RELATÓRIO DE PESQUISA
Construindo uma epistemologia de Mata Cavalo
Michèle Sato
19 de agosto de 2014
Quilombo Mata Cavalo, Nossa Senhora de Livramento, MT
Construindo uma epistemologia de Mata Cavalo
Michèle Sato
19 de agosto de 2014
Quilombo Mata Cavalo, Nossa Senhora de Livramento, MT
Três projetos ajudam o Grupo Pesquisador em Educação
Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA) para pesquisas, processos formativos e
intervenções comunitárias envolvendo a justiça climática e a proteção das águas
em áreas úmidas: O Fundo Mundial de Conservação à Natureza (WWF-Brasil), a Rede Municipal de Adaptação e Mitigação às
Mudanças Climáticas: Resposta a Diferentes Cenários de Mudanças Climáticas
(ClimBAP), e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas
Úmidas (INAU). Com a educação ambiental e a justiça climática como substratos
da pesquisa, buscamos construir alguns Projetos Ambientais Escolares
Comunitários (PAEC) que possam ajudar as escolas e as comunidades, que possam
enfrentar os danos das mudanças climáticas com elementos contidos na Pegada
Ecológica, clima e proteção da água.
Uma escola favorecida pelo GPEA localiza-se em São Pedro de
Joselândia, uma comunidade tipicamente pantaneira em Barão de Melgaço com
envolvimento muito bonito em plena construção; e a outra escola que iremos
começar o projeto é a do quilombo Mata Cavalo. A escola está totalmente
contagiada com o “espírito do pequi”, alegando que a árvore é do cerrado, que
não possui devida atenção, que precisa ser valorizada e essencialmente
comercializada para que uma economia solidária consiga ajudar na autonomia do
território.
Acatando as boas brisas emanadas pelas professoras da
escola, fizemos um pacto para transversalizar o pequi nas escolas sustentáveis,
iniciando com um curso envolvendo professores, técnicos, alguns membros da
comunidade e alguns estudantes do ensino médio que tenham interesse em
participar do projeto. Embora ainda em fase de elaboração, temos um panorama do
projeto:
CURSO DE FORMAÇÃO
·
Carga horária: 120 horas, sendo 30 teóricas e 90
práticas;
·
Período: Preferência de 4ª, 5ª e 6ª das 17 as 20
horas;
·
Participantes: são 27 pessoas, entre professores
e técnicos, somados a alguns comunitários e estudantes do ensino médio
(com-vida);
·
Temáticas principais: educação ambiental, pegada
ecológica, justiça climática, água, biodiversidade e economia solidária do
pequi;
·
Kit pedagógico a ser providenciado pelo GPEA,
sem esquecer que precisamos produzir um caderno pedagógico sobre a biografia da
dona Teresa (responsável: Rosana Manfrinate).
PAEC
·
Construção de uma ecocasa com a finalidade de
armazenar as produções artísticas da escola, além de ser um local permanente
das exposições. Material de madeira e palha do local, envolvendo os homens e
demais membros da comunidade e com objetivos da bioarquitetura;
·
Cuidados na horta escolar, alimentação orgânica,
agrotóxicos, saúde e merenda escolar na permacultura;
·
Viveiros do pequi, com estudos sobre a biologia
das espécies e as viabilidades econômicas possíveis pela comunidade. É possível
que aqui tenhamos diversos desdobramentos, gerando a necessidade de outros
financiamentos para novos projetos.
Estacionamento da UFMT - Ipê "magritteano" (MSato)
quadro no pátio da Escola Teresa C. de Arruda (MSato)
caules negros na decoração de uma escola quilombola (MSato)
boneca de palha na produção da arte (MSato)
representações dos estudantes (MSato)
dona Estivina, Mimi e Gisa (Foto do João, Ascom-UFMT)
ipê na estrada (MSato)
Dielcio e a oficina com mídia (MSato)
a cuidadosa atenção dos jovens (MSato)
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