PANDEMIA
O encontro do presidente da República com os mortos
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Do trabalho às empresas, da saúde aos direitos civis, são várias as emergências deixadas pela incúria de um presidente da República que renunciou comandar o país no enfrentamento da pandemia.
Egoísta militante, Jair Bolsonaro só pensa em si e nos filhos. Sua preocupação resume-se a arquitetar saídas para se safar das responsabilidades políticas desta escolha pela negação da pandemia.
O presidente acredita que os mortos vítimas da Covid-19 não retornarão para cobra-lhe a conta do descaso, do deboche e da irresponsável administração dos assuntos públicos que explodem sob a fúria destruidora da pandemia.
O descaso com os índios; com a educação das crianças na e no pós pandemia; o cerco ideológico ao pensamento crítico nas universidades e a boiada solta da devastação ambiental são alguns dos graves problemas do desgoverno da meta única, egoísta, pessoal: cuidar de si e dos filhos.
Em outros países, os governantes já começaram a ser chamados a prestar contas dos erros cometidos no combate ao coronavírus, como nos Estados Unidos e Itália. No Brasil, esse exame chegará, cedo ou tarde, em acordo com o contexto e o ritmo próprios da nossa cultura política do "deixar acontecer para ver como é que fica". Bolsonaro ficará frente a frente com os brasileiros mortos. Responderá pela contabilidade da realidade: quantas vidas poderiam ter sido salvas se tivesse havido uma coordenação do governo federal? Quantas mortes na pandemia poderiam ter sido evitadas se o país tivesse um presidente com coragem, humanidade e o mínimo caráter de estadista? Um julgamento inescapável.
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