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Milhares de congoleses estão sendo expulsos de Angola
Oxfam alerta para a formação de uma crise humanitária de grande proporção na região de Kasai
qua, 31/10/2018 - 10:47
Milhares
de pessoas tiveram que fugir às pressas de Angola, carregando seus
poucos pertences por estradas, sem comida ou abrigo. Foto: Scherazade
Bouabid/Oxfam
Uma
crise humanitária de proporções gigantescas está se formando na região
de Kasaï, na República Democrática do Congo, onde quase 260 mil pessoas
estão sob ameaça. Elas foram forçadas a deixar Angola em uma violenta
perseguição a refugiados e migrantes. A área, uma das mais pobres da
República Democrática do Congo, já sofre com problemas de desnutrição,
cólera e ameaça de um conflito armado.
Muitos dos que fogem de Angola afirmam que sofreram inúmeras violências, entre espancamentos, assédio sexual e estupro. Outros foram roubados e suas casas, destruídas. Pessoas andaram por dias sem comida ou abrigo, e muitos outros devem cruzar a fronteira nos próximos dias.
"Eles precisam urgentemente de comida e água, e ajuda para voltarem com segurança para suas famílias", afirma Chals Wontewe, diretor da Oxfam na República Democrática do Congo. "As comunidades em Kasai estão fazendo tudo que podem para ajudar, mas eles já enfrentam pobreza, fome e doenças. Famílias estão abrigando até 30 refugiados que saíram de Angola, enquanto seus filhos passam fome."
A maioria que foi forçada a retornar à República Democrática do Congo estava em Angola como migrantes econômicos, frequentemente trabalhando nas minas de diamantes - e muitos tinham permissão oficial de trabalho. Outros fugiram do conflito armado em seu país de origem.
"Eu vim para Angola porque estava com medo do conflito e queria salvar minha família. Mas um dia, um grande número de homens armados veio à minha casa, me trancou lá dentro, amarrou minhas mãos e me jogou no chão", lembra Jean, um jovem fotógrafo e pai de três crianças. "Eles pegaram minha filha e a estupraram. Minha filha está em choque. Estou fazendo tudo que posso para apoiá-la. Esses homens também roubaram tudo o que tínhamos."
Yvete, uma enfermeira de 40 anos, que vivia em Angola há 10 anos, mostrou a representantes da Oxfam o documento angolano oficial de residência que ela tinha quando foi presa. "Tudo aconteceu em poucos dias. Primeiro, ouvimos sobre uma decisão de que seríamos expulsos pelo chefe da vizinhança. Então apareceram ambulâncias com megafones com mensagens para que os estrangeiros fossem embora. Em seguida, vieram os soldados armados."
Wontewe pede para que as autoridades angolanas respeitem os direitos dos refugiados e daqueles que têm documentos de residência oficiais, e garantam a segurança das pessoas, para que não sejam atacadas ou humilhadas de maneira alguma. "Aqueles que estão deixando o país deveriam fazê-lo de maneira segura e digna."
A Oxfam alerta que o massivo fluxo de pessoas em meio à temporada de chuvas representa grande risco de saúde, numa região que já sofre com epidemia de cólera, e onde água potável e saneamento decente são escassos.
Muitos dos que fogem de Angola afirmam que sofreram inúmeras violências, entre espancamentos, assédio sexual e estupro. Outros foram roubados e suas casas, destruídas. Pessoas andaram por dias sem comida ou abrigo, e muitos outros devem cruzar a fronteira nos próximos dias.
"Eles precisam urgentemente de comida e água, e ajuda para voltarem com segurança para suas famílias", afirma Chals Wontewe, diretor da Oxfam na República Democrática do Congo. "As comunidades em Kasai estão fazendo tudo que podem para ajudar, mas eles já enfrentam pobreza, fome e doenças. Famílias estão abrigando até 30 refugiados que saíram de Angola, enquanto seus filhos passam fome."
A maioria que foi forçada a retornar à República Democrática do Congo estava em Angola como migrantes econômicos, frequentemente trabalhando nas minas de diamantes - e muitos tinham permissão oficial de trabalho. Outros fugiram do conflito armado em seu país de origem.
"Eu vim para Angola porque estava com medo do conflito e queria salvar minha família. Mas um dia, um grande número de homens armados veio à minha casa, me trancou lá dentro, amarrou minhas mãos e me jogou no chão", lembra Jean, um jovem fotógrafo e pai de três crianças. "Eles pegaram minha filha e a estupraram. Minha filha está em choque. Estou fazendo tudo que posso para apoiá-la. Esses homens também roubaram tudo o que tínhamos."
Yvete, uma enfermeira de 40 anos, que vivia em Angola há 10 anos, mostrou a representantes da Oxfam o documento angolano oficial de residência que ela tinha quando foi presa. "Tudo aconteceu em poucos dias. Primeiro, ouvimos sobre uma decisão de que seríamos expulsos pelo chefe da vizinhança. Então apareceram ambulâncias com megafones com mensagens para que os estrangeiros fossem embora. Em seguida, vieram os soldados armados."
Wontewe pede para que as autoridades angolanas respeitem os direitos dos refugiados e daqueles que têm documentos de residência oficiais, e garantam a segurança das pessoas, para que não sejam atacadas ou humilhadas de maneira alguma. "Aqueles que estão deixando o país deveriam fazê-lo de maneira segura e digna."
A Oxfam alerta que o massivo fluxo de pessoas em meio à temporada de chuvas representa grande risco de saúde, numa região que já sofre com epidemia de cólera, e onde água potável e saneamento decente são escassos.
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