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http://www.jornaldaparaiba.com.br/noticia/116115_olhar-feminino-nos-quilombos
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Olhar feminino nos quilombos
Exposição fotográfica do italiano Alberto Banal lança um olhar das mulheres presentes nos 39 quilombos espalhados pelo Estado.
Audaci Junior“Têm brasileiros mais estrangeiros do que eu em se tratando das comunidades quilombolas”, explica o italiano radicado na Paraíba Alberto Banal, que está apresentando a partir deste sábado a exposição gratuita Feminino Quilombola, no segundo pavimento da Torre Mirante da Estação Cabo Branco, no Altiplano em João Pessoa.
Com vernissage às 19h, a mostra lança um olhar das mulheres presentes nos 39 quilombos espalhados pelo Estado. São 350 registros fotográficos divididos em quatro seções cronológicas: infância, juventude, maternidade e maturidade.
“São rostos, olhares, sentimentos, pessoas que falam pelas imagens”, resume. “É um adentrar-se no terreno sagrado da memória quilombola, que tem na mulher seu fio condutor.
Significa literalmente expor aos outros uma realidade guardada debaixo de sete chaves por muitos anos de exclusão e de esquecimento”.
De acordo com Alberto Banal, as fotografias são acompanhadas de depoimentos e transcrições sobre as personagens quilombolas, além de análises feitas por antropólogos que convivem com as comunidades há anos.
“Uma realidade da qual não se perdeu a memória e a riqueza de valores vivenciados”, aponta o italiano. “Talvez o silêncio ajudou a preservar e a resguardar”.
Completando o Feminino Quilombola, haverá um espaço onde serão projetados 12 curtas-metragens de entrevistas na comunidade, boa parte produzida pelos alunos do projeto comandado pelo expositor chamado Fotógrafo de Rua. Os alunos foram recrutados nos quilombos paraibanos de Matão (Gurinhém), Grilo (Riachão do Bacamarte), Pedra D’Água (Ingá) e Matias (Serra Redonda).
“Elas falam de seus problemas, desejos e anseios. Tudo que tem haver com o mundo quilombola”, afirma o fotógrafo, que também integra a Associação de Apoio aos Assentamentos e Comunidades Afrodescendentes (Aacade), onde coordena o projeto Casas de Leitura.
CONSCIÊNCIA NEGRA
Além da exposição que permanecerá no local até o dia 2 de fevereiro, a programação comemorativa ao mês da Consciência Negra terá mais eventos nas próximas semanas.
No dia 17 haverá no anfiteatro da Estação a Festa da Mulher Quilombola, com apresentações de danças e grupos de capoeira.
Já no dia 23, Alberto Banal lançará o livro Quilombos da Paraíba, organizado por ele e pela antropóloga Maria Ester Pereira Fortes. A publicação é o primeiro estudo sobre a realidade quilombola do estado realizado por entidades e pesquisadores.
ARTE AFRICANA NA ESTAÇÃO
Será aberta neste sábado, às 19h30, no primeiro pavimento da Torre Mirante da Estação Cabo Branco, em João Pessoa, a mostra O Corpo na Arte Africana, com acervo do Museu da Vida - Fiocruz (RJ).
A exposição gratuita é composta por 140 peças, dentre elas máscaras, objetos, tecidos e esculturas representativos da identidade, status social e características de 50 grupos étnicos da África.
O conjunto foi dividido em cinco módulos: Corpo individual & Corpos múltiplos, Sexualidade & Maternidade, A modificação e a decoração do corpo, O corpo na decoração dos objetos e Máscaras como manifestação cultural.
“Cada etnia é um universo. Como estamos fazendo uma exposição unindo todas, optamos pelo diálogo direto da obra de arte com o público”, explica a historiadora Gisele Catel, curadora da exposição. “O acervo desta exposição é resultado de milhares de anos de arte. A civilização africana é muito antiga e sua arte é milenar”.
Com peças datadas do século 19, as obras vieram de coleções pessoais de vários pesquisadores, adquiridas em missões de pesquisa sobre educação e saúde no continente africano.
A exposição permanece em João Pessoa até 19 de janeiro.
'NOS CAMINHOS AFRO EM CG'
Até o dia 24, o Museu Assis Chateaubriand (MAC-UEPB), em Campina Grande, apresenta a exposição gratuita Nos Caminhos Afro- 170 Fotografias de Pierre Fatumbi Verger.
São fotografias do etnólogo franco-brasileiro, morto em 1996, aos 93 anos, que mostram o cotidiano, a cultura e a religiosidade de descendentes de africanos no Brasil e em mais de 20 países.
Foram longas expedições que Fatumbi Verger realizou entre os anos de 1932 e 1970, o levando a destinos como Cuba, Haiti, Serra Leoa, Santo Domingos e Estados Unidos.
Além dos registros fotográficos, são exibidas na mostra duas produções audiovisuais: Olhares Nômades (2005), de Alex Baradel, com 600 fotos de Verger sobre cultura popular nordestina, e Mensageiro entre Dois Mundos (1999), documentário de Lula Buarque de Holanda, no qual o fotógrafo franco-brasileiro aparece em sua última entrevista, feita por Gilberto Gil.
Com patrocínio da Petrobras e Ministério da Cultura (MinC), a Paraíba é a primeira etapa do projeto itinerante da Fundação Pierre Verger que percorrerá mais três cidades brasileiras até 30 de novembro de 2014.
Depois de Campina Grande, Nos Caminhos Afro percorrerá Teresina (PI), Campo Grande (MS) e Goiânia (GO).
Com vernissage às 19h, a mostra lança um olhar das mulheres presentes nos 39 quilombos espalhados pelo Estado. São 350 registros fotográficos divididos em quatro seções cronológicas: infância, juventude, maternidade e maturidade.
“São rostos, olhares, sentimentos, pessoas que falam pelas imagens”, resume. “É um adentrar-se no terreno sagrado da memória quilombola, que tem na mulher seu fio condutor.
Significa literalmente expor aos outros uma realidade guardada debaixo de sete chaves por muitos anos de exclusão e de esquecimento”.
De acordo com Alberto Banal, as fotografias são acompanhadas de depoimentos e transcrições sobre as personagens quilombolas, além de análises feitas por antropólogos que convivem com as comunidades há anos.
“Uma realidade da qual não se perdeu a memória e a riqueza de valores vivenciados”, aponta o italiano. “Talvez o silêncio ajudou a preservar e a resguardar”.
Completando o Feminino Quilombola, haverá um espaço onde serão projetados 12 curtas-metragens de entrevistas na comunidade, boa parte produzida pelos alunos do projeto comandado pelo expositor chamado Fotógrafo de Rua. Os alunos foram recrutados nos quilombos paraibanos de Matão (Gurinhém), Grilo (Riachão do Bacamarte), Pedra D’Água (Ingá) e Matias (Serra Redonda).
“Elas falam de seus problemas, desejos e anseios. Tudo que tem haver com o mundo quilombola”, afirma o fotógrafo, que também integra a Associação de Apoio aos Assentamentos e Comunidades Afrodescendentes (Aacade), onde coordena o projeto Casas de Leitura.
CONSCIÊNCIA NEGRA
Além da exposição que permanecerá no local até o dia 2 de fevereiro, a programação comemorativa ao mês da Consciência Negra terá mais eventos nas próximas semanas.
No dia 17 haverá no anfiteatro da Estação a Festa da Mulher Quilombola, com apresentações de danças e grupos de capoeira.
Já no dia 23, Alberto Banal lançará o livro Quilombos da Paraíba, organizado por ele e pela antropóloga Maria Ester Pereira Fortes. A publicação é o primeiro estudo sobre a realidade quilombola do estado realizado por entidades e pesquisadores.
ARTE AFRICANA NA ESTAÇÃO
Será aberta neste sábado, às 19h30, no primeiro pavimento da Torre Mirante da Estação Cabo Branco, em João Pessoa, a mostra O Corpo na Arte Africana, com acervo do Museu da Vida - Fiocruz (RJ).
A exposição gratuita é composta por 140 peças, dentre elas máscaras, objetos, tecidos e esculturas representativos da identidade, status social e características de 50 grupos étnicos da África.
O conjunto foi dividido em cinco módulos: Corpo individual & Corpos múltiplos, Sexualidade & Maternidade, A modificação e a decoração do corpo, O corpo na decoração dos objetos e Máscaras como manifestação cultural.
“Cada etnia é um universo. Como estamos fazendo uma exposição unindo todas, optamos pelo diálogo direto da obra de arte com o público”, explica a historiadora Gisele Catel, curadora da exposição. “O acervo desta exposição é resultado de milhares de anos de arte. A civilização africana é muito antiga e sua arte é milenar”.
Com peças datadas do século 19, as obras vieram de coleções pessoais de vários pesquisadores, adquiridas em missões de pesquisa sobre educação e saúde no continente africano.
A exposição permanece em João Pessoa até 19 de janeiro.
'NOS CAMINHOS AFRO EM CG'
Até o dia 24, o Museu Assis Chateaubriand (MAC-UEPB), em Campina Grande, apresenta a exposição gratuita Nos Caminhos Afro- 170 Fotografias de Pierre Fatumbi Verger.
São fotografias do etnólogo franco-brasileiro, morto em 1996, aos 93 anos, que mostram o cotidiano, a cultura e a religiosidade de descendentes de africanos no Brasil e em mais de 20 países.
Foram longas expedições que Fatumbi Verger realizou entre os anos de 1932 e 1970, o levando a destinos como Cuba, Haiti, Serra Leoa, Santo Domingos e Estados Unidos.
Além dos registros fotográficos, são exibidas na mostra duas produções audiovisuais: Olhares Nômades (2005), de Alex Baradel, com 600 fotos de Verger sobre cultura popular nordestina, e Mensageiro entre Dois Mundos (1999), documentário de Lula Buarque de Holanda, no qual o fotógrafo franco-brasileiro aparece em sua última entrevista, feita por Gilberto Gil.
Com patrocínio da Petrobras e Ministério da Cultura (MinC), a Paraíba é a primeira etapa do projeto itinerante da Fundação Pierre Verger que percorrerá mais três cidades brasileiras até 30 de novembro de 2014.
Depois de Campina Grande, Nos Caminhos Afro percorrerá Teresina (PI), Campo Grande (MS) e Goiânia (GO).
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