ed horizonte
http://horizontegeografico.com.br/exibirMateria/2174/atlas-mundial-mede-as-perdas-com-os-extremos-climaticos
Atlas mundial mede as perdas com os extremos climáticos
Parte da apuração dos eventos extremos foi feita por meio do Sistema Global Integrado de Observação, composto por 17 satélites, centenas de boias oceânicas, milhares de aviões e navios e aproximadamente 10 mil estações terrestres.
Ações de apoio no mundo
Algumas iniciativas regionais tentam amenizar esse quadro, mas ainda são insuficientes. No continente africano, por exemplo, existe há mais de dez anos, o Fórum Regional Climático Outlook (RCOF), que fornece avisos antecipados sobre o clima sazonal principalmente com relação à seca, para facilitar ações que antecedam os eventos extremos. Na Ásia, especialmente em Bangladesh, o governo tem trabalhado em parceria com a Sociedade Crescente Vermelho de Bangladesh para implementar o Programa de Preparação Cyclone, reduzindo, assim, o número de mortos. A iniciativa é composta por mais de 42 mil voluntários, com uma estrutura de telecomunicação.
Na região das América Central e Caribe, há mais de 30 anos existe uma cooperação regional para previsão e avisos sobre ciclones tropicais, com apoio da OMM.
Veja os principais países afetados respectivamente por mortes e economicamente, divididos por regiões no planeta:
ÁFRICA:- Etiópia (1975 e 1983) – 450 mil mortes (seca)
- África do Sul (1987/1990 e 1991) – US$ 3,93 bilhões – (tempestade, inundação e seca)
AMÉRICA DO NORTE, CENTRAL E CARIBE:
- Honduras (1973,74 e 1998) – 25.400 mortes (tempestades e movimentos de massa úmida)
- EUA (vários anos) – US$ 388,23 bi (maior parte por tempestades, como os furacões Andrew/1992, Katrina/2005 e Sandy/2012)
AMÉRICA DO SUL:- Venezuela (1999) – 30 mil mortes (inundação)
- Brasil (1978) – US$ 8,10 bi (seca)
ÁSIA:- Bangladesh (vários anos) – 486 mil mortes (tempestades e inundação)
- China (vários anos) – US$ 164,14 bi (inundações, temperatura extrema e seca)
EUROPA:- Rússia (2010) – 55.736 mortes (temperaturas extremas)
- Alemanha (2002 e 2007) – US$ 14,80 bi e US$ 6,9 bi (inundações e tempestades)
SUDOESTE DO PACÍFICO:- Filipinas (vários anos) – 16.283 mortes (inundações)
- Austrália (vários anos) – US$ 39,34 bilhões (diferentes eventos extremos)
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Atlas mundial mede as perdas com os extremos climáticos
Milhares de vidas e bilhões da economia perdidos e poucas ações preventivas ainda em vigor, entre 1970 e 2012
Seca no continente africano resultou em maior número de mortes na Etiópia - Foto: Divulgação/ONU |
Os desastres naturais se intensificam no mundo e o tempo de resposta à adaptação e mitigação (redução de danos) está muito aquém do necessário para diminuir a vulnerabilidade e as perdas de vidas e o enfraquecimento de economias. Em 42 anos (1970-2012), ocorreram 8.835 desastres, 1,94 milhão de mortes e US $ 2,4 trilhões de perdas econômicas, devido a secas, inundações, vendavais, ciclones tropicais, tempestades, a temperaturas extremas, além de deslizamentos de terra e incêndios florestais, epidemias de saúde e infestações de insetos diretamente ligadas às condições meteorológica e hidrológicas. Estima-se que os impactos tenham sido subestimados em pelo menos 50% e a vulnerabilidade humana irá aumentar no contexto do modelo de desenvolvimento vigente.
Esse mapeamento e um conjunto de dados sobre as poucas ações regionais que existem para reverter estes quadros fazem parte das avaliações presentes no Atlas Mundial de Mortalidade e Perdas Econômicas do Tempo, Clima e de Extremos Hídricos (1970-2012). O levantamento foi realizado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Centro de Investigação sobre a Epidemiologia dos Desastres (CRED) da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica.
Com a apuração, foi monitorado o número de vidas perdidas ou afetadas tanto nos países industrializados como nos não-industrializados e se observou o resultado sobre os meios de subsistência e dados georreferenciados para estimar os riscos antes de um próximo desastre. Segundo os organizadores, o objetivo é que essas informações possam auxiliar medidas práticas para reduzir a vulnerabilidade, com melhores ações quanto à infraestrutura e a novos códigos de construção, por exemplo, entre outras medidas.
O resultado do mapeamento apurou que tempestades e inundações foram responsáveis por 79% do total de desastres, devido às condições meteorológicas, de água e de clima extremos e causaram 54% das mortes e 84% dos prejuízos econômicos. As secas representaram 35% das mortes, principalmente devido aos eventos severos no continente africano nos anos de 1975, 1983 e 1984.
No cálculo global, os países que mais tiveram perdas humanas, além da Etiópia, foram Bangladesh, Sudão, Myanmar, Moçambique, Rússia e Venezuela. Já os maiores efeitos econômicos de desastres ocorreram nos EUA, na China, na Tailândia e na República Democrática da Coreia.
Esse mapeamento e um conjunto de dados sobre as poucas ações regionais que existem para reverter estes quadros fazem parte das avaliações presentes no Atlas Mundial de Mortalidade e Perdas Econômicas do Tempo, Clima e de Extremos Hídricos (1970-2012). O levantamento foi realizado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Centro de Investigação sobre a Epidemiologia dos Desastres (CRED) da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica.
Com a apuração, foi monitorado o número de vidas perdidas ou afetadas tanto nos países industrializados como nos não-industrializados e se observou o resultado sobre os meios de subsistência e dados georreferenciados para estimar os riscos antes de um próximo desastre. Segundo os organizadores, o objetivo é que essas informações possam auxiliar medidas práticas para reduzir a vulnerabilidade, com melhores ações quanto à infraestrutura e a novos códigos de construção, por exemplo, entre outras medidas.
O resultado do mapeamento apurou que tempestades e inundações foram responsáveis por 79% do total de desastres, devido às condições meteorológicas, de água e de clima extremos e causaram 54% das mortes e 84% dos prejuízos econômicos. As secas representaram 35% das mortes, principalmente devido aos eventos severos no continente africano nos anos de 1975, 1983 e 1984.
No cálculo global, os países que mais tiveram perdas humanas, além da Etiópia, foram Bangladesh, Sudão, Myanmar, Moçambique, Rússia e Venezuela. Já os maiores efeitos econômicos de desastres ocorreram nos EUA, na China, na Tailândia e na República Democrática da Coreia.
Bangladesh, na Ásia, é um dos países que mais sofrem com os eventos extremos -Foto: Divulgação/Onu |
Parte da apuração dos eventos extremos foi feita por meio do Sistema Global Integrado de Observação, composto por 17 satélites, centenas de boias oceânicas, milhares de aviões e navios e aproximadamente 10 mil estações terrestres.
Ações de apoio no mundo
Algumas iniciativas regionais tentam amenizar esse quadro, mas ainda são insuficientes. No continente africano, por exemplo, existe há mais de dez anos, o Fórum Regional Climático Outlook (RCOF), que fornece avisos antecipados sobre o clima sazonal principalmente com relação à seca, para facilitar ações que antecedam os eventos extremos. Na Ásia, especialmente em Bangladesh, o governo tem trabalhado em parceria com a Sociedade Crescente Vermelho de Bangladesh para implementar o Programa de Preparação Cyclone, reduzindo, assim, o número de mortos. A iniciativa é composta por mais de 42 mil voluntários, com uma estrutura de telecomunicação.
Na região das América Central e Caribe, há mais de 30 anos existe uma cooperação regional para previsão e avisos sobre ciclones tropicais, com apoio da OMM.
Veja os principais países afetados respectivamente por mortes e economicamente, divididos por regiões no planeta:
ÁFRICA:- Etiópia (1975 e 1983) – 450 mil mortes (seca)
- África do Sul (1987/1990 e 1991) – US$ 3,93 bilhões – (tempestade, inundação e seca)
AMÉRICA DO NORTE, CENTRAL E CARIBE:
- Honduras (1973,74 e 1998) – 25.400 mortes (tempestades e movimentos de massa úmida)
- EUA (vários anos) – US$ 388,23 bi (maior parte por tempestades, como os furacões Andrew/1992, Katrina/2005 e Sandy/2012)
AMÉRICA DO SUL:- Venezuela (1999) – 30 mil mortes (inundação)
- Brasil (1978) – US$ 8,10 bi (seca)
ÁSIA:- Bangladesh (vários anos) – 486 mil mortes (tempestades e inundação)
- China (vários anos) – US$ 164,14 bi (inundações, temperatura extrema e seca)
EUROPA:- Rússia (2010) – 55.736 mortes (temperaturas extremas)
- Alemanha (2002 e 2007) – US$ 14,80 bi e US$ 6,9 bi (inundações e tempestades)
SUDOESTE DO PACÍFICO:- Filipinas (vários anos) – 16.283 mortes (inundações)
- Austrália (vários anos) – US$ 39,34 bilhões (diferentes eventos extremos)
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