SATO, Michèle; GOMES, Giselly; SILVA, Regina (Orgs.).
Escola, comunidade e educação ambiental: reinventando sonhos, construindo esperanças. Cuiabá: Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (SEDUC-MT), 2013, 356p. [ISBN 9788586422386].
O livro possui 6 clusters:
I. Cluster HUMANIDADES
(1) CLUSTER DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: DO EU ISOLADO AO NÓS COLETIVO
Michèle Sato
Este é o primeiro capítulo porque trata-se de uma breve introdução à educação ambiental, além de apresentar os demais capítulos.
(2) O QUE É ISSO DE FILOSOFIA HONESTA E DECENTE?
Luiz Augusto Passos
É um denso convite à filosofia, com especial foco na fenomenologia. É um passeio geral nas teorias filosóficas com linguagem mais simples e bastante importante às reflexões necessárias à educação ambiental, às pessoas, ao mundo e à vida.
(3) TEXTO E IMAGEM DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Michèle Sato e Imara Quadros
Originalmente foi concebido para contar a educação ambiental por meio de imagens, mas depois as autoras acabaram mudando de ideia, trazendo um histórico imagético bastante elucidativo da dimensão ambiental; desde o seu surgimento, alguns eventos e fenômenos que foram marcantes na trajetória da educação ambiental.
(4) ARTE-EDUCAÇÃO-AMBIENTAL
Ivan Belém, Herman Hudson, Imara Quadros, Michèle Sato
Neste capítulo, trouxemos o corpo, o som e a imagem nos enredos da arte-educação-ambiental, buscando trançar a arte como um componente essencial da educação ambiental. Não apenas no lúdico, nas dinâmicas ou na mera “instrumentação pedagógica”, mas de forma intrínseca e orgânica.
II. Cluster LINGUAGENS
(5) EDUCAÇÃO AMBIENTAL E LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Sonia Palma
Quando o assunto é a língua portuguesa, diversas atividades são possíveis no contexto da educação ambiental: poesia, contos, narrativas, atividades extraclasses ou vários enredos que tornem as diversas linguagens conectadas ao mundo expressivo da educação ambiental.
(6) LA LENGUA ESPAÑOLA Y SUS APLICACIONES PARA EDUCACIÓN AMBIENTAL EN ENSINO MEDIO
Itziar Fernández Cortés, Sonia Palma, Aitana Salgado Carmona, José Miguel Vicente Espinosa
Brasileira e espanhóis de uniram neste enredo que traz o surrealista Salvador Dalí na introdução de um texto cheio de atividade e criação para que a língua espanhola consiga fazer parte desta grande orquestra da educação ambiental. Inúmeros exemplos e boas práticas são considerados neste capítulo de idioma estrangeiro.
(7) A EDUCOMUNICAÇÃO E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESPAÇO ESCOLAR
Benedito Diélcio Moreira, Maria Liete Alves Silva
Rompendo com a tradicional forma da comunicação de privilegiar o emissor da notícia, a educomunicação chega dando a ênfase no receptor da mensagem, aliando a formação com a informação. Para a educomunicação ser belamente concretizada, é essencial as intervenções participativas com os sujeitos envolvidos.
III. Cluster DIVERSIDADES
(8) INCLUIR A DIVERSIDADE: COMPROMISSO ÉTICO DA EDUCAÇÃO
Angela Maria dos Santos, Débora Eriléia Pedrotti-Mansilla
Ambas são professoras da SEDUC, e elas conversam sobre a importância das diversidades (no plural), no respeito à autonomia dos povos, comunidades tradicionais ou grupos sociais diversos que necessitam ser incluídos nos processos das tomadas de decisão de forma igualitária e justa.
(9) EDUCAÇÃO QUILOMBOLA: UMA EXPERIÊNCIA EM MATA CAVALO
Denize Amorim, Imara Quadros, Ivan Belém, Liete Alves, Michelle Jaber, Regina Silva
Por meio de um estudo de caso em Mata Cavalo, projeto de pesquisa do GPEA, os autores tecem as considerações sobre a comunidade quilombola, o indesejado racismo ambiental, a noção de justiça ambiental e a proposta da educação quilombola.
(10) EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
Adriana Werneck Regina e Artema Lima
Iniciando um belo trajeto histórico da educação escolar indígena, inclusive com fotografias da época, o texto se desloca no tempo à atualidade, revelando os limites e os potenciais da educação indígena, na tradição e inovação de uma educação que sempre manteve intrínseca conexão com a natureza.
(11) EDUCAÇÃO AMBIENTAL EMANADA COM A EDUCAÇÃO DO/NO CAMPO
Ronaldo Senra e Giseli Dalla Nora
O campo merece especial consideração no contexto da educação ambiental, não apenas porque a paisagem natural é mais presente, mas também porque as pessoas que habitam esta paisagem têm diferentes modos de vida e que a proposta educativa deve ser moldada com as características da educação do campo.
(12) YO NO CREO EN LAS BRUJAS, PERO…
Adriana Werneck Regina, Artema Lima, Ivan Belém, Michèle Sato
Não existe um país sem mitos e eles se fazem intensamente interessantes à educação ambiental, já que os fenômenos da mitologia constantemente associam a natureza humana aos elementos da natureza. Destacando o mito africano e o indígena, o texto narra sobre as origens, fenômenos sociais e naturais.
IV. Cluster EDUCAÇÕES
(13) A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E OS PRINCÍPIOS DA CARTA DA TERRA: UM PROFÍCUO DIÁLOGO NA BUSCA DA JUSTIÇA SOCIAL
Edna Lopes Hardoim, Debora E. Pedrotti-Mansilla, Giselly Rodrigues Gomes; Tatianne F. Lopes Hardoim
Incluir todas as pessoas, inclusive os deficientes físicos é também a proposta da educação ambiental inclusiva, que além de ancorar as perspectivas na belíssima Carta da Terra, narra o histórico, dá pistas, informações e conceitos gerados na construção das políticas públicas que sejam, de fato, para todos.
(14) EDUCAÇÃO INFANTIL EM DIÁLOGO COM O TRATADO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E RESPONSABILIDADE GLOBAL
Lúcia Shiguemi Izawa Kawahara
A beleza do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e de Responsabilidade Global alia-se à educação infantil, tornando o vigor da educação ambiental necessária desde a tenra idade, em processos pedagógicos da ética do cuidado.
(15) EDUCAÇÃO FÍSICA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO DO CORPO E A NATUREZA
Beleni Salete Grando, Marcia Cristina Rodrigues da Silva Coffani, Cleomar Ferreira Gomes
O corpo está em evidência neste capítulo sobre a educação física, que traz a corporeidade para além da noção física, entrelaçada no bojo das discussões interdisciplinares que envolvem a cultural, o esporte e o lazer nos enredos da educação ambiental.
V. Cluster SOCIAIS
(16) SOCIOLOGIA
Adriana Werneck Regina, Camila Emanuella Pereira Neves, Edson Caetano, Ema Maria Silveira
Estará a cultura separada da natureza? Esta é uma pergunta frequente na educação ambiental, que tem o legado do pensamento Moderno em segregar corpo e mente, buscando decodificar a complexidade da realidade social. Sem a pretensão de esgotar o debate, o texto em sociologia traz ainda outras questões práticas muito interessantes.
(17) HISTÓRIA: SEU CAMINHAR AO LADO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Ivan Belém e Rosana Manfrinate
O sujeito histórico atuante no campo da educação ambiental busca conciliar os temas ecológicos com os aportes sociais. Deste diálogo, os autores fazem emergir a importância da história na constituição dos sujeitos, na construção da sociedade, nos avanços científicos, nas cirandas artísticas e nas dimensões ambientais.
(18) A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O POT-POURRI DA GEOGRAFIA URBANA
Giseli Dalla Nora, Valdiney Vieira da Silva
Os geógrafos se intitulam “administradores do espaço” pela prerrogativa de terem em sua formação o forte enfoque do planejamento e da organização territorial. Percebendo o espaço como ambiente, a geografia dá sua contribuição à educação ambiental, com especial destaque à região urbana.
(19) IDENTIDADES, TERRITÓRIOS E CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS DO ESTADO DE MATO GROSSO
Michelle Jaber, Regina Silva e Michèle Sato
Uma vez que estamos nos referindo ao estado de MT, quem são as pessoas que habitam este território? Como vivem? Quais problemas e sonhos carregam? Estas são algumas perguntas respondidas pelo texto por meio da metodologia do mapeamento social, que une identidade, território e educação ambiental.
VI. Cluster NATUREZAS
(20) O DIÁLOGO DO ENSINO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL, UM OLHAR SOBRE AS MUDANÇAS AMBIENTAIS GLOBAIS
Giselly Gomes, Michelle Jaber e Regina Silva
A porta de entrada a este complexo mundo das ciências ocorre pelas mudanças ambientais globais, em especial à mudança climática. Alicerçando o discurso em todas as áreas das ciências naturais, as autoras transcendem esta dimensão incorporando também a sociedade como proposta da educação ambiental.
(21) MODELAGEM MATEMÁTICA: UMA PERSPECTIVA METODOLÓGICA PARA INTEGRAR QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS À MATEMÁTICA EM SALA DE AULA
Evilásio José de Arruda, Ivo Pereira da Silva, Jacqueline Borges de Paula
Se alguém considerava que a matemática não tinha relação com o ambiente, os autores deste capítulo sugerem diversas experiências possíveis por meio da modelagem matemática. Simulando a realidade, a matemática mantém suas características e dialoga com as dimensões socioambientais nas longas páginas das vivências pedagógicas.
(22) A FÍSICA DO OPRIMIDO
Guilherme Tomishiyo Teixeira de Sousa
O capítulo inicia com a crítica de que a ciência esteve sempre atrelada aos interesses do capital e da elite, dando exemplos clássicos como a bomba nuclear. No paralelo com Paulo Freire (pedagogia do oprimido), o autor reivindica por uma física cotidiana, capaz de subverter a ordem hegemônica e ousar uma física do oprimido.
(23) EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE BIOLOGIA
Regina Silva, Michelle Jaber e Giselly Gomes
Entre tantos temas possíveis, principalmente à guisa das revoluções genéticas, a escolha pela biodiversidade foi acertada nas considerações da biologia no ensino médio. Tecendo considerações sobre o ensino médio, as autoras fazem emergir o ensino da biologia no contexto das responsabilidades socioambientais.
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