SUBPROJETO 5.3 - AVALIAÇÃO ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO
PESQUISADOR/A | STATUS | OBJETO INVESTIGATIVO |
André Manfrinate | Estudante de direito | Lei do Pantanal e a cultura de Joselândia |
Adriana W. Regina | Mestranda UFMT | Mitologia Pantaneira |
Sonia Palma | MS, Instituto Caracol | Mitologia Pantaneira |
Lúcia Kawahara | Doutoranda UFMT | Festa e cultura do Milênio |
Imara Quadros | Doutoranda UFMT | Canoa e cultura do Milênio |
Michèle Sato | Dra, educação UFMT | Mitologia Pantaneira |
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Parceiros: REMTEA, Instituto Caracol (iC), OPAN, SESC Pantanal, United Nation Organisation, Cropper Foundation and Sub-Global Assessment (SGA) of Millennium Ecosystem Assessment | ||
Suporte financeiro extra: CNPq (mapa social), FAPEMAT (mapa social), Petrobrás (via OPAN) e Millennium SGA | ||
Participantes: 101 pessoas envolvidas diretamente. Não há cômputo dos envolvidos indiretamente. |
OBJETIVOS GERAIS
Sob a orientação mundial do programa da Avaliação Ecossistêmica do Milênio (Sub-Global Assessment), identificamos alguns trabalhos ecossistêmicos de [figura 8]:
· SUPORTE nos laboratórios 1, 2 e 3 (fotossíntese, nutrientes, solo, energia);
· PROVISÃO nos laboratórios 1, 2, e 3 (alimentos, água, madeira, fibra);
· REGULAÇÃO nos laboratórios 1, 2 e 4 (clima, doenças, insumos, resíduos);
· CULTURA no laboratório 5 (religiosidade, valores, arte, estética).
O subprojeto 5.2.3 faz um mapeamento dos principais trabalhos ecossistêmicos culturais, com especial ênfase: (a) na feitura das canoas; (b) na celebração de festas regionais; (c) na mitologia e valores que movem a fé dos pantaneiros e das pantaneiras; (d) e finalmente do conjunto de leis que existem sobre o Pantanal, buscando validar as atividades comunitárias do ponto de vista legal.
Figura 8: interação do subprojeto 5.3 com os demais laboratórios
METODOLOGIA
Fenomenologia (Merleau-Ponty e Bachelard) para compreensão dos fenômenos, na interpretação das percepções socioambientais que os moradores possuem da natureza e dos bens e trabalhos ecossistêmicos. Pesquisa participante (Paulo Freire) e sociopoética (Gauthier e Sato) no sentido da intervenção comunitária. Possui uma forte inspiração etnográfica (Geertz e Bhabha) e, além disso, apoia-se na metodologia do próprio programa da Avaliação Ecossistêmica do Milênio (Max Finlayson), com especial ênfase nas expressões culturais como festas e feitura de canoas. No campo dos estudos legais, a hermenêutica (Mauro Grün) perfaz a metodologia da compreensão jurídica sobre o Pantanal.
RESULTADOS
1. Há pouca compreensão sobre as leis do Pantanal, o que obstaculiza que a comunidade seja favorecida pelo aparato jurídico;
2. Fortalecimento dos canoeiros, por meio de oficinas e a produção de um caderno pedagógico que pode favorecer a atração de turismo cultural e ecológico, valorizando o saber local;
3. Nas festas realizadas, a maioria dos produtos chega de fora da comunidade. Por exemplo, na festa de Cosme e Damião, 26 produtos são oriundos dos trabalhos ecossistêmicos de Joselândia, contra 35 de fora, revelando que aos poucos, a comunidade tem modificado seus hábitos e a cultura está menos “sustentável”;
4. Sistematização de algumas narrativas mitológicas e “seres encantados” do Pantanal, contribuindo para que as políticas públicas considerem a religiosidade, espiritualidade e valores como elementos das políticas públicas [figura 9];
5. 1 oficina internacional com Max Finlayson e representantes indígenas para a compreensão da avaliação ecossistêmica do milênio e a produção de um caderno pedagógico escrito pelos próprios índios, com proposições para melhoria da qualidade de vida.
Figura 9: importância do mito na comunidade pantaneira
EM PLANEJAMENTO
· Produção de um caderno pedagógico sobre as leis referentes ao Pantanal, bem como os riscos da aprovação do zoneamento e do código florestal;
· Produção de um livro que alie a feitura da canoa com o turismo cultural, com as expressões artísticas e com os trabalhos ecossistêmicos para melhoria da qualidade de vida;
· Compreender outros trabalhos ecossistêmicos como a viola de cocho, o pilão, a gamela, o laço e o coxonilho, artefatos culturais intrinsecamente oriundos da natureza e com potencial econômico local;
· Compreensão dos trabalhos ecossistêmicos pela comunidade;
· Sistematização da relação das festas com os trabalhos culturais;
· Produção de um caderno pedagógico sobre a etnografia das festas e as relações com a avaliação ecossistêmica do milênio;
· Sistematização da mitologia pantaneira;
· Cartografia do imaginário, inicialmente indígena, mostrando os pontos cartográficos dos espíritos e da mitologia;
· Produção de um caderno pedagógico sobre a cartografia do imaginário.
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