Friday 30 May 2014

Exposição "No nascimento há morte: a feitura da canoa pantaneira" por João Quadros.

ACONTECE no SESC Arsenal (Cuiabá, MT), a abertura da Exposição "No nascimento há morte: a feitura da canoa pantaneira" por João Quadros.


ABERTURA DIA 29/05 (QUINTA-FEIRA) AS 20 HS NA GALERIA DO SESC ARSENAL EM CUIABÁ MT

"Eu como artista, gostaria de expressar minha admiração pela qualidade e sensibilidade que esse jovem traz em sua imagetica. A temática desse trabalho nos faz acreditar que a identidade cultural de Mato Grosso vem sendo valorizada e muito bem registrada por esse artista extremamente talentoso. Visite, na galeria do Sesc Arsenal!" (Ruth Albernaz)

João Quadros


João Quadros é um jovem fotografo Brasileiro, que iniciou na fotografia aos 10 anos de idade. Influenciado por outros grandes fotógrafos Brasileiros, realizou seus primeiros trabalhos na área da fotografia de natureza e cultura popular, sempre com um olhar sensível e criativo. Em 2011, aos 14 anos de idade, João passou a integrar o Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte – GPEA, da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT coordenado pela Profª Dra Michèle Sato, realizando pesquisa fotográfica sobre as águas na perspectiva da Educação Ambiental. 

É integrante do grupo pesquisador que foi responsável pelo principal registro fotográfico do processo de feitura da Canoa típica Pantaneira.

João aos 17 anos tem se destacando na fotografia artística, apossando-se desta linguagem como presença no mundo. Desta forma, podemos dizer que este jovem hoje, revela um trabalho fotográfico variado que permeia entre a fotografia conceitual, a fotografia etnográfica (cultura popular) e a fotografia artística. flickr.com/joaoquadros

Fonte: Ruth Albernaz e revista Biografia
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AS LENTES MÁGICAS DO REGISTRO


É com muita satisfação que escrevo estas palavras para apresentar o grande fotógrafo JOÃO QUADROS. Por uma destas maravilhas científicas, tivemos um projeto coordenado pelo Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que possibilitou a presença de 7 pesquisadores mirins, que iniciaram suas pesquisas no ensino fundamental e prosseguiu, para a maioria, até o atual ensino médio.

A pesquisa do João teve a fotografia como substrato primordial, na arte que cria, inventa, por vezes abusa, mas jamais repreende a estética da criação, pois esta acolhe não somente a beleza, mas também a feiura. Seu objetivo era registrar os fenômenos do Pantanal, seus ambientes, sua gente, suas expressões identitárias que pulsavam em São Pedro de Joselândia.

Enquanto orientadora do João, tive o prazer de acompanhar sua investigação fotográfica com primazia, no talento que transbordava de suas lentes. Para além do crescimento teórico e prático, o João sempre revelou uma postura ética e comprometida, inclusive até madura à sua idade. Querido pela equipe, era também muito querido pelos moradores do Pantanal, que autorizaram a publicação das fotografias pela equipe GPEA da qual o João faz parte até os dias atuais.

Água, terra, fogo e ar dinamizaram o ambiente pantaneiro, por vezes parecia que a natureza fazia pose ao fotógrafo de propósito, como se sentisse orgulho em ser capturada pelas lentes inquietas e criadoras do João. Matizes, reflexos, luzes e sombras conferiram a tessitura amalgamada pela sensibilidade do artista, oferecendo o esplendor de suas fotografias. A linguagem da arte é peralta – mal compreendida, por vezes, pois sempre quer driblar a “mesmice” à procura do inédito.

Nas fotografias do João, com certeza estão os encantamentos daqueles que admiram a arte e a ecologia, conjugada na inescrupulosa vontade de mudar o mundo para que ele não seja habitado somente pelos imbecis.


Cuiabá, maio de 2014.

Profa. Dra. Michèle Sato
Coordenadora GPEA-UFMT
http://gpeaufmt.blogspot.com.br/

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