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http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=82291
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Como enfrentar o impacto socioambiental provocado pela mudança climática?
Marcela Belchior
Adital
A necessidade de adaptação a mudanças climáticas é um complexo desafio que requer novos espaços de coordenação e colaboração entre diferentes níveis de governo, especialistas, sociedade civil e comunidades. Assim observa a Fundação Avina, organização que contribui para um desenvolvimento sustentável na América Latina. Em informe, a entidade avalia os recentes movimentos de instituições e extra-institucionais para adequarem-se às condições de clima em que vivemos hoje.
Segundo a entidade, para acomodar-se ao atual contexto, é preciso estratégias para uma efetiva gestão de água, que busquem reduzir a vulnerabilidade das comunidades diante de fenômenos climatológicos, que geram riscos por excesso ou escassez do recurso. Nesse sentido, a mudança climática é de particular importância para o setor hídrico porque a água é o principal meio de impacto às populações.
De acordo com a Avina, há evidências científicas que revelam transformações nas precipitações chuvosas e escoamento na região latino-americana, e um aumento, em magnitude e frequência, de eventos extremos, como são as inundações e as secas. O número de catástrofes provocadas por inundações em zonas do interior foi duas vezes mais elevado na década de 1996-2005 do que entre 1950-1980, além de provocar cinco vezes mais perdas econômicas. Nesses casos, os prejuízos afetam sistemas de água e saneamento rurais e urbanos, além de atingirem sistemas de irrigação.
Para as próximas décadas, aponta a organização, estima-se que a capacidade dos sistemas de drenagem e de tratamento de água poderá ser suplantada por chuvas intensas; o aumento do nível do mar poderá salinizar lençóis freáticos costeiros; sistemas hidrelétricos poderão ser atingidos pelas mudanças em caudais de rios, além da demanda de irrigação poder crescer devido à menor precipitação em algumas áreas. Outro risco seria causado por altas precipitações, que poderão aumentar a erosão do solo e resultar na sedimentação de reservatórios e de rios, afetando, inclusive, sua navegabilidade.
"Os impactos da mudança climática são ainda mais graves quando os somamos ao incremento que tem a região latino-americana na demanda pelo uso de água, devido ao crescimento populacional e econômico, a modificação de hábitos de consumo da população e a superexploração, e contaminação das fontes superficiais e subterrâneas”, alerta Avina. A entidade aponta que as extrações de água têm triplicado nos últimos 50 anos e, segundo projeções, a população que vive em bacias hidrográficas com demanda excessiva de água aumentará dos atuais 4,3 bilhões de habitantes para 6,9 bilhões até no ano de 2050.
Dados dispostos pela Fundação dão conta de que mais de 80% das águas residuais em países em desenvolvimento são despejadas sem tratamento algum. "Injustamente, os impactos recaem de forma desproporcional sobre aqueles países e grupos sociais que têm menor capacidade para fazer frente. Ou seja, a vulnerabilidade dos fenômenos hidro-meteorológicos está diretamente relacionada aos níveis de desenvolvimento e as condições de pobreza e marginalidade”, observa a organização.
Medidas para evitar desastres socioambientais
A Fundação Avina orienta que a adequada gestão de risco deve enfocar na prevenção de desastres e em ações que promovam a segurança hídrica na América Latina. O desenvolvimento deve dar-se de acordo com os limites da natureza e considerar aspectos, como o ordenamento ecológico-territorial e o caudal ecológico, a restauração de ecossistemas, dentre outras medidas.
"Esforços de adaptação às condições de mudança climática podem responder a estratégias complexas e requerer especialistas para seu desenho e implementação ou podem ser sensíveis e de fácil planificação e execução. Estas podem ser impulsionadas a partir de todos os setores e em todos os níveis”, conclui a Avina.
Segundo a entidade, para acomodar-se ao atual contexto, é preciso estratégias para uma efetiva gestão de água, que busquem reduzir a vulnerabilidade das comunidades diante de fenômenos climatológicos, que geram riscos por excesso ou escassez do recurso. Nesse sentido, a mudança climática é de particular importância para o setor hídrico porque a água é o principal meio de impacto às populações.
É preciso estratégias para uma efetiva gestão de água, que busquem reduzir a vulnerabilidade das comunidades diante de fenômenos climatológicos |
De acordo com a Avina, há evidências científicas que revelam transformações nas precipitações chuvosas e escoamento na região latino-americana, e um aumento, em magnitude e frequência, de eventos extremos, como são as inundações e as secas. O número de catástrofes provocadas por inundações em zonas do interior foi duas vezes mais elevado na década de 1996-2005 do que entre 1950-1980, além de provocar cinco vezes mais perdas econômicas. Nesses casos, os prejuízos afetam sistemas de água e saneamento rurais e urbanos, além de atingirem sistemas de irrigação.
Para as próximas décadas, aponta a organização, estima-se que a capacidade dos sistemas de drenagem e de tratamento de água poderá ser suplantada por chuvas intensas; o aumento do nível do mar poderá salinizar lençóis freáticos costeiros; sistemas hidrelétricos poderão ser atingidos pelas mudanças em caudais de rios, além da demanda de irrigação poder crescer devido à menor precipitação em algumas áreas. Outro risco seria causado por altas precipitações, que poderão aumentar a erosão do solo e resultar na sedimentação de reservatórios e de rios, afetando, inclusive, sua navegabilidade.
"Os impactos da mudança climática são ainda mais graves quando os somamos ao incremento que tem a região latino-americana na demanda pelo uso de água, devido ao crescimento populacional e econômico, a modificação de hábitos de consumo da população e a superexploração, e contaminação das fontes superficiais e subterrâneas”, alerta Avina. A entidade aponta que as extrações de água têm triplicado nos últimos 50 anos e, segundo projeções, a população que vive em bacias hidrográficas com demanda excessiva de água aumentará dos atuais 4,3 bilhões de habitantes para 6,9 bilhões até no ano de 2050.
Mais de 80% das águas residuais em países em desenvolvimento são despejadas sem tratamento algum |
Dados dispostos pela Fundação dão conta de que mais de 80% das águas residuais em países em desenvolvimento são despejadas sem tratamento algum. "Injustamente, os impactos recaem de forma desproporcional sobre aqueles países e grupos sociais que têm menor capacidade para fazer frente. Ou seja, a vulnerabilidade dos fenômenos hidro-meteorológicos está diretamente relacionada aos níveis de desenvolvimento e as condições de pobreza e marginalidade”, observa a organização.
Medidas para evitar desastres socioambientais
A Fundação Avina orienta que a adequada gestão de risco deve enfocar na prevenção de desastres e em ações que promovam a segurança hídrica na América Latina. O desenvolvimento deve dar-se de acordo com os limites da natureza e considerar aspectos, como o ordenamento ecológico-territorial e o caudal ecológico, a restauração de ecossistemas, dentre outras medidas.
"Esforços de adaptação às condições de mudança climática podem responder a estratégias complexas e requerer especialistas para seu desenho e implementação ou podem ser sensíveis e de fácil planificação e execução. Estas podem ser impulsionadas a partir de todos os setores e em todos os níveis”, conclui a Avina.
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