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http://www.sbpcpe.org/index.php?dt=2013_05_02&pagina=noticias&id=08180
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CRESCE ÍMPETO PARA COMBATER MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Fonte: Jéssica Lipinski, Instituto CarbonoBrasil de 30.04.2013
//Relatório australiano indica que quase todas as principais economias estão adotando medidas para reduzir emissões e aumentar investimento em energias renováveis, mas destaca que esforços ainda não são o suficiente
O pouco progresso visto nas últimas negociações climáticas das Nações Unidas nos faz questionar se os países estão de fato fazendo alguma coisa para combater as mudanças climáticas. Mas segundo um novo relatório do Comitê Climático da Austrália, a resposta é parcialmente positiva: nos anos recentes, os esforços das grandes economias para lidar com o aquecimento global têm crescido cada vez mais.
De acordo com o documento, intitulado The Critical Decade: Global Action Building on Climate Change(A Década Decisiva: Ações Globais Desenvolvidas para Mudanças Climáticas), o ímpeto para combater o aquecimento global está crescendo, e quase todas as principais economias estão adotando medidas para reduzir as emissões e aumentar os investimentos em energias renováveis.
O estudo ressalta, por exemplo, que atualmente 98 países se comprometeram a limitar suas emissões de gases do efeito estufa, e que o número de nações que está estabelecendo um preço para o carbono está crescendo; quatro novos esquemas iniciaram neste ano, operando agora em 35 países e 13 estados, províncias e cidades. Os 48 esquemas em desenvolvimento devem compreender cerca de 880 milhões de pessoas, ou 20% das emissões do planeta.
A capacidade mundial de energia renovável também está crescendo rapidamente; apenas em 2012, aumentou 15%. A capacidade de painéis solares fotovoltaicos cresceu 42%, e a de capacidade eólica, 21%, E a geração total de energias renováveis no mundo deve crescer mais de 40% entre 2011 e 2017.
Além disso, o apoio político tem sido um fator essencial para direcionar investimentos para o combate às mudanças climáticas e para a instalação de capacidade de energia renovável em muitos países.
Os campeões
Em se tratando de ações climáticas, a China e os Estados Unidos se mostraram os países que mais têm desenvolvido esforços para resolver a questão. Juntas, as duas nações produzem cerca de 37% das emissões mundiais, mas a pesquisa afirma que ambas estão a caminho de cumprir seus compromissos climáticos internacionais.
Nos últimos meses, por exemplo, os dois países declararam que vão fortalecer seus esforços, e em abril as nações chegaram a um acordo histórico para combater as mudanças climáticas juntos.
E as ações não estão sendo apenas conjuntas. A China, apesar de ser a maior emissora do mundo, está reduzindo o crescimento de suas emissões, e em 2012, o país também reduziu a intensidade de carbono o CO2 gerado por cada unidade de PIB de sua economia mais do que o esperado e diminuiu o crescimento da demanda de eletricidade quase pela metade. Após anos de um acentuado aumento no uso do carvão, a taxa de crescimento caiu substancialmente.
Os chineses também começarão a introduzir sete esquemas de comércio de emissões neste ano, que cobrirão cerca de 250 milhões de pessoas. Em alguns anos, um esquema de comércio nacional deve ser implementado, baseado no modelo dos mecanismos regionais.
Em se tratando de energias renováveis, o país nos últimos anos se destacou como a maior potencia mundial, tomando medidas ambiciosas para adicionar as renováveis ao seu mix energético. Entre 2005 e 2012, a China aumentou sua capacidade de geração eólica em quase 50 vezes, e a quantidade de eletricidade gerada a partir do vento em 2012 foi cerca de 36% maior do que em 2011.
A nova capacidade solar aumentou 75% em 2012, e a capacidade total de energia solar da China deve triplicar para mais de 21 mil gigawatts em 2015. Além disso, em 2012, o país investiu US$ 65,1 bilhões em energia limpa, 20% a mais do que em 2011. Essa quantia foi maior do que a de qualquer outro país, e representa 30% do investimento de todo o G20 no mesmo ano.
Os EUA, apesar de ficarem atrás da China tanto no quesito emissões quanto em ações climáticas, também estão tomando atitudes para reduzir o CO2, diz o documento. Um dos fatores que parece estar aumentando a força das políticas climáticas no país é o fato de o presidente Barack Obama ter definido sua intenção de combater as mudanças climáticas e de que os norte-americanos desempenhem um papel de liderança nesse sentido.
Os números também apontam para essa direção, já que as emissões dos EUA estão caindo. Segundo o estudo, as estratégias políticas, o impacto da recessão econômica e a troca do carvão para o gás contribuíram para isso.
Outros aspectos que estão colaborando são: o estabelecimento do esquema de comércio de emissões da Califórnia, que é a 9ª maior economia do mundo; as políticas para encorajar as energias renováveis; o aumento da capacidade de energia renovável instalada, que quase dobrou entre 2008 e 2012; e os investimentos em renováveis, que em 2012 chegaram a US$ 35,6 bilhões, ficando atrás apenas dos da China.
A boa notícia, é que, de acordo com a pesquisa, as ações climáticas dos dois gigantes estão estimulando os esforços globais para lidar com as mudanças climáticas. Embora os dois países não possam resolver o problema sozinhos, eles estão atuando como líderes nesse processo, incentivando outras grandes economias a investirem em energias limpas e na mitigação das emissões.
Parece, mas não é
Mas apesar dos números impressionantes das duas potências e seus esforços, o relatório aponta que o que está sendo feito ainda não é o suficiente para manter o aumento das temperaturas em 2ºC. O documento indica que as emissões continuam a crescer vertiginosamente, o que é um risco sério para a sociedade.
A pesquisa também enfatiza que essa década deve estabelecer as bases para reduzir as emissões rapidamente para quase zero até 2050, e que o quanto mais cedo isso acontecer, menos prejudicial e caro isso será.
Essa é a década essencial para acelerar as ações. Todos os países, particularmente os grandes emissores como a China, os Estados Unidos e a Austrália, deve ir além em seus compromissos atuais para reduzir suas emissões mais profunda e rapidamente. Essa é a década essencial para reverter a tendência das emissões globais e estabelecer as bases globais para acelerar as reduções nas próximas décadas, concluiu o estudo.
O pouco progresso visto nas últimas negociações climáticas das Nações Unidas nos faz questionar se os países estão de fato fazendo alguma coisa para combater as mudanças climáticas. Mas segundo um novo relatório do Comitê Climático da Austrália, a resposta é parcialmente positiva: nos anos recentes, os esforços das grandes economias para lidar com o aquecimento global têm crescido cada vez mais.
De acordo com o documento, intitulado The Critical Decade: Global Action Building on Climate Change(A Década Decisiva: Ações Globais Desenvolvidas para Mudanças Climáticas), o ímpeto para combater o aquecimento global está crescendo, e quase todas as principais economias estão adotando medidas para reduzir as emissões e aumentar os investimentos em energias renováveis.
O estudo ressalta, por exemplo, que atualmente 98 países se comprometeram a limitar suas emissões de gases do efeito estufa, e que o número de nações que está estabelecendo um preço para o carbono está crescendo; quatro novos esquemas iniciaram neste ano, operando agora em 35 países e 13 estados, províncias e cidades. Os 48 esquemas em desenvolvimento devem compreender cerca de 880 milhões de pessoas, ou 20% das emissões do planeta.
A capacidade mundial de energia renovável também está crescendo rapidamente; apenas em 2012, aumentou 15%. A capacidade de painéis solares fotovoltaicos cresceu 42%, e a de capacidade eólica, 21%, E a geração total de energias renováveis no mundo deve crescer mais de 40% entre 2011 e 2017.
Além disso, o apoio político tem sido um fator essencial para direcionar investimentos para o combate às mudanças climáticas e para a instalação de capacidade de energia renovável em muitos países.
Os campeões
Em se tratando de ações climáticas, a China e os Estados Unidos se mostraram os países que mais têm desenvolvido esforços para resolver a questão. Juntas, as duas nações produzem cerca de 37% das emissões mundiais, mas a pesquisa afirma que ambas estão a caminho de cumprir seus compromissos climáticos internacionais.
Nos últimos meses, por exemplo, os dois países declararam que vão fortalecer seus esforços, e em abril as nações chegaram a um acordo histórico para combater as mudanças climáticas juntos.
E as ações não estão sendo apenas conjuntas. A China, apesar de ser a maior emissora do mundo, está reduzindo o crescimento de suas emissões, e em 2012, o país também reduziu a intensidade de carbono o CO2 gerado por cada unidade de PIB de sua economia mais do que o esperado e diminuiu o crescimento da demanda de eletricidade quase pela metade. Após anos de um acentuado aumento no uso do carvão, a taxa de crescimento caiu substancialmente.
Os chineses também começarão a introduzir sete esquemas de comércio de emissões neste ano, que cobrirão cerca de 250 milhões de pessoas. Em alguns anos, um esquema de comércio nacional deve ser implementado, baseado no modelo dos mecanismos regionais.
Em se tratando de energias renováveis, o país nos últimos anos se destacou como a maior potencia mundial, tomando medidas ambiciosas para adicionar as renováveis ao seu mix energético. Entre 2005 e 2012, a China aumentou sua capacidade de geração eólica em quase 50 vezes, e a quantidade de eletricidade gerada a partir do vento em 2012 foi cerca de 36% maior do que em 2011.
A nova capacidade solar aumentou 75% em 2012, e a capacidade total de energia solar da China deve triplicar para mais de 21 mil gigawatts em 2015. Além disso, em 2012, o país investiu US$ 65,1 bilhões em energia limpa, 20% a mais do que em 2011. Essa quantia foi maior do que a de qualquer outro país, e representa 30% do investimento de todo o G20 no mesmo ano.
Os EUA, apesar de ficarem atrás da China tanto no quesito emissões quanto em ações climáticas, também estão tomando atitudes para reduzir o CO2, diz o documento. Um dos fatores que parece estar aumentando a força das políticas climáticas no país é o fato de o presidente Barack Obama ter definido sua intenção de combater as mudanças climáticas e de que os norte-americanos desempenhem um papel de liderança nesse sentido.
Os números também apontam para essa direção, já que as emissões dos EUA estão caindo. Segundo o estudo, as estratégias políticas, o impacto da recessão econômica e a troca do carvão para o gás contribuíram para isso.
Outros aspectos que estão colaborando são: o estabelecimento do esquema de comércio de emissões da Califórnia, que é a 9ª maior economia do mundo; as políticas para encorajar as energias renováveis; o aumento da capacidade de energia renovável instalada, que quase dobrou entre 2008 e 2012; e os investimentos em renováveis, que em 2012 chegaram a US$ 35,6 bilhões, ficando atrás apenas dos da China.
A boa notícia, é que, de acordo com a pesquisa, as ações climáticas dos dois gigantes estão estimulando os esforços globais para lidar com as mudanças climáticas. Embora os dois países não possam resolver o problema sozinhos, eles estão atuando como líderes nesse processo, incentivando outras grandes economias a investirem em energias limpas e na mitigação das emissões.
Parece, mas não é
Mas apesar dos números impressionantes das duas potências e seus esforços, o relatório aponta que o que está sendo feito ainda não é o suficiente para manter o aumento das temperaturas em 2ºC. O documento indica que as emissões continuam a crescer vertiginosamente, o que é um risco sério para a sociedade.
A pesquisa também enfatiza que essa década deve estabelecer as bases para reduzir as emissões rapidamente para quase zero até 2050, e que o quanto mais cedo isso acontecer, menos prejudicial e caro isso será.
Essa é a década essencial para acelerar as ações. Todos os países, particularmente os grandes emissores como a China, os Estados Unidos e a Austrália, deve ir além em seus compromissos atuais para reduzir suas emissões mais profunda e rapidamente. Essa é a década essencial para reverter a tendência das emissões globais e estabelecer as bases globais para acelerar as reduções nas próximas décadas, concluiu o estudo.
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