Saturday 4 May 2013

GISELLY GOMES - RELATO DE CAMPO


 

Giselly Rodrigues das Neves Silva Gomes
SEDUC-MT
Relatório da Pesquisa de Campo
São Pedro de Joselândia, 5-8 de abril de 2013


Cuiabá, MT, 28 de abril de 2013.
RELATÓRIO DE CAMPO
SÃO PEDRO DE JOSELÂNDIA, DISTRITO DE BARÃO DE MELGAÇO-MT

Durante os dias 05, 06 e 07 de abril de 2013, o Grupo Pesquisador em Educação Ambiental (GPEA) da Universidade Federal de Mato Grosso esteve, mais uma vez, na comunidade da São Pedro de Joselândia dando continuidade às várias pesquisas desenvolvidas naquela localidade sob a coordenação da Professora  Michèle Sato. Como Colaboradora no GPEA e representando a Gerência de Educação Ambiental/ Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), tive a satisfação de conviver, aprender e conhecer ainda mais o trabalho dxs Pesquisadorxs, especialmente dxs Pesquisadorxs Mirins.
Durante o percurso até Joselândia, banhado pelas águas do Pantanal, cada um dxs pesquisadorxs mantinham olhar e os ouvidos atentos aos traços da paisagem e às histórias contadas pelo barqueiro “Joaqum”, filho orgulhoso de São Pedro de Joselândia. Toda a beleza daquele percurso e a minha satisfação em poder vivenciar aquela experiência foi sendo registrado por várias máquinas fotográficas e, alguns desses registros tornaram-se arte pelas mãos de “Mi Sato”.
Iniciamos as atividades com xs professorxs da Escola Estadual Maria Silvina de Moura que, ansiosamente aguardavam pelo Grupo, a fim de continuarmos no Processo de Formação Continuada em Educação Ambiental, conduzido por mim e pela Professora Gisele Nora/UFMT, bem como, dxs que representavam a Seduc, pois, os “desabafos” em relação às necessidades (urgentes) da escola também foram registrados naquela ocasião. Conciliando os trabalhos realizados nas etapas anteriores, a programação para aqueles dias contou com momentos significativos para alcançarmos um dos objetivos daquela etapa da Formação: Sensibilizar e mobilizar professores e funcionários para a construção de uma “Escola Sustentável”, bem como, à compreenderem o significado da “Pegada Ecológica” enquanto ferramenta capaz de estimular a reflexão sobre nossos hábitos, permitindo fazer escolhas mais sustentáveis. Desta forma, as pesquisadoras Lúcia Schiguemi e Michèle Sato, palestaram sobre Avaliação Ecossistêmica do Milênio e Escolas Sustentáveis e Pegada Ecológica, respectivamente, contribuindo de forma significativa, o que permitiu axs participantes desvelarem, espontaneamente, informações sobre a cultura, costumes e os anseios à escola e à comunidade. E antes mesmo de apresentarmos e aplicarmos a ferramenta de cálculo da Pegada Ecológica, enquanto uma das atividades propostas na programação, xs participantes revelaram um indicador presente na comunidade e que merece nossa atenção: elevado consumo de carne bovina, especialmente nos dias festivos da comunidade levando ao desperdício de carne.
Pensar em uma Escola Sustentável onde o conceito de sustentabilidade deve estar presente nos eixos Gestão, Currículo e Espaço, requer, inicialmente, o desejo em querer mudar o atual cenário e, também, se faz necessário a compreensão quanto a necessidade de mudar hábitos individuais e coletivos. Por isso, ao falarmos do cálculo da Pegada Ecológica[1], destacamos que não era objetivo da atividade fazer um retrato negativo das pessoas e do lugar mas, apresentar uma ferramenta capaz nos ajudar a pensar em alternativas e escolhas mais sustentáveis.  E, aproveitando o tema da “Pegada”, contemplamos na programação de trabalho com a escola um momento para apresentarmos e convidarmos a comunidade escolar à participar da IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente que traz o tema Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis.
Outras etapas de trabalho em São Pedro de Joselândia estão por vir, de modo que, estou ansiosa para retornar àquele lugar e vivenciar as oficinas produzidas pelxs professorxs aos estudantes da EE Maria Silvina de Moura.
Até breve, Joselândia!!

Giselly Rodrigues das Neves Silva Gomes
Colaboradora no GPEA/UFMT


[1] Desenvolvida pela equipe de Mathis Wackernagel e William Rees, da University of British Columbia, em 1993, o método contábil da Pegada Ecológica é coordenado atualmente pela Global Footprint Network, fundada em 2003, e suas 50 organizações parceiras (Fonte: WWF-Brasil, 2012).

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