Segundo Beto Ricardo, os resultados das tentativas de proteger a floresta “são pouco animadores, já que as variáveis estudadas mostram que as ameaças estão avançando sobre a Amazônia a um ritmo cada vez mais acelerado, com novas formas de ocupação econômica que significam a degradação, a supressão e a fragmentação da Amazônia”.
No entanto, para James Johnson, presidente do diretório da Fundação Amigos da Natureza, parceira boliviana da RAISG, estes resultados servirão para a elaboração de políticas públicas orientadas à conservação e desenvolvimento sustentável da região onde fica o bioma, a partir de onde também se poderá promover e fortalecer espaços de governança amazônica, que incluam a variedade de organizações que existe nesta vasta região de 7,8 milhões de km2.
Números do estudo
Estradas
96 mil km de estradas
9,5 mil km em territórios indígenas
7,2 mil km em áreas naturais protegidas
Petróleo e gás
1,1 milhões de km2 – 15% da superfície da Amazônia é explorada por atividades ligadas ao petróleo e gás
273 mil km2 – 13% da Amazônia são territórios indígenas onde também existe a exploração dos dois recursos
115 mil km2 – 6% da superfície, em áreas naturais protegidas
Mineração
1,6 milhões de km2 – 21% da Amazônia abriga atividades de mineração
407 mil km2 – 19% da superfície amazônica onde existe mineração está em territórios indígenas
281 mil km2 – 15% da mineração ocorre em áreas naturais protegidas
Hidrelétricas
417 hidrelétricas em operação ou planejadas
16 hidrelétricas em territórios indígenas
49 hidrelétricas em áreas naturais protegidas
Fogo
1,3 milhões de focos de calor entre 2000 e 2010
90 mil focos de calor em territórios indígenas
101 mil focos de calor em áreas naturais protegidas
Desmatamento
240 mil km2 desmatados entre 2000 e 2010
15,8 mil km2 perdidos em territórios indígenas
19,7 mil km2 desmatados em áreas naturais protegidas
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Amazônia sob Pressão
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