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Wednesday, 11 November 2015

Inauguração da Casa da Cultura da Comunidade Quilombola de Mata Cavalo.

O Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a comunidade escolar da Escola Estadual Tereza Conceição Arruda e a Comunidade Quilombola de Mata Cavalo  (Nossa Senhora do Livramento, MT), tem a honra de convidá-los para inauguração de sua Casa da Cultura, que será no dia 13 de novembro de 2015 às 10h na sede da escola.

O GPEA-UFMT tem laços fortalecidos com a comunidade de Mata Cavalo pois desenvolve pesquisa, ensino e extensão nesse território desde 2006. Durante o ano de 2015 vem sendo realizado na Escola Estadual Tereza de Conceição Arruda, um projeto de formação em Escolas Sustentáveis, uma parceria entre o GPEA, o Instituto Caracol e a organização não governamental WWF-Brasil. Essa formação conta com atividades semanais em um processo formativo em educação ambiental com a comunidade escolar (professores, estudantes, servidores, pais e membros da comunidade). Foram abordados temáticas como educação ambiental, sustentabilidade, escolas sustentáveis, Com-Vida, projeto político pedagógico, identidades, territórios, conflitos socioambientais, dentre outros. Como parte do processo formativo a comunidade elaborou um Projeto Ambiental Escolar Comunitário (PAEC), que culminou na construção de um espaço educador sustentável chamado Casa da Cultura da Comunidade Quilombola de Mata Cavalo. A construção da Casa da Cultura tem envolvido os membros da escola, estudantes, membros da comunidade quilombola, do GPEA e estudantes de graduação da UFMT integrantes do PET Conexões de Saberes “Diferentes Saberes e Fazeres na UFMT”.

Casa da Cultura é um sonho antigo da comunidade. Foi construída pelo labor apaixonado de muitas mãos. Buscando aspectos de sustentabilidade e da ancestralidade, a casa foi feita de barrote (PAU-A-PIQUE) como de costume dos ancestrais quilombolas. O chão batido é de cupim. A cobertura da casa é um telhado verde de grama na busca de conforto térmico; o telhado abriga um pequeno sistema de captação de água que é captada por uma cisterna. O interior da casa de 80m2 está sendo organizado como uma casa-museu que apresenta os aspectos peculiares da cultura local: o fogão de barro, a rede, o pote de água, os artefatos tradicionais, os artesanatos produzidos pela comunidade, fotografias que registram personalidades e ancestralidade, a identidade, a luta, a dança, os sabores, os saberes, as tradições, etc.

O apoio para construção da Casa da Cultura faz parte da parceria com o WWF-Brasil.

Nesta próxima sexta, 13 de novembro, a Casa da Cultura da Comunidade Quilombola de Mata Cavalo será inaugurada como parte das festividades da Feira de artes, saberes e sabores. A feira é realizada anualmente pela escola como parte das atividades reflexivas da Semana da Consciência Negra.


Saturday, 15 August 2015

Festa da Banana celebra cultura agroecológica em comunidade quilombola do MT

fase
http://fase.org.br/pt/informe-se/noticias/festa-da-banana-celebra-cultura-agroecologica-em-comunidade-quilombola-em-mt/


Notícias

20/07/2015MATO GROSSO

Festa da Banana celebra cultura agroecológica em comunidade quilombola do MT

A 7ª Festa da Banana contou com a presença de cerca de 600 pessoas e foi realizada na Comunidade Negra Rural Quilombola da Mutuca, que está se tornando uma referência na prática agroecológica


Andrés Pasquis ¹
“A banana não é só alimento ou medicina. A Festa da Banana é cultural”, exclamou Laura Ferreira da Silva, presidenta da Associação da Comunidade Negra Rural do Quilombo Ribeirão da Mutuca – Acorquirim, durante a abertura da 7ª Festa da Banana, realizada no dia 4 de julho, na comunidade Ribeirão da Mutuca do município de Nossa Livramento, situada a aproximadamente 32 quilômetros de Cuiabá (MT).
A 7ª Festa da Banana reuniu cerca de 600 pessoas. (Foto: GIAS/Flicker)
A 7ª Festa da Banana reuniu cerca de 600 pessoas. (Foto: GIAS/Flickr)
Ribeirão da Mutuca, que faz parte do complexo Mata Cavalo, composto por mais cinco comunidades quilombolas, foi o palco de palestras sobre a agroecologia, feira de artesanato, culinária regional, música e dança, espantando o frio do dia com caldo de banana verde preparado ao fogo de lenha, licor de banana e os movimentos frenéticos do siriri, rasqueado cuiabano e lambadão.
A festa foi criada em 2008 com o intuito de valorizar a produção e a cultura afro-brasileira que sustenta as cerca de 120 famílias da comunidade. O cultivo da banana e de muitos outros alimentos é feito de forma tradicional e livre de agrotóxicos, seguindo os princípios da agroecologia.
“Nossos ancestrais já trabalhavam desse jeito, com muito esforço, variedade de sementes e sem veneno, sem nem saber que isso era agroecologia. Essa tradição foi passando de geração em geração e, hoje, é uma referência para muitos”, explicou Laura.
No entanto, por trás dos doces, balas e tortas de banana, por trás da melodia do cururu e por trás da animação dos participantes, a situação não foi e não é ainda tão simples. No passado, o garimpo assolou a região e pressionou seus habitantes, deixando marcas profundas neles como na terra. “Faz dez anos que o garimpo acabou, mas lacunas enormes no nosso solo ainda nos lembram dessa época”, lamenta a organizadora da festa.
Comunidade é referência cultural e agroecológica. (Foto: GIAS/ Flicker)
Comunidade é referência cultural e agroecológica. (Foto: GIAS/ Flicker)
Porém, essa tranquilidade está novamente ameaçada pelo avanço do agronegócio e mais especificamente pela chegada da soja em Poconé, município a cerca de 75 quilômetros da comunidade.
Lucienio da Silva Miranda, técnico agrícola da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural – Empaer, confirma que a sojicultora avança com rapidez e que, com a fragilidade da situação fundiária do complexo Mata Cavalo, o futuro parece ameaçador. “Nós, técnicos da Empaer que já conhecemos e fazemos parte desta comunidade há anos, gostaríamos muito que o governo regularizasse a situação destas terras, que pertencem aos habitantes da Mutuca, o que facilitaria também o acesso deles a crédito e financiamentos”, cobrou o técnico.
Laura Ferreira comenta que, anos atrás, um laudo antropológico realizado por Maria de Lourdes Bandeira, professora da Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT e membro do Conselho dos Direitos da Mulher, qualificou a região como uma área remanescente de quilombos a ser preservada.
“Sempre lutamos e lutaremos por defender nossa cultura, nossas tradições e esta terra, onde nossos ancestrais foram enterrados há mais de duzentos anos. Foi assim que, na época do garimpo, procuramos os direitos humanos e acabamos conhecendo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), que nos convidou, através de eventos e feiras, a fazer parte do Grupo de Intercâmbio em Agroecologia (Gias)”, revelou Laura.
Fran Paula, da FASE, durante o evento. (Foto: GIAS/Flicker)
Fran Paula, do programa da FASE no MT , durante o evento. (Foto: GIAS/Flickr)
Fran Paula de Castro, técnica do programa da FASE em Mato Grosso, uma das organizações que compõem o Gias, ressaltou que é uma honra poder contar com a experiência agroecológica que a Arcoquirim oferece ao estado de Mato Grosso. “Uma referência forte desta comunidade é a luta que vem levando há anos, inclusive pelo resgate e preservação de suas sementes, como o milho crioulo. Por isso eles têm que perseverar esse trabalho tão reconhecido”, disse.
A 7ª Festa da Banana contou com a presença de cerca de 600 pessoas e a Comunidade Negra Rural Quilombola da Mutuca está se tornando uma referência estadual de prática agroecológica e tradição quilombola. “Para nós, a semente é importantíssima. Ela é tradição, é vida!”, finalizou Laura.
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Monday, 2 March 2015

Escolas Sustentáveis na Comunidade Quilombola de Mata Cavalo - Parceria: GPEA/UFMT e WWF Brasil

A comunidade quilombola de Mata Cavalo sempre nos recebe com muito carinho. Assim fomos recebidos pela comunidade escolar da Escola Estadual Tereza Conceição de Arruda no dia 26/02/2015. A equipe do GPEA esteve na escola para apresentar a proposta do Processo Formativo em Escolas Sustentáveis e Comvidas que tem, também, como proposta a implantação dos Projetos Ambientais Escolares Comunitários (PAEC).



A comunidade escolar nos recebeu com apresentações culturais do grupo “Hop Quilombola” (descrito abaixo), com rodas de capoeira, almoço delicioso e muito entusiasmo.



Estiveram presentes membros da equipe da gerência de educação ambiental da Secretaria Estadual de Educação do Mato Grosso (Seduc/MT). Também a Profa. Gonçalina Eva de Almeida, uma grande liderança dessa comunidade, foi diretora da escola e hoje está à frente da Superintendência de Diversidades Educacionais da Seduc/MT.


Seguimos em uma roda de conversa sobre as escolas sustentáveis e os PAEC.


Pela tarde compartilhamos com a equipe da escola do quilombo as nossas experiências vivenciadas na escola estadual Maria Silvino Peixoto de Moura.

Os professores(as), servidores, alunos(as) e membros da comunidade que estavam presentes aceitaram o desafio para participar do projeto com o GPEA. Firmamos o compromisso de trabalharmos de março a novembro – com o lançamento dos PAEC na festiva feira de conhecimentos e cultura da escola a ser realizada no dia 20 de novembro, dia da consciência negra.



Construímos coletivamente uma proposta para o calendário do curso e da implantação dos PAEC. E acordamos que nossos encontros formativos serão às quintas-feiras. Em uma próxima reunião de planejamento do GPEA apresentaremos esse calendário. 

As etapas do projeto (ainda uma SUGESTÃO!!!)

1ª. etapa: FORMAÇÃO
Processo formativo em Escolas Sustentáveis e Comvidas
MARÇO
ABRIL
MAIO
JUNHO
JULHO
26/03 | Abertura
EU
02, 09, 16, 23 e 30
OUTRO
7, 14, 20 e 28
MUNDO
11, 18 e 25
Recesso escolar:
13 a 27/07


2ª. etapa: GESTAÇÃO dos PAEC
AGOSTO
SETEMBRO

3ª. etapa: IMPLANTAÇÃO dos PAEC
OUTUBRO
NOVEMBRO
20 | lançamento dos PAEC

O projeto Escolas Sustentáveis na Comunidade Quilombola de Mata Cavalo  é uma parceria do GPEA/UFMT e o WWF Brasil.


Nossa equipe Gpea/Ufmt
Edilaine Mendes, Giselly Gomes, Julio Resende Duarte, Priscilla Amorim, Michelle Jaber e Regina Silva

Em 26/02/2015
Na Escola Estadual Tereza Conceição de Arruda  | Comunidade Quilombola de Mata Cavalo


Esperança do Quilombo



Durante a visita a Escola Estadual Quilombola Tereza Conceição de Arruda, houve um ritual de acolhimento realizado por professores e alunos da instituição escolar. Tratava-se de uma apresentação de danças Afro do grupo “Hop Quilombola” (que em Orubá significa Esperança do Quilombo”).

O grupo de dança surgiu há quatro anos através do projeto “Relativização: Um Processo istórico da Comunidade Mata Cavalo”, com o intuito de resgatar a identidade e cultura quilombola na escola e na região. É formado por vinte alunos da escola e dirigido pelas professoras Lucilene e Júlia.

Desde seu surgimento o grupo realiza diversas apresentações, não só na própria escola, mas também nas comunidades e municípios vizinhos, estas apresentações se intensificam no mês de novembro devido à proximidade das comemorações da Consciência Negra (20 de novembro).

As roupas utilizadas nas apresentações são confeccionadas pelos funcionários da própria escola e recentemente conseguiu-se patrocínio para a confecção de uniformes para o grupo. É ressaltado pelas professoras que a dança além de contribuir com o resgate da cultura e identidade quilombola, também agrega valores como disciplina, interatividade e organização não só na vida escolar, mas também na formação dos alunos enquanto cidadãos(ãs).

26/02/2015
Escola Tereza Conceição de Arruda  | Comunidade Quilombola de Mata Cavalo

Priscilla Amorim

Orientadora: Regina Silva
Projeto Escola Sustentáveis na Comunidade Quilombola de Mata Cavalo

Saturday, 23 August 2014

Construindo uma epistemologia de Mata Cavalo

RELATÓRIO DE PESQUISA
Construindo uma epistemologia de Mata Cavalo

Michèle Sato
19 de agosto de 2014
Quilombo Mata Cavalo, Nossa Senhora de Livramento, MT



Três projetos ajudam o Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA) para pesquisas, processos formativos e intervenções comunitárias envolvendo a justiça climática e a proteção das águas em áreas úmidas: O Fundo Mundial de Conservação à Natureza (WWF-Brasil), a Rede Municipal de Adaptação e Mitigação às Mudanças Climáticas: Resposta a Diferentes Cenários de Mudanças Climáticas (ClimBAP), e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU). Com a educação ambiental e a justiça climática como substratos da pesquisa, buscamos construir alguns Projetos Ambientais Escolares Comunitários (PAEC) que possam ajudar as escolas e as comunidades, que possam enfrentar os danos das mudanças climáticas com elementos contidos na Pegada Ecológica, clima e proteção da água.

Uma escola favorecida pelo GPEA localiza-se em São Pedro de Joselândia, uma comunidade tipicamente pantaneira em Barão de Melgaço com envolvimento muito bonito em plena construção; e a outra escola que iremos começar o projeto é a do quilombo Mata Cavalo. A escola está totalmente contagiada com o “espírito do pequi”, alegando que a árvore é do cerrado, que não possui devida atenção, que precisa ser valorizada e essencialmente comercializada para que uma economia solidária consiga ajudar na autonomia do território.

Acatando as boas brisas emanadas pelas professoras da escola, fizemos um pacto para transversalizar o pequi nas escolas sustentáveis, iniciando com um curso envolvendo professores, técnicos, alguns membros da comunidade e alguns estudantes do ensino médio que tenham interesse em participar do projeto. Embora ainda em fase de elaboração, temos um panorama do projeto:

CURSO DE FORMAÇÃO
·         Carga horária: 120 horas, sendo 30 teóricas e 90 práticas;
·         Período: Preferência de 4ª, 5ª e 6ª das 17 as 20 horas;
·         Participantes: são 27 pessoas, entre professores e técnicos, somados a alguns comunitários e estudantes do ensino médio (com-vida);
·         Temáticas principais: educação ambiental, pegada ecológica, justiça climática, água, biodiversidade e economia solidária do pequi;
·         Kit pedagógico a ser providenciado pelo GPEA, sem esquecer que precisamos produzir um caderno pedagógico sobre a biografia da dona Teresa (responsável: Rosana Manfrinate).

PAEC
·         Construção de uma ecocasa com a finalidade de armazenar as produções artísticas da escola, além de ser um local permanente das exposições. Material de madeira e palha do local, envolvendo os homens e demais membros da comunidade e com objetivos da bioarquitetura;
·         Cuidados na horta escolar, alimentação orgânica, agrotóxicos, saúde e merenda escolar na permacultura;
·         Viveiros do pequi, com estudos sobre a biologia das espécies e as viabilidades econômicas possíveis pela comunidade. É possível que aqui tenhamos diversos desdobramentos, gerando a necessidade de outros financiamentos para novos projetos.


Estacionamento da UFMT - Ipê "magritteano" (MSato)

quadro no pátio da Escola Teresa C. de Arruda  (MSato)

caules negros na decoração de uma escola quilombola  (MSato)

boneca de palha na produção da arte  (MSato)

representações dos estudantes  (MSato)

dona Estivina, Mimi e Gisa (Foto do João, Ascom-UFMT)

ipê na estrada  (MSato)

Dielcio e a oficina com mídia  (MSato)

a cuidadosa atenção dos jovens  (MSato)

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