http://www.florestalbrasil.com/2019/02/video-da-nasa-mostra-como-floresta.html?m=1&fbclid=IwAR19H06fV_F_Bvyigwrh7ACF-HlAR59WR7L_i2Fk5cbuQsmus2DW0MMcnCw
Vídeo da NASA mostra como a Floresta Amazônica é fertilizada pelo Deserto do Saara
Uma grande quantidade de poeira do Saara "viaja" mais de 2.000 km para chegar à Amazônia, o fenômeno é mostrado em um vídeo divulgado recentemente pela National Aeronautics and Space Administration (NASA).
Os dados que fora coletado entre 2007 e 2013 pela NASA, mostram a relação entre o deserto e a floresta. Apesar de ser um fenômeno já conhecido pelos cientistas há anos, somente agora temos informações mais precisas deste comportamento ambiental.
Como a poeira do deserto do Saara fertiliza a Amazônia
Estima-se que aproximadamente 182.000 toneladas de poeira do Saara atravessem o Oceano Atlântico para chegar à América. Desse total, cerca de 27,7 milhões de toneladas de poeira precipitam a cada ano na bacia amazônica, sendo 0,08% correspondente ao fósforo (importante nutriente para as plantas), segundo pesquisadores da Universidade de Maryland (EUA), que é igual a 22.000 toneladas.
Essa quantidade de fósforo, de acordo com o estudo, é suficiente para suprir as necessidades nutricionais que a floresta amazônica perde com as fortes chuvas e inundações na região.
Todo o ecossistema da Amazônia depende do pó do Saara para reabastecer suas reservas de nutrientes perdidos", diz o coordenador do estudo, Dr. Hongbin Yu. Confirma o que muitos, mesmo sem base científica, conhecem há muito tempo: "este é um mundo pequeno e estamos todos conectados".
O pó que é rico em nutrientes, vem principalmente de uma região conhecida como Depressão Bodele, localizada no país africano Chade, formada após o maior lago da África ter secado há aproximadamente 1.000 anos.
No entanto, a maior parte da poeira permanece suspensa no ar, enquanto 43 milhões de toneladas viajam para o Mar do Caribe. O estudo, que só foi possível graças à coleta de dados do satélite CALIPSO, NASA, foi publicado na revista científica Geophysical Research Letters.
Aqui você pode ver uma animação 3D para ver o fenômeno de uma maneira mais didática:
Obs: o vídeo está em inglês.
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