Tuesday 11 September 2012

Astrônomo

fapemat ciência
http://www.revistafapematciencia.org/itciencia/noticia.asp?id=465


It carreira
Astrônomo
06/09/2012
Olhando para o céu, os astrônomos conseguem encontrar respostas para problemas que nos afligem na terra.
Há quem pense que ser astrônomo é só ficar olhando para o céu contando as estrelas, mas, na verdade, a profissão vai muito além. Este profissional é um cientista que estuda e pesquisa todo o Universo, analisando os corpos celestes, seus movimentos, formas, composição, origem e tudo o que envolve o espaço. Muitas vezes a Astronomia é confundida com a astrologia, que tem como objetivo determinar a influência dos astros no destino e no comportamento dos homens e não é tida como uma ciência, e sim como uma prática de adivinhação.

Cada astrônomo se especializa em alguma atividade. “Há quem estuda as galáxias, a astronomia de posição - que lida com estrelas -,  buracos negros, que analisa o sistema solar, a cosmologia, enfim, tem uma grande gama de áreas. Eu diria que a astronomia é uma ciência igual à Medicina, que tem muitas especialidades”, afirma Telma Cenira Couto, doutora em astronomia e professora aposentada da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

O principal desafio dessa carreira é aliar os conhecimentos descobertos no espaço à vida cotidiana. Uma prática que é milenar.  Graças ao estudo do céu, já na antiguidade, o homem podia prever a variação do clima e a melhor época para plantio. Tudo analisando a presença de certos grupos de estrelas.

A Astronomia também permitiu que nossos antepassados, a partir da posição do Sol, compreendessem as estações. A análise da Lua explicou o ciclo das marés e a noite estrelada guiou os navegantes na descoberta de novos continentes. Com o objetivo de entender o movimento dos astros, foram desenvolvidos vários cálculos, utilizados para compreender os próprios fenômenos da natureza, como a Lei de Newton. Esses conhecimentos são utilizados até hoje em diversas áreas, como Engenharia, Física, Medicina e Economia.


Mas as descobertas não ficam no passado. O estudo do espaço permitiu a criação de satélites, tecnologia que permite, por exemplo, as chamadas de longa distância. As inúmeras pesquisas para lançar naves tripuladas acabaram criando também as roupas térmicas, que protegem bombeiros, e a tecnologia de absorção de impacto das botas espaciais agora são utilizadas nas palmilhas de tênis.

Em resumo, a Astronomia não se baseia apenas na observação. O profissional da área deve ter afinidade com as ciências exatas, como Matemática e Física. Atualmente, no Brasil, duas universidades oferecem o curso de bacharelado em astronomia, que são a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, mais recentemente, a Universidade de São Paulo (USP). Mas para ser um astrônomo profissional não é imprescindível ser um bacharel na área. Estudantes de Física, Matemática e até Engenharia podem seguir a carreira, desde que cursem pós-graduação em Astronomia.
Várias são as universidades que possuem mestrado e doutorado, como a própria UFRJ e USP, além da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), aUniversidade do Vale do Paraíba (Univap)em São José dos Campos (SP) e outras instituições.



O astrônomo pode atuar em quatro áreas distintas: na área acadêmica, com o objetivo de dar aulas no ensino superior e atuar na pesquisa tanto em universidades como em centros. O profissional também pode dar aulas de Física, Matemática ou Astronomia no 
ensino médio. Outro campo é a divulgação científica, podendo dar palestras em planetários e museus, por exemplo. Para completar, o astrônomo também pode atuar com o controle de satélites.“Em Mato Grosso nós não temos o bacharelado em Astronomia, nem mestrado e doutorado. O que temos aqui é o mestrado na parte de ensino de astronomia, ensino de ciências voltado para o ensino em astronomia. O problema é que temos dificuldade em formar um grupo de estudos aqui, porque Cuiabá é uma cidade baixa e muito iluminada, o que dificulta a observação. Até mesmo Chapada dos Guimarães não é um local muito adequado”, aponta Telma.

Em Mato Grosso o astrônomo pode prestar concurso para ser professor universitário ou até mesmo trabalhar em centro de pesquisas, como o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que tem uma sede em Cuiabá.  “Aqui no estado temos dificuldade de encontrar esses profissionais, acredito que é porque estamos longe dos grandes centros, como São Paulo. Às vezes que eu divulguei concursos aqui não tive nenhum interessado, ninguém veio fazer”, acrescenta a professora.

A jornada de trabalho desse profissional é em torno de oito a nove horas diárias e a remuneração chega a R$ 2 mil em empresas de pesquisa. Para quem passa em concurso público para dar aulas em universidades, com doutorado, o salário fica em torno de R$ 5 mil.

Cuiabá possui um grupo de observação voltado para os astrônomos amadores e a população em geral. É o projeto Astronomia no Pantanal.Para saber mais a respeito entre em contato peloastronomianopantanal@gmail.com

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