SATO, Michèle; JABER, Michelle; SILVA, Regina; QUADROS, Imara; ALVES, Maria Liete. Mapeando os territórios e identidades do estado de Mato Grosso, Brasil. Cuiabá: edUFMT, 2013, il.
Na mistura escaldante da terra e água, nossos projetos anfíbios cortam e recortam o Cerrado e o Pantanal com pinceis na Amazônia. A leitura desenha preciosos produtos adquiridos na trajetória da pesquisa, como continuidade das culturas de Mata Cavalo e São Pedro de Joselândia. Um quilombo eminentemente feminino, com marcas fortes das lideranças de mulheres que ousaram escrever outra história, mas que ainda padecem do descaso político e do vergonhoso racismo ambiental. De outro lado, o masculino de São Pedro de Joselândia, onde homens e meninos têm mais lazer e voz do que as mulheres e meninas. Talvez uma comunidade com menos conflitos socioambientais, comparável à lírica refinada de Euclides da Cunha: uma biorregião onde “o líquen ainda ataca a pedra, fecundando a terra”.
As pesquisas no âmbito do GPEA buscam sondar os espaços com cuidadosa atenção, na anotação de cores, topografia, condições socioeconômicas, memória e desejo. O prazer sempre circunda os paladares e olfatos de uma prosa informal com moradores que narram seus “causos ou assombrações”. Os olhos aguçados querem ver além da obviedade, pedindo auxílio aos ouvidos para que os aspectos fugidios não escapem facilmente das anotações, gravações ou registro. Mas como consideram Homi Bhabha e Clifford Geertz, obviamente há rumores do estrangeirismo nas biorregiões pesquisadas, nos murmúrios de resguardos e ardilezas que nem o antropólogo mais afiado sonharia em observar.
Amanhecemos no ciclo da vida e recomeçamos nossa caça à liberdade com o axioma de Orides Fontela: “sempre é melhor saber que não saber”. Complementamos: sempre é melhor com esperanças, em qualquer circunstância.
Editora UFMT
Na mistura escaldante da terra e água, nossos projetos anfíbios cortam e recortam o Cerrado e o Pantanal com pinceis na Amazônia. A leitura desenha preciosos produtos adquiridos na trajetória da pesquisa, como continuidade das culturas de Mata Cavalo e São Pedro de Joselândia. Um quilombo eminentemente feminino, com marcas fortes das lideranças de mulheres que ousaram escrever outra história, mas que ainda padecem do descaso político e do vergonhoso racismo ambiental. De outro lado, o masculino de São Pedro de Joselândia, onde homens e meninos têm mais lazer e voz do que as mulheres e meninas. Talvez uma comunidade com menos conflitos socioambientais, comparável à lírica refinada de Euclides da Cunha: uma biorregião onde “o líquen ainda ataca a pedra, fecundando a terra”.
As pesquisas no âmbito do GPEA buscam sondar os espaços com cuidadosa atenção, na anotação de cores, topografia, condições socioeconômicas, memória e desejo. O prazer sempre circunda os paladares e olfatos de uma prosa informal com moradores que narram seus “causos ou assombrações”. Os olhos aguçados querem ver além da obviedade, pedindo auxílio aos ouvidos para que os aspectos fugidios não escapem facilmente das anotações, gravações ou registro. Mas como consideram Homi Bhabha e Clifford Geertz, obviamente há rumores do estrangeirismo nas biorregiões pesquisadas, nos murmúrios de resguardos e ardilezas que nem o antropólogo mais afiado sonharia em observar.
Amanhecemos no ciclo da vida e recomeçamos nossa caça à liberdade com o axioma de Orides Fontela: “sempre é melhor saber que não saber”. Complementamos: sempre é melhor com esperanças, em qualquer circunstância.
Arte: Eichwaldmond, Áustria
arte da capa: Regina Silva & Michelle Jaber
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3 comments:
Parabéns pela importante obra brilhantes Mimi Sato, Regina Silva, Imara, Liete, da UFMT. Este estará na minha lista de leituras indispensáveis . Mimi grata pelo envio da apresentação. bravíssimo ! abraço desta de sempre tua grata admiradoramiga
virgínia vicamf fulber NHamburgo RS BR
Parabéns brihantes Mimi Sato , Regina Silva, Imara, Liete, da UFMT! Uma obra de relevância que desejo degustas,já está na minha lista de leituras indispensáveis . Mimi grata pelo envio da apresentação, bravíssimo ! abraço desta de sempre grata admiradoramiga vica virgínia fulber - vicamf Novo Hamburgo RS BR
querida vica
sempre nos estimulando ao caminho adiante -- super grata!!! adoramos sempre seus comentários. um brinde!
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